18 janeiro 2013

Judaísmo

O Judaísmo é a religião dos israelitas ou hebreus ou judeus. O documento essencial sobre o Judaísmo é o livro sagrado de Israel, o Antigo Testamento. Tanto o Judaísmo quanto o Cristianismo fazem parte das chamadas religiões universais, pois elas acreditam ter importância para todo o mundo e tentam, com maior ou menor intensidade, converter pessoas.

As principais características do Judaísmo são: há um Deus único, invisível, de natureza espiritual, exterior e transcendente ao mundo material; Deus criou o mundo do nada e cuida dele (Providência); Deus revela-se pelos profetas; o tempo é linear, progressivo e marcado por acontecimentos históricos, que se renovam nas festas e no culto; tem como objetivo a salvação da alma do crente; a circuncisão tem o significado simbólico de um sinal da Aliança outrora firmada entre Deus e Abraão.

O Judaísmo está centrado na figura de Moisés, cujo Decálogo a ele atribuído, somado às demais obras do Pentateuco se consubstanciaram no Moisaísmo ou Judaísmo, considerado a primeira grande revelação, à qual se seguira a segunda, ainda maior: o Cristianismo. Na revelação, Deus se manifesta a Moisés, cuja mensagem era dirigida a um povo, o povo de Israel, eleito por Deus para cumprir uma missão universal: a aliança de Deus com a humanidade, renovada em diferentes ocasiões.

Onde tudo começou? A Bíblia que narra a criação do mundo e dos seres viventes. Nela, consta que Adão e Eva viviam no Paraíso. Indignos, foram expulsos do Éden. Há, também, a morte de Abel por Caim. Como a maldade aumentava, Deus percebeu que o homem precisava ser salvo, pois é incapaz por si mesmo de se manter no bem. Seguiram-se as alianças com Noé, após o dilúvio, com Abraão e, por fim, revalidada com Moisés (século XIII a.C.). Tudo para ajudar o homem a se salvar do pecado.

A lenda sobre Moisés, personagem central do judaísmo, pode ser resumida nos seguintes termos: no tempo do seu nascimento, os judeus se achavam escravizados no Egito. O faraó havia determinado que todas as crianças judaicas do sexo masculino fossem mortas, Moisés, que tinha três meses de idade, foi posto num cestinho de papiro e solto nas águas do Nilo. A filha do faraó o encontrou e o levou à sua irmã mais velha, Míriam, que acabou fazendo-o chegar à sua própria mãe, para amamentá-lo. Na mocidade, matou o agressor que estava espancando um hebreu, sendo forçado a fugir para o Este do Egito. Mais tarde teve a visão da sarça ardente, no alto do monte Sinai, e de cujo interior uma voz, fazendo-se conhecer pelo nome de Jeová, o deus dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, o investiria da missão de salvar o povo do cativeiro egípcio e conduzi-lo à Terra Prometida. Guiou os judeus durante 40 anos pelo deserto em busca dessa nova terra.

As atividades cristãs e muçulmanas que se seguiram ao povo judeu abriram caminho para o aparecimento da cabala e do chassidismo, ambas de orientação mística. A cabala (a partir do século XII) propõe uma leitura espiritual e não literal da Torá, ajudada por interpretações numéricas e esotéricas. Sua evolução para formas mais populares (cabala prática) está na origem (século XVIII) do chassidismo, que insiste na superioridade da espiritualidade e da piedade sobre o estudo erudito dos livros sagrados.

No Espiritismo, costumamos realçar as três revelações divinas. A primeira delas, com Moisés, deu-se no âmbito do judaísmo. Entrar em contato com a crença e os costumes dos judeus daquela época é muito valioso para uma melhor compreensão da história religiosa e filosófica que é sintetizada pelos princípios espíritas, codificados por Allan Kardec.

Fonte de Consulta

EDIPE - ENCICLOPÉDIA DIDÁTICA DE INFORMAÇÃO E PESQUISA EDUCACIONAL. 3. ed. São Paulo: Iracema, 1987.

TEMÁTICA Barsa - Filosofia.