A vida
cristã deve inspirar-se nos dois mandamentos fundamentais: amar a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Dessa base decorre a busca por
um viver equilibrado: não se esconder em excesso, nem se expor de maneira
exagerada; não comer além da medida, nem permanecer em privação; não se
entregar à embriaguez, mas também não rejeitar, por princípio, os dons simples
que a vida oferece. A verdadeira felicidade brota desse meio-termo, que
harmoniza moderação e liberdade responsável.
O lar, lugar de aconchego e segurança, não é
suficiente para sustentar uma existência plena. Ele precisa estar em movimento:
seus membros devem trabalhar, adquirir recursos, educar-se e ampliar suas
experiências além das paredes domésticas. A vida feliz exige essa abertura ao
próximo, pois amar a Deus nos conduz inevitavelmente ao amor ao semelhante.
Desprezar o convívio, a amizade e a partilha seria negar o próprio espírito dos
mandamentos.
Embora o conforto da intimidade familiar seja
legítimo e necessário, é imperioso expandir horizontes. A mente, quando
iluminada, chama-nos a sair de nós mesmos e a encontrar o outro. O Evangelho
nos oferece um exemplo claro no diálogo de Jesus com a samaritana: ao
ultrapassar barreiras sociais e culturais, Ele mostra que a verdadeira vida se
realiza no encontro transformador com o próximo.
O avanço da humanidade em direção à ascensão
espiritual depende do cumprimento de nossa parte. A educação, entendida como
exercício constante de autoconhecimento e de amor, é o alicerce dessa caminhada.
Educar-se é libertar-se das limitações da ignorância, tornando-se apto a subir
até onde Deus indicar. É, portanto, um dever pessoal e intransferível, que cada
um precisa assumir com seriedade.
Ao educar-nos, compreendemos melhor nossa
responsabilidade de compartilhar aquilo que recebemos da espiritualidade. Assim
como no mito da caverna de Platão, quem alcança a luz tem a obrigação moral de
levá-la aos que ainda vivem na escuridão. A verdadeira sabedoria não se guarda
para si mesma; ela se multiplica na partilha e se consagra no serviço ao
próximo.
(Texto melhorado pela IA)
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