Bíblia: 1.º — Não terás outros deuses além de
mim.
André Luiz: Consagra amor supremo ao Pai de Bondade Eterna, n'Ele
reconhecendo a tua divina origem.
Bíblia: 2.º — Não farás para ti imagem de escultura.
André Luiz: Precata-te contra os enganos do antropomorfismo, porque
padronizar os atributos divinos absolutos pelos acanhados atributos humanos é
cair em perigosas armadilhas da vaidade e do orgulho.
Bíblia: 3.º — Não tomarás o nome do teu Deus em vão.
André Luiz: Abstém-te de envolver o Julgamento Divino na estreiteza de teus
julgamentos.
Bíblia: 4.º — Santifica o dia de sábado.
André Luiz: Recorda o impositivo da meditação em teu favor e em benefício
daqueles que te atendem na esfera de trabalho, para que possas assimilar com
segurança os valores da experiência.
Bíblia: 5.º — Honra teu pai e tua mãe.
André Luiz: Lembra-te de que a dívida para com teus pais terrestres é
sempre insolvável por sua natureza sublime.
Bíblia: 6.º — Não matarás.
André Luiz: Responsabilizar-te-ás pelas vidas que deliberadamente
extinguires.
Bíblia: 7.º — Não adulterarás.
André Luiz: Foge de obscurecer ou conturbar o sentimento alheio, porque o
cálculo delituoso emite ondas de força desorientada que voltarão sobre ti mesmo.
Bíblia: 8.º — Não furtarás.
André Luiz: Evita a apropriação indébita para que não agraves as próprias
dívidas.
Bíblia: 9.º — Não dirás falso testemunho.
André Luiz: Desterra de teus lábios toda palavra dolosa a fim de que se
não transforme, um dia, em tropeço para os teus pés.
Bíblia: 10.º — Não cobiçarás.
André Luiz: Acautela-te contra a inveja e o despeito, a inconformação e o
ciúme, aprendendo a conquistar alegria e tranquilidade, ao preço do esforço
próprio, porque os teus pensamentos te precedem os passos, plasmando-te, hoje,
o caminho de amanhã.
Fonte:
Exôdo 20, 1 a 17.
XAVIER,
Francisco Cândido e Vieira, Waldo. Evolução em Dois Mundos. Pelo Espírito André Luiz. Federação Espírita
Brasileira.
&&&
Antropomorfismo (c. 40.000 a.C.) [Origem Desconhecida]
Atribuição de
características humanas a seres não humanos
Antropomorfismo — das
palavras gregas para “humano” (antropos) e “forma” (morphe) —
refere-se à atividade ancestral de atribuir características humanas a
seres não humanos, como deidades, animais, vegetação ou elementos. Algumas das
obras de arte mais antigas — O homem leão, de Hohlenstein Stadel
(Alemanha), por exemplo — mostram animais com características humanas.
Tradições xamânicas, que são conhecidas com esse tipo de arte, tendem a ver
espíritos em todas as coisas, o que significa que quando atribuem características
humanas, a árvores — chamando-as de “dríades”, por exemplo —, acreditam que o
espirito da árvore, assim como o espírito humano, é o princípio que faz com que
a árvore cresça e aja como humano. O mesmo se aplica a tudo, ou quase, na
natureza.
Uma subcategoria do
antropomorfismo é o antropoteísmo, no qual entidades não humanas elevadas — os
deuses ou Deus — são representadas com características humanas. Platão (424-348
a.C.) acusou os poetas gregos de “contarem mentiras sobre os deuses”, pois
pintavam deuses como Zeus com motivações humanas mesquinhas, e certas passagens
bíblicas, como aquelas em que se descreve a “mão direita” de Deus, são
comumente vistas como exemplos de antropomorfismo.
Em termos
psicológicos, o antropomorfismo tem inúmeras implicações. Atribuem
características humanas a um ser não humano pode altera a nossa visão e
sentimento em relação àquele ser — ele pode parecer mais merecedor de cuidado
moral e consideração, por exemplo. O processo do antropomorfismo pode também
ser visto como uma forma de a mente simplificar entidades complicadas para
ajudar a nossa compreensão.
Hoje o antropomorfismo continua como uma ideia importante em religiões xamânicas como o taoísmo e o xintoísmo. Também permanece como uma característica proeminente na cultura, desde personagens de desenho animado como o Pernalonga, até respeitadas obras da literatura, como A revolução dos bichos, de George Orwell (1945).
ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander,
Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.
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