Progresso é o movimento ou marcha
para frente. Para J. B. Bury, "A ideia de progresso é a síntese do passado
e a profecia do futuro".
As etapas do
progresso técnico podem ser resumidas da seguinte forma: Até 1700, o sistema
produtivo, na Europa, era baseado no artesanato; entre 1700 e 1910, com a
Revolução Industrial, na Inglaterra, passa a ser mecanizado; entre 1910 e 1973,
com o sistema Ford, nos Estados Unidos, prevaleceu a produção em série; depois
de 1973, surgiu o sistema Toyota, no Japão, caracterizando os inventários
minimizados e o sistema de produção baseado no just in time.
O progresso é
uma lei natural. Ele faz parte de uma das dez leis naturais, dispostas em O Livro dos Espíritos. Parte-se de um estado natural, que é a infância da Humanidade,
para se chegar a um aprimoramento moral e intelectual. Enfatiza-se que o
progresso moral e o progresso intelectual não caminham juntos. Na realidade, o
progresso moral é a consequência do progresso intelectual, visto o progresso
intelectual fornecer meios para o desenvolvimento do livre-arbítrio, o que
aumenta a responsabilidade do homem pelos seus atos.
O ser humano não
pode impedir a marcha do progresso. Os que tentam impedir o progresso agem como
a pedra sob uma roda; retardam o seu andamento, mas acabam esmagados por ela.
Quando, entretanto, um povo não caminha com a pressa desejável na evolução
natural, Deus, através de suas leis, lhe suscita o progresso com um grande
abalo físico ou moral.
A destruição do
materialismo é a maior contribuição que Espiritismo pode oferecer ao progresso,
pois esta é a chaga número um da sociedade.
Fonte de
Consulta
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. São Paulo: FEESP, 1999 (perguntas 776 a 800).
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/lei-do-progresso
&&&
Progresso Contínuo (c. 700 a.C.) [Grécia Antiga]
Crença
de que a humanidade está em contínuo aperfeiçoamento
A
noção de que a sociedade humana deve estar sempre em evolução é tão antiga
quanto a própria Antiguidade. Todas as civilizações, desde o início, mantiveram
com firmeza a ideia de que melhorias morais, religiosas e materiais contínuas são
uma consequência inevitável de nossa natureza inquisitiva e aspiradora. O classicista
grego Hesíodo (morto em 700 a.C.) falou do progresso humano na obra Os tratados e os dias. Na peça do século
V a.C. de Ésquilo Prometeu acorrentado,
Prometeu é ordenado por Zeus à punição eterna por ter dado aos humanos a dádiva
do fogo numa tentativa heroica de liberá-los da ignorância e permitir-lhe a
busca das esferas mais elevadas da arte, da cultura e da aprendizagem.
Bernard
le Bovier de Fontenelle (1657-1757) defendia, junto com outros pensadores, que
a mente humana no século XVII era tão rica e criativa quanto na época de
Aristóteles e Homero. O progresso econômico e material da humanidade continuou
como premissa em A riqueza das nações
(1776), de Adam Smith, assim como na Filosofia
da história (1831), de G. W. F. Hegel, obra em que ele fala do nosso “impulso
de perfectibilidade”.
ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander,
Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário