Psicologia é
a ciência dos fenômenos psíquicos e do comportamento. Estuda as ideias,
sentimentos e determinações cujo conjunto constitui o espírito humano. Psicanálise é
o processo de exame psicológico que pretende descobrir no inconsciente
neuropata as tendências, os desejos e os complexos perturbadores de sua
alma. Psiquiatria é parte da medicina que estuda as doenças
mentais, na sua etiologia, patogenia, manifestações clínicas e tratamento.
Os primórdios da Psicologia encontram-se: 1) na
antiguidade grega, a afirmação de que é o espírito que vê o ouve (e não os
órgãos sensoriais); 2) a classificação dos humores e sua relação com os
temperamentos (sanguíneo, fleumático, melancólico e colérico); 3) Pitágoras e
sua crença na imortalidade da alma; 4) Platão com sua teoria de que os desejos
se satisfaziam nos sonhos, por meio de imagens, quando se achavam adormecidas
as mais altas faculdades da mente.
A Psicologia só se afirma como “ciência”, independente
da filosofia, e, objetiva, a partir da 2.ª metade do século XIX. Esse movimento
se confirma com a elaboração progressiva de diversos métodos quantitativos e
testes, além da constituição de várias teorias – behaviorismo e Teoria da
Gestalt.
Muitos filósofos contribuíram para o
desenvolvimento da Psicologia. Eis alguns deles: Santo Agostinho (430 d.C.)
estudou os problemas da Psicologia sob o ponto de vista de um observador que
descreve vivências reais; Thomas Hobbes (1588-1679) fez um sumário da psicologia
incluindo as sensações, a imaginação e os sonhos; Descartes – com a sua
dualidade espírito-matéria –, concebeu a possibilidade de uma ação puramente
mecânica; Locke, em seu Ensaio sobre o Entendimento Humano,
mesmo não sendo uma obra psicológica, inaugurou a psicologia da associação de
ideias.
Sigmund Freud e Carl Gustav Jung foram os dois
grandes expoentes da Psicologia. Freud interpretou os sonhos e desenvolveu
o "método da associação livre", pelo qual conseguiu obter a cura de
muitas doenças mentais. Jung deu sequência ao trabalho desenvolvido por Freud,
porém de modo mais científico. Jung aprofundou-se no estudo do inconsciente.
O Espiritismo é a síntese de todo o processo de
conhecimento. O Espírito Emmanuel, em O Consolador, responde a várias
perguntas sobre a relação entre a Psicologia e o Espiritismo. Tomamos a
liberdade de copiar três delas, com suas respectivas respostas.
Pergunta 45. A psicanálise freudiana, valorizando
os poderes desconhecidos do nosso aparelhamento mental, representa um traço de
aproximação entre a Psicologia e o Espiritismo?
Essas escolas do mundo constituem sempre grandes
tentativas para aquisição das profundas verdades espirituais, mas os seus
mestres, com raras exceções, se perdem na vaidade dos títulos acadêmicos ou nas
falsas apreciações dos valores convencionais.
Os preconceitos científicos, por enquanto,
impossibilitam a aproximação legítima da Psicologia oficial e do Espiritismo.
Os processos da primeira falam da parte
desconhecida do mundo mental, a que chamam de subconsciente, sem definir essa
cripta misteriosa da personalidade humana, examinando-a apenas na classificação
pomposa das palavras. Entretanto, somente à luz do Espiritismo poderão os
métodos psicológicos aprender que essa zona oculta, da esfera psíquica de cada
um, é o reservatório profundo das experiências do passado, em existências
múltiplas da criatura, arquivo maravilhoso em todas as conquistas do pretérito
são depositadas em energias potenciais, de modo a ressurgirem no momento oportuno.
Pergunta 47. Por que, relativamente ao estudo dos
processos mentais, se encontram divididos no campo da opinião os psicologistas
do mundo?
- Os
psicologistas humanos, que se encontram ainda distantes das verdades
espirituais, dividem-se tão-só pelas manifestações do personalismo, dentro de
suas escolas; mesmo porque, analisando apenas os efeitos,, não investigam as
causas, perdendo-se na complicação das nomenclaturas científicas, sem uma
definição séria e simples do processo mental, onde se sobrelevam as profundas
realidades do espírito.
Pergunta 48. O Espiritismo esclarecerá a Psicologia
quanto ao problema da sede de inteligência?
Somente com a cooperação do Espiritismo poderá a
ciência psicológica definir a sede da inteligência humana, não nos complexos
nervosos ou glandulares do corpo perecível, mas no espírito imortal.
Em vista disso, concluímos que há necessidade de
seus representantes (os psicólogos) deixarem de lado a vaidade, o preconceito e
o personalismo, e aceitarem as teses da imortalidade da alma, da reencarnação e
dos distúrbios mentais associados à mediunidade.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
DUROZOI, G. e ROUSSEL, A. Dicionário de
Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1993.
GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA.
Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.].
SOUZA, Silney: http://www.webartigos.com/articles/22428/1/PSICOLOGIA-E-ESPIRITISMO/pagina1.html#ixzz12tsJzSKx
XAVIER, F. C. O Consolador, pelo Espírito Emmanuel. 7. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977.
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