21 outubro 2010

Psicologia e Espiritismo

Psicologia é a ciência dos fenômenos psíquicos e do comportamento. Estuda as ideias, sentimentos e determinações cujo conjunto constitui o espírito humano. Psicanálise é o processo de exame psicológico que pretende descobrir no inconsciente neuropata as tendências, os desejos e os complexos perturbadores de sua alma. Psiquiatria é parte da medicina que estuda as doenças mentais, na sua etiologia, patogenia, manifestações clínicas e tratamento.

Os primórdios da Psicologia encontram-se: 1) na antiguidade grega, a afirmação de que é o espírito que vê o ouve (e não os órgãos sensoriais); 2) a classificação dos humores e sua relação com os temperamentos (sanguíneo, fleumático, melancólico e colérico); 3) Pitágoras e sua crença na imortalidade da alma; 4) Platão com sua teoria de que os desejos se satisfaziam nos sonhos, por meio de imagens, quando se achavam adormecidas as mais altas faculdades da mente.

A Psicologia só se afirma como “ciência”, independente da filosofia, e, objetiva, a partir da 2.ª metade do século XIX. Esse movimento se confirma com a elaboração progressiva de diversos métodos quantitativos e testes, além da constituição de várias teorias – behaviorismo e Teoria da Gestalt.

Muitos filósofos contribuíram para o desenvolvimento da Psicologia. Eis alguns deles: Santo Agostinho (430 d.C.) estudou os problemas da Psicologia sob o ponto de vista de um observador que descreve vivências reais; Thomas Hobbes (1588-1679) fez um sumário da psicologia incluindo as sensações, a imaginação e os sonhos; Descartes – com a sua dualidade espírito-matéria –, concebeu a possibilidade de uma ação puramente mecânica; Locke, em seu Ensaio sobre o Entendimento Humano, mesmo não sendo uma obra psicológica, inaugurou a psicologia da associação de ideias.

Sigmund Freud e Carl Gustav Jung foram os dois grandes expoentes da Psicologia. Freud interpretou os sonhos e desenvolveu o "método da associação livre", pelo qual conseguiu obter a cura de muitas doenças mentais. Jung deu sequência ao trabalho desenvolvido por Freud, porém de modo mais científico. Jung aprofundou-se no estudo do inconsciente.

O Espiritismo é a síntese de todo o processo de conhecimento. O Espírito Emmanuel, em O Consolador, responde a várias perguntas sobre a relação entre a Psicologia e o Espiritismo. Tomamos a liberdade de copiar três delas, com suas respectivas respostas.

Pergunta 45. A psicanálise freudiana, valorizando os poderes desconhecidos do nosso aparelhamento mental, representa um traço de aproximação entre a Psicologia e o Espiritismo?

Essas escolas do mundo constituem sempre grandes tentativas para aquisição das profundas verdades espirituais, mas os seus mestres, com raras exceções, se perdem na vaidade dos títulos acadêmicos ou nas falsas apreciações dos valores convencionais.

Os preconceitos científicos, por enquanto, impossibilitam a aproximação legítima da Psicologia oficial e do Espiritismo.

Os processos da primeira falam da parte desconhecida do mundo mental, a que chamam de subconsciente, sem definir essa cripta misteriosa da personalidade humana, examinando-a apenas na classificação pomposa das palavras. Entretanto, somente à luz do Espiritismo poderão os métodos psicológicos aprender que essa zona oculta, da esfera psíquica de cada um, é o reservatório profundo das experiências do passado, em existências múltiplas da criatura, arquivo maravilhoso em todas as conquistas do pretérito são depositadas em energias potenciais, de modo a ressurgirem no momento oportuno.

Pergunta 47. Por que, relativamente ao estudo dos processos mentais, se encontram divididos no campo da opinião os psicologistas do mundo?

Os psicologistas humanos, que se encontram ainda distantes das verdades espirituais, dividem-se tão-só pelas manifestações do personalismo, dentro de suas escolas; mesmo porque, analisando apenas os efeitos,, não investigam as causas, perdendo-se na complicação das nomenclaturas científicas, sem uma definição séria e simples do processo mental, onde se sobrelevam as profundas realidades do espírito.

Pergunta 48. O Espiritismo esclarecerá a Psicologia quanto ao problema da sede de inteligência?

Somente com a cooperação do Espiritismo poderá a ciência psicológica definir a sede da inteligência humana, não nos complexos nervosos ou glandulares do corpo perecível, mas no espírito imortal.

Em vista disso, concluímos que há necessidade de seus representantes (os psicólogos) deixarem de lado a vaidade, o preconceito e o personalismo, e aceitarem as teses da imortalidade da alma, da reencarnação e dos distúrbios mentais associados à mediunidade.

 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

DUROZOI, G. e ROUSSEL, A. Dicionário de Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1993.

GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.].

SOUZA, Silney: http://www.webartigos.com/articles/22428/1/PSICOLOGIA-E-ESPIRITISMO/pagina1.html#ixzz12tsJzSKx

XAVIER, F. C. O Consolador, pelo Espírito Emmanuel. 7. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977. 



Nenhum comentário: