Magnetismo. Força vital no ser humano, que apresenta
analogia com a eletricidade e o magnetismo mineral, podendo ser irradiada para
o exterior pelos olhos, pelas pontas dos dedos e pela boca. Hipnotismo. São os vários
processos, pelos quais uma pessoa dotada de grande força de vontade exerce sua
influência sobre outras pessoas de ânimo mais débil, numa espécie de êxtase (ou
transe).
O magnetismo animal foi
reconhecido e explorado desde a mais remota antiguidade. Os iniciados dos
grandes templos, principalmente no Egito, utilizavam-no com frequência,
promovendo curas de doenças pela imposição das mãos, pelo sopro ou pela saliva
do manipulador. Na Idade Média, Alberto Magno, Rogério Bacon, Paracelso e
tantos outros conheceram o magnetismo animal.
As origens alquímicas do hipnotismo
remontam a Franz Anton Mesmer (1734-1815), formado em medicina. Sua tese
doutoral, De Influxu Planetarum in Corpus Humanun (“Da
Influência dos Planetas sobre o Corpo Humano”), está claramente relacionada com
a Astrologia. Começando pelas técnicas desenvolvidas por Hell, que colocava
magnetos nas partes doentes de seus pacientes, Mesmer, pelas suas
experimentações, chegou à teoria do “magnetismo animal” (1779). Dizia ele
existir um fluido que interpenetrava tudo e que dava às pessoas, propriedades
análogas àquelas do ímã.
Ao desenvolver linha própria de
pesquisa, o Marquês de Puységur, discípulo de Mesmer, descobre, em 1787, o
sonambulismo. Ele coloca os seus pacientes num estado de semi-adormecimento, e
percebe que eles saíam com a saúde melhorada. No decorrer do século seguinte,
um sem-número de correntes terapêuticas apareceram, todas baseadas nas ideias
originais de Mesmer. Em 1841, Braid estabeleceu uma clara distinção entre o
hipnotismo e o antigo magnetismo animal, enfatizando que o hipnotismo refere-se
à “parte mental do processo”. Posteriormente, Charcot o estuda metodicamente,
Liebault o aplica à clínica e Freud o utiliza ao criar a Psicanálise.
Presentemente, faz-se uma distinção
entre o magnetismo e o hipnotismo. O magnetismo aceita a
existência de um fluido especial, que é projetado pelo magnetizador,
influenciando a pessoa que o recebe. O hipnotismo admite que o
paciente fica hipnotizado por auto-sugestão e concentração mental, não havendo
fluido algum. Apenas o hipnotismo é aceito pela ciência. É que a medicina
ortodoxa não aceita a cura de uma doença pela transmissão de fluidos.
É bom lembrar que os magnetizadores não
se encontram somente entre os seres humanos. Certos animais irracionais também
gozam dessa prerrogativa. A jiboia, por exemplo, usa-o para fascinar os animais
de que se alimenta; o sapo, pelo mesmo processo, imobiliza a doninha e outros
animais pequenos.
No Espiritismo, temos que acrescentar o
elemento “magnetismo espiritual”, que são os fluidos projetados pelos Espíritos
desencarnados. Enquanto o magnetizador comum pode até cobrar pelas suas sessões
de magnetização, sob o ponto de vista do Espiritismo, o médium é apenas um
intermediário dessas forças, que auxiliam na cura de uma doença. E a cura se
processa pela substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. Aí entram
em cena o magnetismo do médium e o magnetismo dos Espíritos. Acrescenta-se,
ainda, o merecimento da cura por parte da pessoa doente.
