03 outubro 2011

Conduta Espírita

A conduta espírita pode ser entendida como o comportamento do espírita ante as diversas situações do seu dia-a-dia. Em se tratando de uma Casa Espírita, lembremo-nos de que “da conduta dos indivíduos depende o destino das organizações”.

O Espírito André Luiz, no livro Conduta Espírita, traça-nos um roteiro eficaz para um exímio comportamento nas mais diversas ocasiões, dentro e fora de uma Casa Espírita. Em sua mensagem ao leitor, ele diz: “Rogamos que não se veja em nossos apontamentos esse ou aquele propósito de culto às convenções do mundo exterior, nem teorização de disciplinas superficiais”. Seu objetivo é ajudar o aperfeiçoamento do indivíduo, no caso, o adepto do Espiritismo.

Eis algumas sugestões interessantes:

Comportamento do dirigente de reuniões doutrinárias: observar rigorosamente o horário das sessões; ser assíduo; esquivar-se de realizar sessões inopinadamente; evitar excessiva credulidade; não se prevenir contra pessoas ou assuntos; impedir, sem alarde, pessoas alcoolizadas no ambiente; desaprovar o emprego de rituais, imagens ou símbolos de qualquer natureza; fugir de julgar-se superior somente por estar na cabina de comando.

Comportamento do médium: não se supor detentor de missões extraordinárias; reconhecer-se humilde portador de tarefas comuns; vencer os imprevistos que lhe possam impedir o comparecimento às reuniões; preparar-se interiormente para as sessões mediúnicas; nos trabalhos mediúnicos, evitar a respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções; silenciar todo o prurido de evidência pessoal.

Comportamento no Templo Espírita: entrar pontualmente no recinto, sem provocar alarido ou perturbações; evitar bocejos e tosses bulhentas; não provocar aplausos; privar-se dos primeiros lugares no auditório; acostumar-se a não confundir preguiça ou timidez com humildade; desaprovar a conservação de retratos e quadros nos recintos das reuniões.

Observe também: o comportamento nas Obras Assistenciais, na Tribuna, perante os profitentes de outras religiões, diante dos Espíritos Sofredores, do fenômeno mediúnico, perante a Doutrina Espírita etc. 

Fonte de Consulta

VIEIRA, Waldo. Conduta Espírita. Pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro: FEB, 1981.


01 outubro 2011

Perdão e Perfectibilidade

“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem...” — Jesus. (Lucas, 23,34)

Todos nós, que estamos encarnados neste Planeta de provas e expiações, somos imperfeitos: uns mais, outros menos. Por esta razão, deveríamos falar muito mais em perfectibilidade do que em perfeição. A perfectibilidade não é o poder de se tornar perfeito, mas de se aperfeiçoar. Nesse caso, somente o imperfeito é perfectível, mas com a condição de se mudar, de se melhorar.

O Espírito Emmanuel, no capítulo 61 (“Perdão – Remédio Santo”), de Palavras da Vida Eterna, compara o procedimento do ser humano quando é ameaçado por uma moléstia qualquer, com o procedimento que deveria adotar ante a sua alma enfermiça. Em se tratando do corpo físico, procuramos agentes calmantes para a dor, sedativos para a ansiedade, analgésicos para as inflamações, etc. E quando somos ameaçados por pensamentos enfermiços de queixa e mágoa, prevenção e antipatia, que remédios tomamos para restaurar o equilíbrio?

Para Emmanuel, “O perdão é, pois, remédio santo para a euforia da mente na luta cotidiana”.

Lembremo-nos de que todos somos ofensores de nossas próprias inibições. O exercício aqui é procurar manter o equilíbrio, apesar do nosso automatismo de valentia, de revide, de querer esganar o nosso ofensor. A recomendação é perdoar a quantos nos aborrecem, a quantos nos firam, a quantos nos causam embaraço, a quantos nos roubam a nossa oportunidade do ganha-pão.

Imperfeição pede perfectibilidade. Quantas enfermidades não nascem da amargura e quantos crimes não são cometidos nos momentos de cólera? Por isso, em qualquer circunstância, pacifiquemos sempre.