A
Assistência Espiritual, denominada A2, tem a duração de uma hora. A palestra
evangélica propriamente dita é feita em aproximadamente 40 minutos. O restante
do tempo destina-se ao preparo de ambiente, prece de abertura, avisos,
vibrações e palavra do mentor espiritual. O seu objetivo é transmitir as
verdades imorredouras do Cristo, no sentido de acalmar e equilibrar os
pensamentos das pessoas presentes na reunião.
Além da
mesa, composta por um diretor, um auxiliar e um médium psicofônico para receber
as instruções dos mentores espirituais, pode-se, conforme for a quantidade de
colaboradores, formar uma corrente de médiuns para dar sustentação ao trabalho.
A
palestra A2 é um passe coletivo. Faz parte de uma engrenagem mais ampla, que é
o trabalho de passes de um Centro Espírita. Essa assistência é indicada para os
casos de natureza espiritual mais profunda: desespero, melancolia, cólera e
melindres; perturbações e envolvimentos de fundo mediúnico, problemas de
mediunidade (visões e arrepios) e depressão nervosa.
Em
nosso dia-a-dia, estamos sujeitos a uma série de situações que nos causam
estresse: a falta de dinheiro para o nosso sustento, o relacionamento no local
de trabalho, as desavenças familiares, as rusgas e a nossa própria
intemperança. Essas situações, quando administradas inconvenientemente, geram
um desequilíbrio emocional muito intenso, provocando viés de conduta,
necessitando de uma assistência espiritual, que no caso pode ser indicado o A2.
O A2 é
um trabalho voltado para as pessoas, que após terem passado por outras
assistências da Casa, já não apresentam acentuado grau de envolvimento
espiritual negativo. O objetivo dessas palestras é melhorar o pensamento do
frequentador, no sentido de mudar a sua conduta frente à vida e a si mesmo. É
romper a simbiose e o monoideísmo.
Exemplifiquemos:
o trabalho de desobsessão foi a primeira tentativa de doutrinar o obsessor.
Acontece que os automatismos dos pensamentos de tristeza, melancolia, ódio
continuam jungidos ao frequentador. Os ensinamentos evangélicos, transmitidos
nessa assistência espiritual, podem perfeitamente desfazer esse automatismo e
criar hábitos e atitudes voltados para o bem, para a felicidade.
Além
dos cuidados com a preparação de ambiente e do médium, a do expositor
reveste-se de relevância especial. Sob sua palavra, a reunião vai se
desenrolar. O expositor precisa conhecer a Doutrina Espírita e,
principalmente O Evangelho Segundo o Espiritismo, matéria-prima de
sua exposição. Não é viável transformar a sua palestra numa aula. A aula
tem outra dinâmica, pois está mais voltada para a razão do que para emoção.
Lembremo-nos de que o expositor da boa nova assemelha-se a um técnico
eletricista desligando as tomadas mentais infelizes.
Em todo
o trabalho de assistência espiritual, pede-se que o frequentador tenha muita fé
e confiança nos médiuns e nos Espíritos protetores. Assim, na condição de
“assistido”, tenhamos fé; na condição de colaboradores, saibamos passar
confiança e tenacidade aos que procuram uma Casa Espírita.
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