31 maio 2018

Aparições, Fantasmas e Assombrações

Aparições, fantasmas e casas assombradas (fenômenos mais antigos e documentados de que se tem notícia) são aspectos relevantes dos filmes e contos de terror. Quem nunca assistiu a filmes assim em que as portas se fecham sem razão alguma, vozes parecem vir do nada, ruídos estranhos e sons desconcertantes? Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, dedica o capítulo VI, Manifestações Visuais, para tratar deste assunto. Nesse capítulo, há, também, o "Ensaio Teórico Sobre as Aparições" e a "Teoria da Alucinação".

"Aparição” (e seu sinônimo “fantasma”) refere-se à "aparência imaterial" de uma figura humana que, se identificável, é a de alguém falecido. As aparições geralmente são vistas por uma única pessoa. Muitos são céticos com relação à aparição, pois como a ocorrência não é verificável com facilidade, a sua comunicação é posta em dúvida. Na religião, embora com o nome de "visão", as aparições desempenharam papel relevante. As aparições começaram a ser testadas somente no fim do século XIX e início do seculo XX. Duas foram as razões: 1) método teórico-experimental nas ciências; 2) descoberta da capacidade psi pela parapsicologia.

Em se tratando das casas assombradas, verificamos quatro tipos de fenômenos: 1) fenômenos auditivos (gritos, gemidos, sussurros, móveis se arrastando); 2) fenômenos visuais (luzes, objetos); 3) fenômenos sensoriais (odores); 4) fenômenos de materialização (fantasmas). Para explicar esses tipos de fenômenos foram desenvolvidas várias teorias: 1) teoria das alucinações; 2) teoria da arquitetura da casa; 3) teoria da gente da casa que possua poderes paranormais; 4) teoria do electromagnetismo; 5) teoria da sobrevivência dos espíritos num determinado local.

Convém, aqui, distinguir os fantasmas que estão sendo "produzidos" por seres vivos a partir de materializações inconscientes ou conscientes de ectoplasma, daqueles que surgem espontaneamente em determinados locais. Num caso, podemos falar em materialização; no outro, aparição. No poltergeist (batidas), o fenômeno se origina da atuação inconsciente do sujeito. Observe o fenômeno de Hydesville, em que as irmãs Fox (por meio de batidas na parede) se comunicaram com o Espírito Charles Rosma, assassinado anteriormente naquela casa.

No item 23 do capítulo VI de O Livro dos Médiuns, há a seguinte questão: como o Espírito pode tornar-se visível? Resposta: o princípio é o mesmo de todas as manifestações e está nas propriedades do perispírito, que pode sofrer diversas modificações, à vontade do Espírito. No item 25, indaga-se sobre a forma de condensação do perispírito. Resposta: não há condensação, mas antes uma combinação de fluidos. Assim, pela combinação de fluidos produz-se no perispírito uma disposição especial, que não tem analogia para nós, encarnados.

Analisemos, também, o item 28, cuja questão é: como podemos ver os Espíritos em estado de vigília? Resposta: "Isso depende do organismo, da facilidade maior ou menor do fluido do vidente de se combinar com o do Espírito. Assim, não basta o Espírito querer mostrar-se; é também necessário que a pessoa a quem se quer mostrar tenha a aptidão para vê-lo".

Fonte de Consulta

CAVENDISH, Ricardo (org.). Enciclopédia do Sobrenatural: Magia, Ocultismo, Esoterismo, Parapsicologia. Consultor especial sobre Parapsicologia Professor J. B. Rhine. Tradução de Alda Porto e Marcos Santarrita. Porto Alegre: L&PM, 1993.

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução J. Herculano Pires. São Paulo: Lake, 2013.

SCHOEREDER, Gilberto. Dicionário do Mundo Misterioso: Esoterismo, Ocultismo, Paranormalidade e Ufologia. Rio de Janeiro: Record: Nova Era, 2002.


