"Vida Espírita" é o título do capítulo VI do Segundo Livro — "Mundo Espírita ou dos Espíritos" de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Trata dos seguintes temas: Espíritos Errantes, Mundos Transitórios, Percepções, Sensações e Sofrimentos dos Espíritos, Ensaio Teórico sobre a Sensação nos Espíritos, Escolha das Provas, Relações de Além-Túmulo, Lembrança da Existência Corpórea, Comemoração dos Mortos — Funerais.
A alma, nos intervalos das encarnações, torna-se um Espírito errante que aspira a um novo destino e o espera. Como consequência do livre-arbítrio, a duração pode levar entre algumas horas e milhares de anos. Lembremo-nos de que mesmo errante o Espírito progride; a melhora, porém, depende do desejo e da vontade do Espírito. Contudo, é na existência corpórea que ele põe em prática as novas ideias adquiridas.
Na questão 234, quer saber se há mundos que servem de estações ou de lugares de repouso aos Espíritos errantes. Resposta: "Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que eles podem habitar temporariamente, espécies de acampamentos, de lugares em que possam repousar de erraticidades muito longas, que são sempre um pouco penosas"
Em se tratando das percepções e dos conhecimentos dos Espíritos, verifica-se que quanto mais se aproximam da perfeição mais sabem: se são superiores, sabem muito; os Espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes em todos os assuntos. O conhecimento dos Espíritos é relativo. Os Espíritos veem o que não vemos como encarnados, e julgam de modo diferente do nosso. Mas ainda uma vez: isso depende da sua elevação.
Depois da morte, os Espíritos experimentam diversos tipos de sensações, variando entre as mais penosas e as mais sublimes. Alguns dizem sentir "os vermes lhe corroerem as carnes"; outros, apossados de uma agonia profunda, como se estivessem mergulhados numa noite profunda.
O Espírito se lembra da sua existência corpórea? "Sim, tendo vivido muitas vezes como homem, recorda-se do que foi. E te asseguro que, por vezes, ri-se de piedade de si mesmo. Como o homem que, atingindo a idade da razão, ri das suas loucuras da juventude, ou das suas puerilidades da sua infância".
A vida espírita é a verdadeira vida. Estamos de passagem por este mundo, mas deveremos brevemente voltar ao mundo dos Espíritos, que é a nossa morada eterna.
Para mais informações sobre a vida espírita, consulte O Livro dos Espíritos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário