28 junho 2024

Regra de Ouro

A regra de ouro consiste em tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. Pode ser vista sob dois ângulos: 1) sentido negativo: não devemos fazer aos outros o que não queremos que nos façam; 2) sentido positivo: tratar os outros como queremos ser tratados. Tanto um quanto o outro levam-nos ao mesmo fim: respeito ao próximo.

O princípio da reciprocidade é uma ética centrada na regra de ouro, isto é, tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. Este princípio é um dos pilares éticos do Cristianismo, do Judaísmo, do Islamismo, do Hinduísmo e do Budismo. Embora em cada religião este princípio se manifeste de maneira específica, no fundo, porém, envolve tratar todos com respeito, justiça e amor ao próximo.

Gestos simples, tolerância, gentileza, respeitos às diferenças...  postos em prática no dia-a-dia , podem contribuir substancialmente para a formação de uma sociedade mais justa, pois auxilia a promover a igualdade de tratamento e respeito mútuo.

Allan Kardec, na pergunta 630 de O Livro dos Espíritos, esclarece-nos que o bem é tudo aquilo que está de acordo com a lei de Deus e o mal é tudo o que dela se afasta. Mas o que significa a lei de Deus? Expressamo-la melhor por intuição do que por palavras. Essa intuição mostra-nos um imperativo básico da lei natural, ou seja, o de "fazer o bem e evitar o mal" (bonum est faciendum, malum vitandum). A sua prática está em seguir a lei áurea: "Fazer aos outros o que gostaríamos que nos fosse feito".

O Espírito Emmanuel, em Caminho, Verdade e Vida, e Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, oferecem-nos subsídios valiosos para uma melhor compreensão deste assunto. Emmanuel diz-nos que Deus estabeleceu a lei de cooperação como princípio dos mais nobres. Há um só Pai, que é Deus. Todos somos irmãos que devemos nos ajudar mutuamente. Allan Kardec lembra-nos de dois célebres ensinamentos de Jesus: “amar ao próximo como a nós mesmos”; “fazer aos outros o que gostaríamos que nos fosse feito”.

As duas frases acima resumem todos os nossos deveres para com o próximo. Colocando-as em prática, estaremos contribuindo para uma sociedade mais justa e mais fraterna.

 

 

Treino para a Morte

“Treino para a Morte” é o título do Capítulo 4 do livro Cartas e Crônicas, pelo Espírito Irmão X, psicografado por Francisco Candido Xavier, copyright 1966. O texto gira em torno de uma questão formulada a este Espírito: como deveria ser levado a efeito o treinamento de um homem para as surpresas da morte?

Podemos preparar alguém para o desenlace? Sim. Contudo, não é muito fácil preparar tecnicamente um companheiro à frente da peregrinação infalível. Há muitas dificuldades, mas principalmente aquelas referentes à Religião, que deveria orientar as realizações do espírito, permanece jungida ao superficialismo do sacerdócio, sem tocar a profundez da alma.

De qualquer modo, ficou surpreso de a pergunta ter sido endereçada a ele. Objetou: com tantos teólogos capacitados a respondê-la, ela foi endereçada justamente a mim, pobre noticiarista sem méritos para tratar de semelhante inquirição? Mesmo assim, não se furtou ao trabalho de pensar sobre o assunto. Ponderou: não posso reportar-me senão ao meu próprio ponto de vista, com as deficiências do selvagem surpreendido junto à coroa de Civilização. Nesse sentido, primeiramente, deveríamos refletir sobre os nossos antigos maus hábitos, cristalizados ao longo do tempo.

Alguns tópicos interessantes lembrados pelo Irmão X

  • Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia.
  • Os excitantes largamente ingeridos constituem outra perigosa obsessão.
  • Tanto quanto lhe seja possível, evite os abusos do fumo.
  • Não se renda à tentação dos narcóticos.
  • Quanto ao sexo, guarde muito cuidado na preservação do seu equilíbrio emotivo.
  • Não adia doações, caso esteja inclinado a fazê-las.
  • Em família, observe cautela com testamentos.
  • Não se apegue demasiado aos laços consanguíneos.
  • Se você já possui o tesouro de uma fé religiosa, viva de acordo com os preceitos que abraça.

Quanto ao mais, "não se canse nem indague em excesso, porque, com mais tempo ou menos tempo, a morte lhe oferecerá o seu cartão de visita, impondo-lhe ao conhecimento tudo aquilo que, por agora, não lhe posso dizer".