&&&

Aparições 

O termo "aparição", como "fantasma", do qual é praticamente sinônimo, é usado popularmente há séculos, mas nunca com um sentido específico estritamente definido claro e precisamente. Uma definição de um dicionário apenas descritivo concentra-se em fases como "material aparência de fantasma" e "parece real e é geralmente repentina e assustadora", mas não faz qualquer alusão à causa ou ao significado das "aparições" desse tipo. Contudo, o termo normalmente se refere à "aparência imaterial" de uma figura humana que, se identificável, é a de alguém falecido.

As aparições não são vistas por todo mundo. Só indivíduos, de vez em quando comunicam uma experiência dessa. Em geral, ocorre quando a pessoa está só, embora casos em que mais de uma parece ter tido a mesma impressão ao mesmo tempo tenham sido comunicados com frequência suficiente para exigir uma explicação. De qualquer modo, porém, a experiência com aparição é transitória e não há muita probabilidade de que se repita. Consequentemente, a ocorrência não verificável com facilidade, e a sua comunicação corre o risco de provocar ceticismo ou descrença na maioria dos ouvintes.

Relatos de aparições, apesar do grande ceticismo em torno deles, adquiriram certa importância tanto na crença popular quanto na história da religião. O fantasma de Banquo e do pai de Hamlet, embora criações literárias, basearam-se numa ideia comum e aceita na época, a ideia de que asa aparições eram os espíritos de pessoas mortas, que de algum modo se manifestavam de forma visual. Às vezes a aparição surgia como se simplesmente trouxesse uma mensagem para o observador vivo apenas com o propósito de mostrar-se (afirmando-lhe assim a sobrevivência do espírito). Outras vezes, trazia uma mensagem ou aviso mais específico, como os dos fantasmas de Shakespeare. 

Aparições também desempenham um papel na religião, embora as experiências mais particulares alegadas nesse campo venham na maioria das vezes sob o nome de "visão" do que de "aparição" ou "fantasma". 

Hoje, porém, a interpretação simples e direta das aparições como manifestações de pessoas mortas está fora de moda. Aprendeu-se demais com a parapsicologia experimental para que ela continuasse se sustentando.

As aparições que se manifestavam a pessoas saudáveis eram mediúnicas nesse sentido. Eram inexplicáveis pelas leis comuns, mas ainda reais e significativas. Por isso, pareciam misteriosas, até mesmo sobrenaturais. 

Aparições com experiência Psi Espontâneas

As experiências psi espontâneas, das quais as aparições pareciam outra, constituir uma parte maior do que hoje, são tão antigos quanto a história. 

Em fins do século XIX e início do XX, surgiu o método experimental na ciência, indicando que experiências adequadamente controladas podiam mostrar se era verdade que a mente tinha meios de obter informações de alguma maneira ainda desconhecida, como sugeriram as experiências psi. As experiências que testaram pela primeira vez essa ideia foram feitas no campo hoje conhecido como parapsicologia. 

Primeiros estudos de aparições 

As experiências psíquicas, aparicionais ou outras, jamais foram cotejadas e estudadas de um modo realmente abrangente antes da descoberta da capacidade psi. Na verdade, não se poderia esperar esse tipo de estudo antes que se estabelecesse o abrangente conceito de psi (clarividência, pré-conhecimento, telepatia e PK), para servir de linha mestra. Marcas decisivas entre os primeiros estudos de experiências psi espontâneas foram as realizadas pela Sociedade de Pesquisa Psíquica (Society for Psychical Research — S. P. R.) de Londres, e o posterior estudo de aparições feito por G. N. M. Tyrell, na Inglaterra. Um dos motivos da fundação, em 1882, da S. P. R. de Londres, foi o interesse em estudar comunicados de experiências com aparições. Um projeto de três dos fundadores, Edmund Gurnsy, F. W. H. Myers e Frank Podmore, de recolher versões dessas experiências, foi um dos inicialmente realizados. Esses estudos resultaram, em 1886, no Fantasmas dos Vivos. O objetivo básico da pesquisa era avaliar o verdadeiro significado e peso dessas experiências na questão da vida após a morte, a questão da sobrevivência. Segundo seus relatos, as aparições seriam casos em que o espírito de uma pessoa morta parecia comunicar-se com uma viva. Portanto, forneciam um suposto indício de sobrevivência. Fossem o que pareciam ser, representavam uma experiência de comunicação entre as duas, mas, evidentemente, sem meios sensoriais. Essa comunicação seria telepatia. 

A telepatia, contudo, era questão controvertida. Assim, a ideia geral da experiência aparicional, nessa época, era a de que o espírito de uma pessoa morta sobrevivera e podia tornar-se visível para os vivos (1)

(1) CAVENDISH, Ricardo (org.). Enciclopédia do Sobrenatural: Magia, Ocultismo, Esoterismo, Parapsicologia. Consultor especial sobre Parapsicologia Professor J. B. Rhine. Tradução de Alda Porto e Marcos Santarrita. Porto Alegre: L&PM, 1993. 

 



17 maio 2018

Notas de Rodapé - Um Curso de Filosofia Espírita Comparada

José Herculano Pires alegava sofrer de grafomania, escrevendo dia e noite, e não seguia escolas literárias. Apenas comunicava o que achava necessário da melhor forma possível. Em vista disso, produziu muito conhecimento, que se traduz nas suas 84 obras publicadas. Além disso, organizou e dirigiu cursos de Parapsicologia para os Centros Acadêmicos da Faculdade de Medicina da USP, da Santa Casa de Misericórdia, entre outros. Proferiu muitas palestras espíritas e participou de diversos debates acerca do Espiritismo. 

Destaque: se compilássemos todas as notas de rodapé feitas por José Herculano Pires, ao longo das suas traduções das diversas obras espíritas, teríamos um curso de filosofia espírita comparada.

Eis algumas delas:

P. 615 (L. E.) A lei de Deus é eterna

— É eterna e imutável, como o próprio Deus.
JHP — Por este princípio: "a lei natural é a lei de Deus, eterna e imutável, como Ele mesmo", certos teólogos católicos e protestantes acusam o Espiritismo de doutrina panteísta. O mesmo fizeram com Spinoza, para quem Deus, a substância única é a própria Natureza, mas não no seu aspecto material, e sim nas suas leis.

P. 621 (L. E.) Onde está escrita a lei de Deus

— Na consciência.

JHP — Descartes, na terceira de suas Meditações Metafísicas, declara que a ideia de Deus está impressa no homem "como  marca do obreiro impressa na sua obra". Essa ideia de Deus é inata no homem e o impele à perfeição. Embora as escolas modernas de psicologia neguem a existência de ideias inatas, o Espiritismo sustenta essa existência, através do princípio da reencarnação. Por outro lado, as ideias de Deus, da sobrevivência, do bem e do mal existem e existiram sempre entre todos os povos. A lei de Deus está escrita na consciência do homem como a assinatura do artista na sua obra.

P. 628 (L. E.) — Por que a verdade não esteve sempre ao alcance de todos

— É necessário que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: é preciso que nos habituemos a ela pouco a pouco, pois de outra maneira nos ofuscaria.

JHP — Os textos sagrados das grandes religiões, como a Bíblia e os Vedas, os sistemas de antigos filósofos, as doutrinas de velhas ordens ocultas ou esotéricas, todos encerram grandes verdades nas suas contradições aparentes.

P. 636 (L. E.) O bem e o mal são absolutos para todos os homens

— O bem é sempre bem e o mal é sempre mal. A diferença está no grau de responsabilidade

JHP — As pesquisas sociológicas deram motivo a uma reavaliação, em nosso tempo, do conceito tradicional de moral. Entendeu-se que a moral é variável, porque o bem de um povo pode ser mal para outro, e vice-versa. A moral relativa é a convencional, enquanto a moral absoluta é a ditada pela aspiração universal do bem, pela Lei de Deus gravada nas consciências.

P. 663 (L. E. ) As preces que fazemos por nós mesmos podem modificar a natureza das nossas provas e desviar-lhes o curso

— Vossas provas estão nas mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas Deus leva sempre em conta a resignação.

