Parábola - narração alegórica na
qual o conjunto dos elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem
superior. Mau – que causa prejuízo. Contrário à razão, à justiça, ao
dever, à virtude. Rico – que possui muitos bens ou coisas de valor; que
tem riquezas.
As parábolas – didática utilizada
para transmitir instruções da época – eram estórias geralmente extraídas da
vida cotidiana, como por exemplo, o semeador que saiu a semear, a ovelha
desgarrada que deve ser capturada, a dracma que deve ser procurada, que tinham
por objetivo passar de um conhecimento concreto para um conhecimento abstrato,
de fundo moral, de alcance espiritual.
A síntese do texto evangélico:
havia um rico (mau) e um pobre (Lázaro), que ficava à porta do rico. O rico não
distribuía ao Lázaro nenhuma das migalhas que lhe sobravam. Passou-se o tempo:
Lázaro desencarna; o rico também. No mundo espiritual, Lázaro foi acolhido
no seio de Abraão; o rico foi para o Hades (Inferno). O rico pedia para
Lázaro molhar a sua língua. Abraão diz ser impossível, pois há uma barreira
entre ambos. Tenta outro pedido: manda o Lázaro ir lá na Terra avisar os meus
familiares sobre esses tormentos. Abraão fala que eles já têm Moisés e os
profetas.
Esta parábola põe em evidência os
dois extremos da condição humana: a pobreza e a riqueza. Orico simboliza as
pessoas apegadas à matéria, ao egoísmo; o pobre, os desprovidos de bens
materiais, os sofredores.
O Espiritismo nos mostra que o
Espírito, ao reencarnar, pode escolher a prova da riqueza ou da pobreza. Muitas
vezes esta ou aquela provação é sugerida pelos benfeitores espirituais, em
função do que o Espírito fez numa reencarnação passada. Nesse sentido, a
pobreza é uma prova em que o Espírito iria se conscientizar do que é a falta do
necessário para o provento da vida.
Na pobreza exercitemos a
paciência; na riqueza, a humildade. Procedendo desta maneira, conquistaremos a
verdadeira propriedade, aquela que nenhum ladrão nos roubará, porque
representará um patrimônio inalienável de nossas conquistas interiores.
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