Sentimento. No conceito de
sentimento há diversas interpretações filosóficas. Primeiramente, é confundido
com a emoção, a sensibilidade, a sensação e, em geral, oposto em bloco à
razão. Razão. Faculdade de "bem julgar", de
raciocinar discursivamente: conhecimento natural enquanto oposto ao
conhecimento revelado, objeto da fé.
Como fenômeno afetivo, o sentimento distingue-se
dos fenômenos cognoscitivos e apetitivos, dos quais se pode
dizer ser a "ressonância" psicológica. A emoção é um estado da mesma natureza
que o sentimento, porém de maior complexidade, pois é excitada por um complexo
ideológico. Pode-se dizer, também, que o sentimento implica intencionalidade,
mas também reação a determinada
situação. Nesse caso, a emoção é uma reação de curto-prazo enquanto o
sentimento é de longo prazo.
Ao longo do tempo,
principalmente com o Iluminismo, a razão foi endeusada. Com isso, os
objetivos da humanidade se inverteram. Os desdobramentos da razão deveriam
levar o ser humano a Deus. Com a inversão, levaram-no à materialidade.
Mas, qual a relação
entre razão e sentimento? A razão é fria,
calculista, raciocina com a lógica. O sentimento é o elemento que vem completar
o raciocínio, dando-lhe uma espécie de apoio moral. Nesse sentido, há
necessidade de se mesclar sentimento e razão: a nossa ação deveria ser, se
possível, emotivo-racional.
Para
os Espíritos, o sentimento é a capacidade, o poder de auto-sensibilização, a
disposição pronta, espontânea, pelo sofrimento do próximo, gerando uma
identificação empática com os que padecem.
Fonte de Consulta
ENCICLOPÉDIA
LUSO-BRASILEIRA DE CULTURA. Lisboa: Verbo, [s. d. p.]
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