JHP — Spinoza dizia que "Deus age segundo unicamente as leis de sua natureza, sem ser constrangido por ninguém" (Proposição XVII da "Ética"), e afirmava a impossibilidade do milagre, por ser violação das leis de Deus. Também no tocante aos males individuais, alegava que eles não existiam na ordem geral do Universo.

P. 700 (L. E.)  A igualdade numérica aproximada entre os sexos é um indício da proporção em que eles se devem unir

— Sim, pois tudo tem um fim na Natureza.

JHP — O Espiritismo é teleológico, tanto do ponto de vista físico quanto do ético. Henri Bergson, em L'Évolution Créatrice (Evolução Criadora), desenvolveu a teoria do elã vital, segundo a qual todo o curso da evolução, partindo da matéria mais densa, dirige-se à liberação da consciência no homem, aparecendo este como o fim último da vida na Terra. Essa é a tese espírita da evolução até os limites da vida terrena. Mas o Espiritismo vai além, admitindo a "escala dos mundos", através da qual a evolução se processa no infinito, sempre com a finalidade da perfeição.


09 maio 2018

Pires, José Herculano

José Herculano Pires (1914-1979) foi jornalista, filósofo e conferencista espírita. A sua vocação para as letras começou quando ainda tinha 16 anos de idade, quando publicou o conto Sonhos Azuis, seu primeiro livro. Trabalhou nos Diários Associados, exercendo, entre outras, as funções de repórter e redator. Manteve nesse jornal, por mais de 20 anos, uma coluna espírita com o pseudônimo de Irmão Saulo.

Em 1958, licenciou-se em Filosofia pela USP, tendo publicado uma tese existencial: O Ser e a Serenidade. Sua conversão ao Espiritismo se deu da seguinte forma: como era católico, não encontrava respostas para a sua crise religiosa. Frequentou um tempo a Teosofia. Quando se deparou com um exemplar de O Livro dos Espíritos, encontrou tudo o que procurava.

Além das muitas obras escritas, a sua contribuição ao movimento espírita era exemplar. Defensor da Doutrina Espírita, combateu erros doutrinários, principalmente os cometidos pelas Federações. Para cada erro apontado, dava as suas razões lógicas e doutrinárias. Um órgão coordenador do movimento espírita não pode divulgar erros.

José Herculano Pires publicou várias obras espíritas. Eis algumas delas: Introdução à Filosofia Espírita, Mediunidade (Vida e Comunicação), O Espírito e o Tempo, Agonia das Religiões, Revisão do Cristianismo, Ciência Espírita, Curso Dinâmico de Espiritismo e Centro Espírita.

Presentemente, as obras espíritas traduzidas por esse expoente da Doutrina Espírita são mais procuradas. Nas suas traduções, há diversas notas de rodapé, que nos auxiliam a compreender melhor o texto de Allan Kardec.

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/pires-jos%C3%A9-herculano

Há, no YouTube, uma entrevista curta e bastante didática de sua filha Heloísa Pires, a respeito José Herculano Pires. Vale a pena conferir.






Em 21 de outubro de 2012, Heloísa Pires participou do 24º Simpósio Espírita do Centro Espírita Ismael, cujo tema central foi: “O Espiritismo no Brasil e Meio Século da Nossa Casa Espírita”. Na ocasião, seu tema foi: "Herculano Pires e sua Obra". (Vídeo abaixo)

08 maio 2018

Astrologia

"Como o universo não é acidental, mas a manifestação da Vontade Divina, a astrologia pode ser a chave dessa interpretação."

Astrologia é a "arte de adivinhar o futuro pela observação dos astros". O "estudo das verdadeiras ou supostas relações entre o céu e a terra". "Busca da humanidade por significados profundos no céu". Modernamente, "estudo da influência dos astros, mais especificamente, dos signos do Zodíaco, no comportamento humano". Horóscopo, também conhecido como "mapa da hora", é a ferramenta de trabalho do astrólogo. É uma representação simbólica do zodíaco de doze constelações.

