Evocar é
trazer à lembrança; recordar. Evocação é o ato de evocar, de chamar. Em se tratando
da mediunidade, é chamar, fazer aparecer os Espíritos. É a comunicação do
Espírito feita mediante o chamamento do ser vivente (médium ou não).
“Hospedeiro”, “canal”, “canalizador” e “médium” são os termos usados para os
intermediários com o mundo dos Espíritos.
A evocação não é fenômeno somente de nossos dias. Os
deuses, na Grécia antiga, falavam com os mortais por intermédio dos oráculos.
Na Inglaterra vitoriana, os “mortos” comungavam com os vivos através de
médiuns. Há, ao longo do tempo, inúmeros casos de comunicação mediúnica: uns
emprestavam seus corpos aos Espíritos manifestantes; outros procuravam conservar
a sua identidade enquanto os Espíritos transmitiam as suas mensagens.
As evocações não estão imunes às críticas. Para
James Randi, escritor e denunciador de fraudes, a canalização é “a última moda
do sobrenatural”, cheia de “baboseiras imaginativas de autodenominados ‘gurus’,
sustentados por um segmento da população que tem necessidade de acreditar”.
George Steiner, crítico literário, caracteriza-as como sendo fruto da
superstição e do irracionalismo.
Uma dúvida que surge: como os Espíritos espalhados
no espaço ou nos diferentes mundos podem ouvir as evocações que lhes são
feitas? Os guias espirituais nos informam que temos dificuldade de compreender
o modo de transmissão do pensamento entre os Espíritos. Em linhas gerais, o
processo se dá da seguinte forma: o Espírito que evocamos, por mais longe que
esteja, recebe, por assim dizer, o contragolpe do pensamento, como uma espécie
de choque elétrico que chama sua atenção para o lado de onde vem o pensamento a
ele dirigido; ele ouve o pensamento, como na terra ouvimos a voz.
Não há restrições quanto à evocação dos Espíritos.
Podemos, assim, evocar todos os Espíritos, de qualquer grau da escala a que
pertençam. Tanto os bons como os maus; tanto os que deixaram a vida há pouco,
como os que viveram nos tempos mais recuados; tanto os homens ilustres, como os
mais obscuros; nossos parentes, nossos amigos e os que nos são indiferentes.
Exemplo: Em 1980, Santo Tomás de Aquino, falecido em 1274, diz: “O único desejo
do mundo espiritual é progredir rumo à verdade. E a verdade última é a mente
infinita do próprio Deus. Este é o único desejo do espírito que reside dentro
de cada um de vocês...”
A principal utilidade das evocações é valermo-nos
da experiência dos Espíritos superiores, que adquiriram um grau de perfeição
que lhes permite abraçar uma esfera de idéias mais extensa, penetrar mistérios
que ultrapassam a alçada vulgar da humanidade e, por consequência, iniciar-nos
melhor que os outros em certas coisas.
Fonte de Consulta
KARDEC, A. O Livro dos Médiuns ou Guia dos
Médiuns e dos Doutrinadores. São Paulo: Lake, [s.d.p.] (Capítulo 25
– Das Evocações)
Evocação dos Espíritos. Revista Mistérios do Desconhecido. Rio de Janeiro: abril livros.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/evoca%C3%A7%C3%A3o-de-esp%C3%ADritos
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