06 agosto 2009

Lei de Sociedade

Sociedade. Em sentido amplo, conjunto de indivíduos entre os quais há relações organizadas de serviços recíprocos. Diz-se, também, que é o estado dos homens ou dos animais que vivem sob a ação de leis comuns: as abelhas vivem em sociedade; cada família forma uma sociedade natural. Para Gabriel Tarde, o grupo social é um conjunto de indivíduos que se imitam entre si.

Cada período da História da Sociedade, desde os tempos mais primitivos até a moderna sociedade industrializada, revela os seus característicos especiais: a época das caças, o período da agricultura primitiva, o período feudal. Para K. E. Boulding, o século XX marca o período médio de uma grande transição no estado da raça humana. Pode-se designá-la com propriedade como a segunda grande transição na história da humanidade. 

O instinto de sociabilidade, inato no ser humano, leva-o a participar da sociedade. Aristóteles no século IV a.C. dizia que “o homem é naturalmente um animal político”. Na Idade Média, Santo Tomás de Aquino o mais expressivo seguidor de Aristóteles, afirma que “o homem é por natureza, animal social e político, vivendo em multidão”. A necessidade da vida social prende-se ao fato de que nenhum homem dispõe de todas as faculdades humanas.

A família ocupa lugar de destaque na sociedade. Observe que Herbert Spencer considerou a família entre as instituições que dão forma à vida social; Marx e Engels, como o primeiro grupo histórico, a primeira forma de interação humana; Augusto Comte, como célula básica da sociedade, o embrião e o modelo desta, de maneira que a sociedade perfeita é a que funciona como a família. 

As duas grandes sociedades da terra são a família, como semente formadora da sociedade, e o estado, como instituição política organizadora da sociedade. De logo se verifica, que, por um processo natural, o próprio homem sente ser imprescindível manter e conservar a sociedade para, dentro dela, progredir, individual e coletivamente. Para o espiritismo, a sociedade existe para a elevação moral do homem, para o seu crescimento interior, para que aprenda a ser fraterno e indulgente, em seu benefício e no do todo.

Tenhamos plena consciência de nossos deveres e direitos junto à nossa família e ao estado em que estivermos inseridos. Somente responsabilizando-nos pela coisa pública poderemos formar uma sociedade mais justa e mais fraterna. 

 


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