De acordo com orientações espirituais, o
ano de 2017 deve ser visto como um desafio: transformar o apelo material em
apelo espiritual. Nesse sentido, os Centros Espíritas têm papel relevante, pois
os seus colaboradores precisam de muita paciência, compaixão e compreensão para
atender as pessoas ansiosas pelas coisas do espírito, cujo entendimento está
muito distante dos pressupostos da Doutrina Espírita.
A vida espiritual não se faz de um dia
para o outro. Muitos querem se libertar do vício e das suas
idiossincrasias apenas com um toque de mágica. Ainda não percebem que o
progresso é uma luta árdua para vencer o desânimo, a má vontade e os revezes da
sorte. Pensam: se eu tomar uns passes e fizer alguns cursos já estarei com o
passaporte em mãos para entrar no mundo espiritual superior.
O Evangelho propõe-nos vigiar os
pensamentos. Por quê? Tudo tem origem no pensamento. Há um insight que
cria forma, materializa-se e manifesta-se no seio da sociedade. Mantendo o
nosso pensamento focado no progresso espiritual, teremos mais condições de
vencer os obstáculos que se nos apresentam, pois as "tentações" não
encontrarão campo, brecha para atrapalhar a nossa jornada evolutiva.
Tendo em mente que o conhecimento que
adquirimos tem que nos tornar mais leves, mais soltos e mais desapegados do
supérfluo, urge refletirmos sobre nossa conduta em relação ao que a
espiritualidade está exigindo de nós e o que estamos acrescentando à vida. Lembremo-nos
da frase evangélica: "Ao que muito foi dado muito será exigido e mais
lhe será acrescentado".
A jornada terrestre é como uma viagem que
fazemos: quanto menos bagagem, menos peso temos que levar. O caminho a
percorrer não deve ser tratado como uma fuga para lugares irreais, mas como um
retorno ao nosso eu, a fim de encontrar a razão e a força para nos descobrirmos
à verdade.
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