Segundo a maioria das religiões cristãs, o demônio é
um ser espiritual de natureza angélica condenado eternamente, por ter desobedecido
a Deus. A possessão, por sua vez, é o fenômeno pelo qual um
espírito do mal reside em um corpo e em determinados momentos pode falar e se
mover por meio desse mesmo corpo, sem que a pessoa possa evitá-lo. O exorcismo
é aplicado sobre os demônios e os possessos.
Para a religião cristã, o exorcismo é
o rito de ordenação ao demônio para que saia do corpo de um homem possuído. Os
teólogos distinguem entre “exorcismos ordinários” e “exorcismos
extraordinários”. Os primeiros fazem parte da liturgia, no batismo solene,
consistindo em oração e cerimônias simbólicas. Os exorcismos extraordinários
têm por fim a libertação de um possesso. A essência do exorcismo é a conjuração
(frases, fórmulas e ladainhas), ou seja, a ordem dada ao demônio em nome de
Jesus a deixar o corpo.
Para o Espiritismo, possessão é
sinônimo de subjugação, ou seja, o Espírito comunicante toma por
assim dizer o corpo do médium, sem que o seu dono o abandone. Ela é sempre
temporária e intermitente, porque um Espírito desencarnado não pode tomar
definitivamente o lugar de um encarnado. Pode-se dizer que a possessão designa
os casos mais graves de obsessão.
A prece sempre auxilia, mas não resolve o problema.
Allan Kardec, na Revista Espírita de 1860, diz-nos que não há
“nem palavras sacramentais, nem formas cabalísticas, nem exorcismos que tenham
a menor influência; quanto mais são maus, mais se riem do terror que inspiram,
e da importância que se dá à sua presença; divertem-se em se ouvir chamar
diabos e demônios, por isso se dão seriamente os nomes de Asmodée, Astaroth,
Lúcifer e outras qualificações infernais aumentando as malícias, ao passo que
se retiram quando veem que perdem seu tempo com pessoas que não são seus
patetas, e que se limitam a chamar, sobre eles, a misericórdia divina”.
Para o tratamento da obsessão, a maioria dos Centros Espíritas dispõe de trabalhos de desobsessão, em que os Espíritos do mal são doutrinados, para que possam mudar de caminho, ou seja, passarem a praticar o bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário