A regra de ouro
consiste em tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. Pode ser vista
sob dois ângulos: 1) sentido negativo: não devemos fazer aos outros o que não
queremos que nos façam; 2) sentido positivo: tratar os outros como queremos ser
tratados. Tanto um quanto o outro levam-nos ao mesmo fim: respeito ao próximo.
O princípio da
reciprocidade é uma ética centrada na regra de ouro, isto é, tratar os outros
como gostaríamos de ser tratados. Este princípio é um dos pilares éticos do
Cristianismo, do Judaísmo, do Islamismo, do Hinduísmo e do Budismo. Embora em
cada religião este princípio se manifeste de maneira específica, no fundo, porém, envolve tratar todos com respeito, justiça e amor ao próximo.
Gestos simples, tolerância, gentileza, respeitos às diferenças... — postos em prática no dia-a-dia —, podem contribuir substancialmente para a formação de uma sociedade mais justa, pois auxilia a promover a igualdade de tratamento e respeito mútuo.
Allan Kardec, na pergunta 630 de O Livro dos Espíritos, esclarece-nos que o bem é tudo aquilo que está
de acordo com a lei de Deus e o mal é tudo o que dela se afasta. Mas o que
significa a lei de Deus? Expressamo-la melhor por intuição do que por palavras.
Essa intuição mostra-nos um imperativo básico da lei natural, ou seja, o de
"fazer o bem e evitar o mal" (bonum est faciendum, malum vitandum). A sua prática está em seguir a lei áurea: "Fazer aos
outros o que gostaríamos que nos fosse feito".
O Espírito Emmanuel, em Caminho, Verdade e Vida, e Allan
Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, oferecem-nos
subsídios valiosos para uma melhor compreensão deste assunto. Emmanuel diz-nos
que Deus estabeleceu a lei de cooperação como princípio dos mais nobres. Há um
só Pai, que é Deus. Todos somos irmãos que devemos nos ajudar mutuamente. Allan
Kardec lembra-nos de dois célebres ensinamentos de Jesus: “amar ao próximo como
a nós mesmos”; “fazer aos outros o que gostaríamos que nos fosse feito”.
As duas frases acima resumem todos os nossos deveres para com o próximo.
Colocando-as em prática, estaremos contribuindo para uma sociedade mais justa e
mais fraterna.
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