“... Que te importa a ti? Segue-me tu” – Jesus. (João,
21,23)
Em nossas atividades no campo da vida e, mais
especificamente, no campo da religião, passamos por diversos incômodos, que nos
desagradam e nos arrastam às desilusões e ao sentimento de ingratidão. Em
vista desse desalento, parece que o mundo rui sobre nós e não temos mais
vontade de continuar a nossa tarefa, profissional ou mediúnica. Isso, porém, não é novidade: não será a primeira nem a última vez.
Pessoas que nos exortavam ao trabalho, agora surgem
indiferentes; pessoas que julgávamos detentoras da verdade, agora estão no mundo
da mentira; pessoas que quando ainda estávamos no posto de comando nos
respeitavam e nos obedeciam, agora nos isolam, deixam-nos longe
daquilo que mais gostávamos.
Todos esses acontecimentos são exteriores, pois quando
fazemos o bem pelo bem, jamais sentiremos a ingratidão. É por esta razão que
João, citando Jesus, nos convida a seguir o Mestre. E por quê é providencial esta
advertência? Porque somente Jesus é capaz de consolar as nossas chagas interiores. Podemos perder tempo com
diversões, com reclamações, com maledicências. Mas, se quisermos aquietar o
nosso coração, temos que direcionar a nossa atenção para Jesus e seus
ensinamentos.
Pensando melhor: será que quando estávamos num posto chave,
dentro de uma organização, não dávamos a nós mesmos um valor muito maior do que merecíamos? Será que não tínhamos um apego demasiado ao nosso posto de
comando? Será que só nós tínhamos razão, impedindo os outros de expressarem suas opiniões? Será que não estamos recebendo de volta o que provocamos no próximo?
Uma coisa é certa: nada que se nos acontece, acontece por
acaso. É possível que o nosso tempo de comando tenha chegado ao fim. Quem sabe
a divindade não está nos preparando experiências mais úteis, mais essenciais ao
nosso progresso material e espiritual? Por que, então, reclamar dos nossos
companheiros que nos relegaram, que nos deixaram ao léu? Observe os sofrimentos de Paulo e de tantos outros que resolveram seguir as pegadas de Jesus.
"Que te importa a ti? Segue-me tu". Eis um dístico que deveríamos
pôr em prática em nosso dia a dia.
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