A astrologia surgiu há 2000 a.C. na Mesopotâmia e entre os povos da China Antiga. No Oriente, há uma diferença entre o sistema astrológico chinês e o da Índia. Os chineses usam animais para simbolizar o zodíaco de doze constelações. Nesse caso, cada animal é associado à personalidade daqueles nascidos em determinado ano. Na Índia, enfoca-se a previsão do destino das pessoas. Esse foco de previsão do futuro apareceu na astrologia ocidental e continua presentemente: eventos na vida de uma pessoa podem ser explicados pela posição dos astros.

Pesquisando sobre a astrologia, encontramos alguns termos, entre os quais: 1) astrologia judiciária. No momento em que uma criança nasce, os astros exercem influência sobre ela e fixam seu caráter e o seu futuro; 2) Zodíaco. É a esfera celeste, cortado ao meio pela eclíptica, e que contém as doze constelações que o Sol percorre aparentemente durante um ano; 3) distribuição das doze constelações. As doze constelações são distribuídas em quatro grupos: Fogo (Áries, Leão, Sagitário), Terra (Capricórnio, Touro, Virgem), Ar (Libra, Aquário, Gêmeos) e Água (Câncer, Escorpião, Peixes).

Os estudiosos da astrologia pedem para que diferenciemos a astrologia dos jornais daquela defendida pelos grandes pensadores. Platão, Pitágoras, São Tomás de Aquino e Johan Kepler aceitaram a astrologia não como um meio de prever o futuro, mas como uma planta básica e simbólica da estrutura de funcionamento do universo que satisfazia a sua experiência interior.

Na pergunta 140 — Os astros influenciam igualmente na vida do homem? — de O Consolador, o Espírito Emmanuel esclarece-nos que o campo magnético e as conjunções dos planetas influenciam no complexo celular do homem físico, em sua formação orgânica e em seu nascimento na Terra. Não diz nada sobre a influência na personalidade e no caráter.

Paulo Neto, em "Astrologia: pode-se acreditar em seus presságios?", oferece-nos alguns pontos de sua pesquisas nos livros espíritas. Vale a pena consultar:  (http://www.oconsolador.com.br/ano6/264/especial.html)

Fonte de Consulta

CAVENDISH, Ricardo (org.). Enciclopédia do Sobrenatural: Magia, Ocultismo, Esoterismo, Parapsicologia. Consultor especial sobre Parapsicologia Professor J. B. Rhine. Tradução de Alda Porto e Marcos Santarrita. Porto Alegre: L&PM, 1993.

EDIPE - ENCICLOPÉDIA DIDÁTICA DE INFORMAÇÃO E PESQUISA EDUCACIONAL. 3. ed. São Paulo: Iracema, 1987

Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/astronomia-e-astrologia

&&&

Astrologia (c. 2000 a.C.) [Mesopotâmia/China]

Busca da humanidade por significados profundos no céu.

A astrologia é um sistema de crenças que apela para os movimentos de corpos celestiais de forma a explicar características da vida humana ou prever eventos futuros. As origens antigas da astrologia remontam aos mesopotâmicos no segundo milênio a.C. e, na mesma época, aos povos da China antiga. O sistema astrológico chinês é distinto pelo uso de animais para simbolizar os doze anos do zodíaco, começando com o ano do rato e terminando com o ano do porco. Cada animal é associado com um conjunto de características de personalidade atribuídas àqueles nascidos em determinado ano.

Em contraste, os sistemas astrológicos desenvolvidos na Índia antiga e no sul da Ásia tinham um enfoque maior na previsão do destino das pessoas. Esse foco alternativo também apareceu na astrologia ocidental e persiste em sua manifestação moderna, no qual se vê que os eventos na vida de uma pessoa podem ser previstos e explicados pelos movimentos das estrelas e dos planetas. Essa forma de astrologia usa signos do zodíaco tropical e é bem conhecida no mundo ocidental por meio dos horóscopos. 

Embora essa forma de astrologia ocidental tenha sido amplamente desacreditada como pseudocientífica no mundo moderno, é difícil de subestimar sua influência como ideia.  Não são poucas as pessoas que consultam diariamente o horóscopo. 

ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.