Saibamos usar equilibradamente a nossa força magnética e hipnótica somente para as curas das doenças do corpo e do Espírito. Nada de ficarmos presos às hipnoses (sugestões) dos Espíritos malfeitores.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/magnetismo-hipnotismo-e-espiritismo
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Hipnose não é sono
"Dr. James Braid, famoso físico inglês do Século XIX, de início foi
enganado ao pensar que a hipnose, então conhecida sob o nome de mesmerismo, era
sono. Ele tinha ido ver um hipnotizador de palco, com a intenção de provar que
o homem era charlatão. Após ter apreciado a habilidade do artista, Dr. Braid
tornou-se firmemente convencido de que havia algo real no mesmerismo. E começou
a fazer os seus próprios experimentos. Seus primeiros sujeitos foram a esposa e
os empregados domésticos. Das primeiras observações, Braid chegou à conclusão
de que mesmerismo era sono. Por conseguinte, tomou a palavra grega “hypnos”,
que significa sono, e o mesmerismo transformou-se em hipnose. Mais tarde, Braid
compreendeu o engano e tentou, em vão, modificar a palavra para mono-ideísmo.
Desde então, muitos homens têm tentado modificar a designação “hipnose”, porém
ninguém jamais conseguiu efetuar qualquer alteração". (Página 36 do livro
de Paul T. Adams, Ajuda-te pela Nova Auto-Hipnose, 4. ed., São
Paulo: Ibrasa, 1978).
Um indivíduo hipnotizado está bem consciente e atento.
Hipnose e auto-hipnose são a mesma coisa. A única diferença é que na
hétero-hipnose, o hipnotista dirige o seu pensamento, ao passo que na
auto-hipnose é você quem o faz. Não nos esqueçamos de que toda hipnose é
auto-hipnose.
hipnose é um estado de "hipersugestibilidade", "um estado
alterado da consciência" Na hipnose, a "faculdade crítica" do
sujeito é relaxada. O subconsciente não possui uma "faculdade
crítica". Muitos autores acreditam que o subconsciente tem um mecanismo de
realimentação de informação (feedback mechanism); o que você dá como
insumo ao subconsciente é insumado de volta em sua vida consciente.
Extraído do livro de Paul T. Adams, Ajuda-te pela Nova Auto-Hipnose, 4. ed., São Paulo:
Ibrasa, 1978.
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Magnetismo animal (1774) [Franz Anton Mesmer]
Teoria de que fluidos ou campos magnéticos em equilíbrio são
fundamentais para a saúde humana.
"A
ação e a virtude do magnetismo animal, assim caracterizado, podem ser
comunicadas a outros corpos animados ou inanimados." (Franz Anton Mesmer)
O
médico alemão Franz Anton Mesmer (1734-1851) tinha uma teoria de que todas as
coisas possuíam fluidos magnéticos, com uma transferência energética natural
ocorrido no Universo, a energia em questão derivando das estrelas. Mesmer
defendia que fluidos ou campos magnéticos nos seres humanos podiam ser
manipulados para cura e outros objetivos. Desequilíbrios no fluido magnético
invisível causavam doenças que podiam ser psicológicas (como ansiedade e
fobias) ou físicas (como espasmos, ataques de epilepsia e dor).
A
expressão "magnetismo animal" se refere ao princípio universal de que
tudo contém seu fluido magnético e também ao sistema terapêutico segundo o qual
as pessoas alteram o estado de seus fluidos, reequilibrando ou mesmo
transferindo-os pelo toque ou segurando as mãos passivamente sobre o corpo.
Em
1774, Mesmer produziu uma "maré artificial" numa paciente. Ela recebeu
um preparo contendo ferro e ímãs foram presos a todo o seu corpo. Um fluido
misterioso parecia correr por ele e seus sintomas foram aliviados por várias
horas. Mas a paciente mais conhecida de Mesmer foi Maria Theresia von Paradis,
de 18 anos, que era cega desde os 4 anos. Entre 1776 e 1777, Mesmer a tratou
com ímãs por quase um ano e sua visão ter sido restaurada. Mas, depois de algum
tempo, a cegueira voltou. Um comitê da Universidade de Viena investigou Mesmer
e o considerou um charlatão, dizendo que, em vez de curá-la, ele simplesmente
fez acreditar que estava curada.
O magnetismo animal e as práticas de Mesmer chamaram a atenção para o fato de o tratamento psicológico ter uma influência direta sobre o corpo e as doenças. O tratamento com ímãs ainda é praticado na Europa continental hoje em dia e nos Estados Unidos você pode comprar um bracelete O-Ray "ionizado".
ARP, Robert (Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.
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