"Egoísmo e
Orgulho: suas causas, efeitos e meios de destruí-los" é o subtítulo de
"Questões e Problemas" do livro Obras Póstumas de
Allan Kardec. Os outros assuntos são: as expiações coletivas, liberdade,
igualdade e fraternidade, as aristocracias, os desertores e breve resposta aos
detratores do Espiritismo.
A maior parte das
misérias da vida provém do egoísmo, ou seja, das pessoas que só pensam em si
mesmas. Daí, o antagonismo social, lutas, conflitos e misérias. Onde, porém,
encontrar a origem do egoísmo? No orgulho. O orgulho e o egoísmo assentam-se no
instinto de conservação. É a malversação deste instinto que provoca o egoísmo e
orgulho.
A felicidade não
combina muito bem com o egoísmo e o orgulho. Nós só seremos felizes se formos
imbuídos do sentimento de benevolência, indulgência e condescendência
reciproca. Allan Kardec, neste tema, afirma-nos que não basta proclamar o reino
da felicidade, é imperioso destruir as causas, ou seja, o orgulho e o egoísmo.
Urge fazermos com que
a exceção (virtude) vire regra. Para tanto, envidemos todos os esforços para
destruir as causas do orgulho e do egoísmo. Dentre essas causas, há aquela que
diz respeito à falsa ideia que o ser humano faz de sua natureza, de seu passado
e de seu futuro.
A identificação da
vida futura é sumamente importante. A efemeridade da vida presente se abre ao
esplendor da vida futura. Ao lado da crença em Deus e na perspectiva da vida
futura, é preciso ver o passado para se fazer uma ideia justa do
presente.
O Espiritismo é a
chave da felicidade, pois seus princípios minam o egoísmo e o orgulho pela
base, dando um ponto de apoio à moral.
Fonte de Consulta
KARDEC, Allan. Obras Póstumas, página 188.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/ego%C3%ADsmo-e-orgulho
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"... A consequência inevitável disso é o crescimento do egoísmo entre as pessoas. Faz parte da própria natureza do egoísmo ver as coisas fora de proporção: o “eu” se torna dominante e o mundo inteiro é distorcido. Mais uma vez estamos diante da alienação em relação à realidade. Nenhum homem que conheça a si mesmo em seus relacionamentos ab extra pode ser um egoísta. Mas aquele que é cônscio apenas de seu “eu” sofre de um verdadeiro desarranjo mental. Como disse Platão: “Na verdade, o excessivo amor de si é em cada homem a fonte de todas as ofensas; pois o amante fica cego em relação ao amado, de modo que julga erroneamente o justo, o bem e o honrável e crê que deve sempre preferir seu próprio interesse à verdade”. Portanto, o ensimesmamento é um processo que tira uma pessoa da realidade “real” e, portanto, da harmonia social. Parece-me importante lembrar também que Nathaniel Hawthorne, sincero estudioso das almas pecadoras, concluiu — após uma vida inteira de introspecção e reflexão — que o egoísmo é o único pecado imperdoável". (Capítulo 4 — "Egoísmo no Trabalho e na Arte", de As Ideias têm Consequências, de Richard M. Weaver)
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