06 agosto 2009

Lei do Progresso

Progresso é o movimento ou marcha para frente. Para J. B. Bury, "A ideia de progresso é a síntese do passado e a profecia do futuro".

As etapas do progresso técnico podem ser resumidas da seguinte forma: Até 1700, o sistema produtivo, na Europa, era baseado no artesanato; entre 1700 e 1910, com a Revolução Industrial, na Inglaterra, passa a ser mecanizado; entre 1910 e 1973, com o sistema Ford, nos Estados Unidos, prevaleceu a produção em série; depois de 1973, surgiu o sistema Toyota, no Japão, caracterizando os inventários minimizados e o sistema de produção baseado no just in time.

O progresso é uma lei natural. Ele faz parte de uma das dez leis naturais, dispostas em O Livro dos Espíritos. Parte-se de um estado natural, que é a infância da Humanidade, para se chegar a um aprimoramento moral e intelectual. Enfatiza-se que o progresso moral e o progresso intelectual não caminham juntos. Na realidade, o progresso moral é a consequência do progresso intelectual, visto o progresso intelectual fornecer meios para o desenvolvimento do livre-arbítrio, o que aumenta a responsabilidade do homem pelos seus atos.

O ser humano não pode impedir a marcha do progresso. Os que tentam impedir o progresso agem como a pedra sob uma roda; retardam o seu andamento, mas acabam esmagados por ela. Quando, entretanto, um povo não caminha com a pressa desejável na evolução natural, Deus, através de suas leis, lhe suscita o progresso com um grande abalo físico ou moral.

A destruição do materialismo é a maior contribuição que Espiritismo pode oferecer ao progresso, pois esta é a chaga número um da sociedade.

Fonte de Consulta

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. São Paulo: FEESP, 1999 (perguntas 776 a 800).

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/lei-do-progresso

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Progresso Contínuo (c. 700 a.C.) [Grécia Antiga]

Crença de que a humanidade está em contínuo aperfeiçoamento  

A noção de que a sociedade humana deve estar sempre em evolução é tão antiga quanto a própria Antiguidade. Todas as civilizações, desde o início, mantiveram com firmeza a ideia de que melhorias morais, religiosas e materiais contínuas são uma consequência inevitável de nossa natureza inquisitiva e aspiradora. O classicista grego Hesíodo (morto em 700 a.C.) falou do progresso humano na obra Os tratados e os dias. Na peça do século V a.C. de Ésquilo Prometeu acorrentado, Prometeu é ordenado por Zeus à punição eterna por ter dado aos humanos a dádiva do fogo numa tentativa heroica de liberá-los da ignorância e permitir-lhe a busca das esferas mais elevadas da arte, da cultura e da aprendizagem.

Bernard le Bovier de Fontenelle (1657-1757) defendia, junto com outros pensadores, que a mente humana no século XVII era tão rica e criativa quanto na época de Aristóteles e Homero. O progresso econômico e material da humanidade continuou como premissa em A riqueza das nações (1776), de Adam Smith, assim como na Filosofia da história (1831), de G. W. F. Hegel, obra em que ele fala do nosso “impulso de perfectibilidade”.

ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.





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