“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem...”
— Jesus. (Lucas, 23,34)
Todos nós, que estamos encarnados neste Planeta de
provas e expiações, somos imperfeitos: uns mais, outros menos. Por esta razão,
deveríamos falar muito mais em perfectibilidade do que em perfeição. A
perfectibilidade não é o poder de se tornar perfeito, mas de se aperfeiçoar.
Nesse caso, somente o imperfeito é perfectível, mas com a condição de se mudar,
de se melhorar.
O Espírito Emmanuel, no capítulo 61 (“Perdão –
Remédio Santo”), de Palavras da Vida Eterna, compara o procedimento
do ser humano quando é ameaçado por uma moléstia qualquer, com o procedimento
que deveria adotar ante a sua alma enfermiça. Em se tratando do corpo físico,
procuramos agentes calmantes para a dor, sedativos para a ansiedade,
analgésicos para as inflamações, etc. E quando somos ameaçados por pensamentos
enfermiços de queixa e mágoa, prevenção e antipatia, que remédios tomamos para
restaurar o equilíbrio?
Para Emmanuel, “O perdão é, pois, remédio santo
para a euforia da mente na luta cotidiana”.
Lembremo-nos de que todos somos ofensores de nossas
próprias inibições. O exercício aqui é procurar manter o equilíbrio, apesar do
nosso automatismo de valentia, de revide, de querer esganar o nosso ofensor. A
recomendação é perdoar a quantos nos aborrecem, a quantos nos firam, a quantos
nos causam embaraço, a quantos nos roubam a nossa oportunidade do ganha-pão.
Imperfeição pede perfectibilidade. Quantas
enfermidades não nascem da amargura e quantos crimes não são cometidos nos
momentos de cólera? Por isso, em qualquer circunstância, pacifiquemos
sempre.
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