 

27 junho 2024

Revolução Francesa: Capítulo XXII de "A Caminho da Luz"

A França, no século XVIII, estava envolta com o luxo desenfreado e os abusos do clero e da nobreza. A independência americana acendera muito entusiasmo no ânimo dos franceses. A Revolução é instigada pela palavra de Mirabeau, depois de os Estados-Gerais estarem reunidos em maio de 1789, frente aos maiores desentendimentos entre os seus membros.

Com a derrubada da Bastilha, em 14 de julho de 1789, e após a célebre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, uma série de reformas se verifica em todos os departamentos da vida social e política da França. Contudo, há a invasão das sombras. Cabendo apenas aproveitar as conquistas inglesas para uma renovação dos organismos políticos, e mesmo que houvesse alguns Espíritos preparados para a jornada heroica, sugiram muitos Espíritos tenebrosos, como Robespierre e Marat. A tirania de Robespierre pode ser expressa da seguinte maneira: ordenou a matança de numerosos companheiros e de muitos homens honestos e dignos. Ocasiões houve em que subiram ao cadafalso mais de vinte pessoas por dia.

As consequências pelos excessos da Revolução não tardarão a aparecer. A França atraía para si as mais dolorosas provações coletivas. Com a influência inglesa, organiza-se a primeira coligação europeia contra o nobre país. Em termos espirituais, a filha de Domrémy, Joana d'Arc, volta ao ambiente da antiga pátria, à frente de grandes exércitos de Espíritos consoladores, confortando as almas aflitas e aclarando novos caminhos.

A lei das compensações é uma das maiores e mais vivas realidades do Universo. Sob as suas disposições sábias e justas, a cidade de Paris teria de ser, ainda por muito tempo, o teatro de trágicos acontecimentos.

A missão de Napoleão Bonaparte. Reencarnou com a tarefa de melhorar a organização social do século XIX. Não soube, porém, compreender as finalidades da sua grandiosa missão. Bastaram algumas vitórias, para que a vaidade e a ambição lhe ensombrassem o pensamento. Napoleão foi uma espécie de Maomé transviado. Assim como o profeta do Islã pouco se aproximara do Evangelho, as atividades de Napoleão pouco se aproximaram das ideias generosas que haviam conduzido o povo francês à revolução.

As invasões de Bonaparte às searas alheias. Fugindo à finalidade de missionário da reorganização do povo francês, compeliu o mundo espiritual a tomar enérgicas providências contra o seu despotismo e vaidade orgulhosa. Aproximavam-se os tempos em que Jesus deveria enviar ao mundo o Consolador, de acordo com as suas auspiciosas promessas.

Assim, “dois meses antes de Napoleão Bonaparte sagrar-se imperador, obrigando o papa Pio VII a coroá-lo na igreja de Notre Dame, em Paris, nascia Allan Kardec, aos 3 de outubro de 1804, com a sagrada missão de abrir caminho ao Espiritismo, a grande voz do Consolador prometido ao mundo pela misericórdia de Jesus-Cristo.

 


Idade Medieval: Capítulo XVII, de "A Caminho da Luz"

Este tema é um resumo do capítulo XVII — “Idade Medieval”, do livro A Caminho da Luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier.

O clima religioso do século VI não era de otimismo. Os religiosos, em vez de herdarem a humildade de Jesus, dedicaram-se à vida suntuosa, às honrarias e prerrogativas dos imperadores. Contudo, no meio desse pantanal de ambições, surgem os beneditinos, que pacientemente conduziram grande número de coletividades dos povos considerados bárbaros, principalmente os germanos, para o seio generoso das ideias do Cristianismo.

Valor histórico do Império Bizantino. Também conhecido como Império Romano do Oriente, foi uma potência marcante na história mundial, existindo por mais de mil anos (de 395 d.C. a 1453 d.C.) e exercendo profunda influência em diversos aspectos da civilização ocidental e oriental. O Império Bizantino era o depositário da legislação e dos costumes romanos. Um poderoso sopro de latinidade vitaliza as suas instituições.

Missão de Maomé. Nascido em Meca, em 570, tinha a missão de reunir todas as tribos árabes sob a luz dos ensinos cristãos, de modo a organizar-se na Ásia um movimento forte de restauração do Evangelho do Cristo, em oposição aos abusos romanos, nos ambientes da Europa.

