Culpa. Emoção
autoconsciente de ter pensado ou feito algo errado. Ação repreensível praticada
contra a lei ou a moral; falta; delito, crime; pecado. Culpado é aquele
que, por um desvio, por um falso movimento da alma, se afasta do objetivo da
Criação. Em direito, conjunto de requisitos que tornam
reprovável a conduta do agente, dirigida à produção de um fato ilícito e que,
se este fato é um crime, são uma condição necessária para a aplicação de uma
pena.
O sentimento
de culpa é a compreensão de que se violou um princípio ético ou moral.
É um colapso da consciência e, através dele, sombrias forças se insinuam.
Na psicologia, espécie de "complexo inconsciente de
acusação" (Baruk) que faz com que, em certos psicopatas (melancolia,
esquizofrenia), o doente experimente dor moral por certas faltas que, muita
vez, não cometeu.
Comparando culpado e
inocente, verificamos que as consequências na vida futura são bem
distintas. Os culpados erram nas trevas; os bem-aventurados gozam de
felicidade. O mau é atormentado por remorsos e pesares; os bons recolhem a paz
dos eleitos. Não pensemos, porém, que a reencarnação é um castigo e somente os
Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la. A reencarnação é, antes de tudo,
uma oportunidade de progresso do Espírito imortal.
O Espírito Joanna de
Ângelis, no livro Momentos de Meditação, ensina-nos que
"A culpa surge como forma de catarse necessária para a libertação de
conflitos. Encontra-se insculpida nos alicerces do espírito e manifesta-se em
expressão consciente ou através de complexos mecanismos de auto-punição
inconsciente".
Diante de um culpado, não digamos: "Teve o que mereceu". Melhor seria dizer: "Que meios o Pai me colocou nas mãos para auxiliar?"
— O sentimento
de culpa é sempre um colapso da consciência e, através dele, sombrias
forças se insinuam... Zulmira, pelo remorso destrutivo, tombou no mesmo nível
emocional de Odila e ambas se digladiam num conflito de morte, inacessível aos
olhos humanos comuns. É um caso em que a medicina terrestre não consegue
interferência.
— A violência não
ajuda. As duas se encontram ligadas uma a outra. Separá-las à força seria a
dilaceração de consequências imprevisíveis. A exasperação da mulher
desencarnada pesaria demasiado sobre os centros cerebrais de Zulmira e a
lipotimia poderia acarretar a paralisia ou mesmo a morte do corpo. (Capítulo
III — "Obsessão", do livro Entre a Terra e Céu, pelo
Espírito André Luiz)
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