Na Revista Terra, os cientistas afirmam
que os animais são inteligentes. Fundamentam-se nas seguintes observações:
1) Betty, um corvo fêmeo que, depois de o corvo
macho ter desistido de buscar comida no fundo de um vidro, ela aproximou-se com
um pedaço de arame, dobrou-o na forma de um gancho e enfiou-o no tubo até o
fundo, fisgando o petisco.
2) Os elefantes vivem organizados em grupos sociais
ligados por laços de parentesco e amizade. Eles também velam os mortos em
rituais.
3) As abelhas, como acontece com muitos outros
insetos, agem como se guiados por uma mente coletiva, formada por todos os
indivíduos da colmeia.
4) Insetos e peixes lembram-se do passado e até
aprendem com ele.
5) Os cachorros conseguem entender frases com verbo
e objeto direto.
6) Bem ensinados, os orangotangos e os gorilas
aprendem a falar por sinais.
Em vista disso, perguntamos: que relação há entre a
inteligência humana e a inteligência animal? A inteligência animal é limitada.
Para entendê-la, partamos do seguinte: "todo efeito inteligente tem uma
causa inteligente; a grandeza do efeito é diretamente proporcional à potência
da causa". Disto se conclui que a inteligência animal é da mesma natureza
que a humana, apenas diferenciando no desenvolvimento gradativo. Há, no animal,
a atenção, o julgamento, o raciocínio, a associação de ideias, a memória e a
imaginação, que são atributos da inteligência, mas o seu desenvolvimento está
muito aquém daquele conseguido pelo ser humano. Exemplo: os animais não escrevem,
não articulam o pensamento, não raciocinam etc.
Os animais têm livre-arbítrio ou só agem por
instinto? Allan Kardec, nas perguntas 593 e 595 de O Livro dos Espíritos, diz que o instinto domina na maioria dos animais.
"Há neles, portanto, uma espécie de inteligência, mas cujo exercício é
mais precisamente concentrado sobre os meios de satisfazer às suas necessidades
físicas e prover à conservação". Em se tratando do livre-arbítrio,
acrescenta: "Não são simples máquinas, mas sua liberdade de ação é limitada
pelas suas necessidades, e não pode ser comparada à do homem. Sendo muito
inferiores a este, não têm os mesmos deveres. Sua liberdade é restrita aos atos
da vida material. A sua escolha é mecânica, por instinto".
Sobre a questão polêmica de os animais terem alma,
Allan Kardec informa-nos que a alma é um princípio inteligente que independe do
corpo físico. Nesse sentido, o animal a possui, mas em grau diverso daquele
observado no ser humano. Na pergunta 597A de O Livro dos Espíritos, acrescenta: "Há, entre a alma dos animais e
a do homem tanta distância quanta entre a alma do homem e Deus".
Os animais não podem ser médiuns. A mediunidade é
uma faculdade humana. Os animais possuem percepção extra-sensorial em alto
grau. José Herculano Pires, em seu livro Mediunidade, afirma que somente no ser humano, que é uma
síntese perfeita e equilibrada de todo o processo evolutivo alcançado nos
vários reinos da natureza, com inteligência desenvolvida, razão e pensamento
contínuo e criador, há a possibilidade da eclosão da Mediunidade. Para ele, a
Mediunidade é uma função sem órgão, resultante de todas as funções orgânicas e
psíquicas da espécie. Ele acrescenta: "A Mediunidade é a síntese por
excelência, que consubstancia todo o processo evolutivo da Natureza. Querer atribuí-la
a outras espécies que não a humana é simples absurdo".
Fonte de Consulta
KARDEC, A. O
Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.
Os Animais São Inteligentes. Revista Terra. Janeiro de
2004, edição 141.
PIRES, J. H. Mediunidade (Vida e Comunicação) - Conceituação, da Mediunidade e Análise Geral dos seus Problemas Atuais. 5. ed. São Paulo: Edicel, 1984.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/animais-os
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