Falha de Maomé. Tornando-se rico, esquece sua tarefa e não resiste ao assédio dos Espíritos da Sombra. Dotado de grande mediunidade, cede aos apelos das Trevas, e deixa-se contaminar pelo espírito belicoso. O islamismo, surgiu para corrigir os desvios do Papado nascente, mas falhou nesse intento, permitindo mais uma vitória das Trevas contra a Luz.

Consequências da falha de Maomé: guerras do Islã. Maomé, pelas recordações que trazia à Terra, vulgarizou a palavra “infiel”, aplicando a expressão aos sacerdotes transviados do Cristianismo. Depois de seu desencarne, toda Arábia estava submetida à sua doutrina pela força da espada. Seus continuadores iniciaram, assim, no exterior, as guerras santas.

Missão de Carlos Magno. Num reinado de 46 anos consecutivos, intensificou a cultura, corrigiu defeitos administrativos que imperavam entre os povos desorganizados da Europa, deixando as mais belas perspectivas para a latinidade.

O funcionamento do feudalismo, que se estendeu do século VIII ao século XII. Toda a unidade política desaparece nesses tempos de luzidas lembranças para a Humanidade. A propriedade individual jamais alcançou tamanha importância e nunca a servidão moral ganhou tão forte impulso.

As razões do feudalismo. “A missão de Carlos Magno houvera sido organizada pelo plano invisível como uma das mais vastas tentativas de reorganização do império do Ocidente, mas, observando-se a inutilidade do tentame, em virtude do endurecimento da maioria dos corações, as autoridades espirituais, sob a égide do Cristo, renovaram os processos educativos do mundo europeu, então no início da civilização atual, chamando todos os homens para a vida do campo, a fim de aprenderem melhor, no trato da terra e no contato da Natureza”.

 

26 junho 2024

Exilados de Capela

O Espírito Emmanuel, no capítulo III — "As Raças Adâmicas", de A Caminho da Luz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, fornece-nos informações valiosas sobre os exilados de Capela, tais como, "O Sistema Capela", "Um Mundo em Transições", "Espíritos Exilados na Terra", "Fixação dos Caracteres Raciais", "Origem das Raças Brancas", "Quatro Grandes Povos" e "As Promessas do Cristo".

O sistema Capela é descrito como uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela. A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra. Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente. Mas, como alguns milhões de Espíritos rebeldes estavam atrapalhando o progresso dos demais, grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, buscam na Terra um lugar para recambiá-los.

Jesus, o diretor do planeta Terra, teve a incumbência de receber essa turba de seres sofredores e infelizes. Seriam degredados e andariam desprezados; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas; por muitos séculos não veriam a luz de Capela. Jesus, porém, “com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas.

Sobre as raças brancas.Grande parte dessas entidades formaram os ascendentes das raças brancas. Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios. Não obstante as lições recebidas da palavra sábia e mansa do Cristo, os homens brancos olvidaram os seus sagrados compromissos. Nesse sentido, grande porcentagem ficaram por mais tempo entre nós; outros ainda continuam.

Sobre o paraíso perdido. A reminiscência de um mundo mais ditoso e feliz criou uma das tradições mais longevas, ou seja, as tradições do paraíso perdido, pois estas passaram de gerações a gerações, até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia.

As raças adâmicas congregam quatro grandes povos: grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia. Notemos que dos árias descende a maioria dos povos brancos da família indo-europeia. Nessa descendência, porém, é necessário incluir os latinos, os celtas e os gregos, além dos germanos e dos eslavos.

Todos os povos esperavam o Cristo Consolador. A Providência, porém, fê-lo reencarnar entre os judeus.

 

Libertação (Notas de Livro)

Libertação, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz, copyright 1949. Composto de 20 capítulos. Na apresentação deste livro, o espírito Emmanuel faz uma analogia entre o conto do “Peixinho Vermelho” e o esforço de André Luiz na busca por acender luz nas trevas.

Capítulo I — Ouvindo Elucidações

O Ministro Flácus, saturado de doce magnetismo, motiva os seus ouvintes a algumas meditações. Diz-nos que, na Terra, já passaram pela multidão grandes políticos e veneráveis condutores, sacudindo-a ou arregimentando-a. Cristo, porém, resplandece na demonstração. Seguindo os seus passos, é indispensável mantenhamos a coragem de amparar e salvar, descendo aos recessos do abismo.

