28 julho 2015

Poder da Fé

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A é um sentimento inato nos seres humanos. Podemos vê-la sob o ponto de vista humano e divino. A fé humana diz respeito à confiança da pessoa consigo mesma e dela para com os outros; a fé divina está afeita à religião, à revelação. A fé humana é fundamentalmente a confiança que se tem no outro. Observe a assertiva: "por esta pessoa eu ponho a minha mão no fogo". Quer dizer, depositamos total confiança no outro, pois a sua conduta ao longo do tempo propiciou-nos elementos para uma boa avaliação de seu modo de ser. É possível que ele, no futuro, nos contrarie mas, até o presente momento, esta é a nossa adesão fiduciária. 

adesão fiduciária é digna de nota. Fiduciário significa que algo ou alguém inspira confiança. A confiança tem muito a ver com o que irá acontecer (futuro), pois a fé caracteriza algo que ainda não ocorreu. Se já tivesse ocorrido, seria um fato e não uma perspectiva. Daí a sua relação intrínseca com a esperança. Fé e esperança, porém, necessitam de um terceiro elemento, ou seja, o amor (caridade), para fundamentar as virtudes teologais da Igreja. Discutamos o termo "fé"; não nos esqueçamos, porém, da esperança e da caridade.  

O futuro é incerto. Muitos até dizem que o futuro a Deus pertence. A fé é o elemento transcendental que dá confiança de que o impossível se torne possível. A Doutrina Espírita, que nos descortina a vida futura, fornece-nos elementos substanciais para o fortalecimento do poder da fé. Vejamos: a fé na sobrevivência da alma dá força e resignação ante as tribulações da vida. A capacidade de olhar do topo de uma montanha não só valida a presciência como também dá força à resignação, pois os problemas terrenos se tornam pequenos quando vistos do alto. 

O poder da fé tem relação com os "milagres" praticados por Jesus. Depois de curar, Jesus dizia: "tua fé te curou". Como entender essa colocação? Jesus não derrogou as leis da natureza; ele simplesmente aplicava o seu vasto conhecimento que tinha sobre a manipulação dos fluidos. Nesse sentido, todos nós temos esse poder de cura porque podemos acionar o nosso magnetismo em prol de algum necessitado. Os Centros Espíritas têm um papel fundamental na formação de médiuns de cura. 

Por que algumas pessoas são curadas e outras não? Na época de Jesus, os apóstolos fizeram uma questão semelhante: por que o mestre cura e nós não? Jesus responde: por causa da sua pouca fé. Presentemente, com as instruções dos Espíritos podemos acrescentar um dado valioso: o merecimento. Uma pessoa será curada quando o efeito tiver se exaurido em relação à causa. Até que a pena não seja extinta, o sofrimento continuará, pois a dor é sempre positiva: leva consigo um destino. Sintetizando: eliminando a causa, o efeito deixará de atuar. 

Na atualidade, a fé cristã está sofrendo um arrefecimento por causa da tecnologia. As inovações trazem-nos grandes facilidades, mas também muita superficialidade e um distanciamento das coisas mais essenciais da vida, principalmente daquelas atividades ligadas à religião. Convém, também, não descartarmos o poder dos Espíritos das trevas, que estão sempre à espreita das pessoas menos avisadas. Não é sem razão que o mestre Jesus está sempre nos lembrando do "vigiar e orar".

Coloquemo-nos como simples tarefeiros na obra do Senhor. Peçamos forças para o desenvolvimento de nossa missão, grande ou pequena. 

 




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