Capítulo II — A Palestra do Instrutor

Sobre a arregimentação inteligente dos espíritos perversos, que para muitos de nós é difícil de compreender. Lembremo-nos de que nossa mente é uma entidade colocada entre forças inferiores e superiores, com objetivos de aperfeiçoamento. Ainda: atitudes mentais enraizadas não se modificam facilmente.

Capítulo III — Entendimento

Os que erram não tem consciência dos cuidados que despertam nos círculos de ação dos benfeitores do espaço. Neste capítulo, Gúbio recebe um pedido em favor da libertação do infortunado Gregório, cuja pessoa espera há séculos pela sua renovação. “Internado em perigosa organização de transviados morais, especializou-se, depois da morte, em oprimir ignorantes e infelizes. Pelo endurecimento do coração, conquistou a confiança de gênios cruéis, desempenhando presentemente a detestável função de grande sacerdote em mistérios escuros. Chefia condenável falange de centenas de outros espíritos desditosos, cristalizados no mal e que lhe obedecem com deplorável cegueira e quase absoluta fidelidade”.

Capítulo IV — Numa Cidade Estranha

André Luiz e Elói acompanham Gúbio. Objetivo: localizar Gregório. Nesse trajeto, Gúbio respondia a algumas questões, explicando sobre os fluidos viscosos, as figuras dantescas, a extensa comunidade de sofredores, a ociosidade desses Espíritos, etc. Sintetizando: "Somos nós mesmos — completou o instrutor, paciente — quando nos desviamos, impenitentes, da Lei".

Capítulo V — Operações Seletivas

A operação seletiva realiza-se com base nas irradiações de cada um. Os guardas, compondo grupos diversos, são técnicos especializados na identificação de males numerosos, através das cores que caracterizam o halo dos Espíritos ignorantes, perversos e desequilibrados. "O instrumento não é suscetível de marcar a posição das mentes que já se transferiram para a nossa esfera. É recurso para a identificação de perispíritos desequilibrados e não atinge a zona superior".

Capítulo VI — Observações e Novidades

Os Espíritos nessa zona cinzenta, obcecados pelo desejo de vingança e de fazer mal ao próximo detestam a oração. Nesse sentido, observe as sugestões dadas a uma pessoa: “— Orações? você está cega quanto ao perigo que isso significa? Quem reza cai na mansidão. É necessário espezinhá-lo, torturá-lo, feri-lo, a fim de que a revolta o mantenha em nosso círculo. Se ganhar piedade, estragar-nos-á o plano, deixando de ser nosso instrumento na fábrica”.

Capítulo VII — Quadro Doloroso

Em suas reflexões enquanto aguardava o atendimento de Gregório, o instrutor teceu alguns comentários sobre aleijados de todos os matizes, idiotas de máscaras variadas, que ofereciam a impressão de alienados mentais. Estes, na maioria dos casos, lutam com ideias fixas. Lembremo-nos de que "todos os Espíritos renascem nos círculos carnais para destruírem os ídolos da mentira e da sombra e entronizarem, dentro de si mesmos, os princípios da sublimação vitoriosa para a eternidade".

Capítulo VIII — Inesperada Intercessão

Neste capítulo há um interessante diálogo entre Gúbio e Gregório — relacionado a Matilde (mãe de Gregório) e Margarida, sua filha. Depois de um intenso debate, em que sua filha estava sob a direção de um grupo muito perverso, permite que Gúbio possa fazer parte desse grupo e se aproximar de Margarida.

Capítulo IX — Perseguidores Invisíveis

Gúbio, depois de obter autorização de Gregório, deixara o seu perispírito mais denso, para encontrar-se com Saldanha o chefe do grupo malfeitor. Com certa habilidade, consegue aproximar-se de Margarida e se depara com um ambiente infestado de espíritos truculentos e violentos, perseguindo implacavelmente Margarida, inclusive sua ida à Igreja.

Capítulo X — Em Aprendizado

Neste capítulo, Gúbio dialoga com Saldanha, que explica o por quê Gregório o o escolheu para obsedar Margarida.

Capítulo XI — Valiosa Experiência

Dado o quadro clínico de Margarida, o seu marido é inspirado a procurar um médium para verificar o problema dela. O médium escolhido não é muito confiável, pois além de receber dinheiro, não é moralmente elevado. Consequência: a equipe de Saldanha, que acompanhou a paciente, saiu toda feliz. Entre os que aguardavam a consulta, havia um investigador de polícia que abusou de seu poder para humilhar e ferir.

Capítulo XII — Missão de Amor

Gúbio pede autorização para visitar, junto com Saldanha, o seu filho, que se encontra em condições deploráveis no mundo espiritual. A mãe e a esposa estavam em condições mais deploráveis. Gúbio aplicou passes magnéticos em cada um dos três infelizes e, em seguida, falou ao rapaz encarnado: "— Jorge, levanta-te! Estás livre para o necessário reajustamento". Em síntese: "— Em todos os lugares, um grande amor pode socorrer o amor menor, dilatando-lhe as fronteiras e impelindo-o para o Alto, e, em toda parte, a grande fé, vitoriosa e sublime, pode auxiliar a fé pequenina e vacilante, arrebatando-a às culminâncias da vida".

Capítulo XIII — Convocação Familiar

Gúbio, na casa de Margarida, convoca os envolvidos na trama da obsessão. Observamos aqui o diálogo entre o juiz que condenou Jorge injustamente a mudar a sua posição, pois isso ajudaria a amenizar todo esse processo obsessivo.

Capítulo XIV — Singular Episódio

Depois de convencer Saldanha para uma volta ao equilíbrio, neste capítulo é a vez de ajudar o familiar de outro magnetizador, o Leôncio, que não conseguia deter o enfermeiro (irmão de Elói) que estava vivendo com sua esposa e tentava matar o seu filho, administrando veneno regularmente.

Capítulo XV — Finalmente, o Socorro

Depois de ganhar o apoio de Saldanha e de Leôncio, Gúbio trata de socorrer a Margarida. Para tanto, sugere ao marido dela que ela possa ser levado a um Centro Espírita. Depois de feito um trabalho de desvencilhamento a imantação negativa, deve recobrar a vigilância na casa, pois os trabalhadores de Gregório são implacáveis.

Capítulo XVI — Encantamento Pernicioso

Depois da reunião, Dona Isaura Silva apresentava sensível transfiguração. Isaura tinha ciúme doentio do marido. André Luiz pede autorização para observar naquela noite o conflito inquietante entre a missionária e os que se lhe prendiam às teias escuras do sentimento. Foi uma noite terrível para a médium, que se deixou levar pelo ciúme e o egoísmo. Desprendida da matéria, os seus algozes fizeram de tudo para que ela acreditasse que tudo o que ela fazia na mediunidade era fantasia.

Capítulo XVII — Assistência Fraternal

Para montar uma guarda na casa de Margarida contra o assédio dos apaniguados de Gregório, Gúbio dispôs de forças magnéticas e espirituais de grande porte. Com isso, alguns necessitados começaram a frequentar o local, principalmente, alguns dissidentes de Gregório.  Questionado sobre o pensamento, André Luiz disse: "— O pensamento é, sem dúvida, força criadora de nossa própria alma e, por isto mesmo, é a continuação de nós mesmos. Através dele, atuamos no meio em que vivemos e agimos, estabelecendo o padrão de nossa influência, no bem ou no mal".

Capítulo XVIII — Palavras de Benfeitora

Gúbio, no meio de uma reunião, foi interrompido pela chegada da Matilde, dizendo que a sua visita a Gregório estava próxima. Nesta reunião proferiu algumas palavras aos desencarnados sobre a responsabilidade dar reencarnação, pois eles não deviam reencarnar por reencarnar, mas com intuito da própria reencarnação que é o aperfeiçoamento da alma imortal.

Capítulo XIX — Precioso Entendimento

Neste capítulo, Margarida é trazida em Espírito, e tem um encontro com sua mãe Matilde, que lhe orienta para que dê valor à sua reencarnação, à sua família e ao seu equilíbrio psicofísico e espiritual.

Capítulo XX — Reencontro

Depois de um discurso vigoroso de Matilde e ante a rebeldia de Gregório, por fim há um reencontro. Gregório diz: "Mostra a tua espada. — Eu não tenho outra espada, senão a do amor com que sempre te amei! Gregório deixou cair a lâmina acerada e de joelhos se prosternou, bradando: — Mãe! Minha mãe! Minha mãe!... Matilde enlaçou-o e exclamou: — Meu filho! Meu filho! Deus te abençoe! Quero-te mais que nunca!" Verificara-se, ali, naquele abraço, espantoso choque entre a luz e a treva, e a treva não resistiu...