“Corpo Espiritual e Religiões” é o título do capítulo 20 do livro Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito
André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, cuja primeira edição data
de 1959. Nesse capítulo, André Luiz trata da responsabilidade
e consciência, da atividade religiosa, do enxerto revitalizador, da religião
egipciana, da missão de Moisés, dos dez mandamentos, de Jesus e a religião e da
revivescência do cristianismo.
Começa o
estudo lembrando-nos da atuação das Inteligências Divinas e como elas
interferem no corpo espiritual, já desde o paleolítico, no sentido de dotar
tanto o corpo espiritual quanto o corpo físico de preciosas reservas para o
futuro. Para tanto, essas Inteligências Divinas envolveram a consciência com a
luz da responsabilidade, abrindo-lhe caminho para o pensamento contínuo, no sentido de atender ao aperfeiçoamento de seu corpo espiritual.
Em seguida, dá ênfase ao princípio de justiça, para que o homem começasse a
examinar a si próprio.
Posteriormente, houve a necessidade da atividade religiosa para a
higiene da alma, “traçando ao homem diretrizes à nutrição psíquica, de vez que, pela
própria perspiração, exterioriza os produtos que elabora na usina mental, em
forma de eflúvios eletromagnéticos, nos quais se lhe corporificam, em
movimento, os reflexos dominantes, influenciando o ambiente e sendo por ele
influenciado”.
A raça adâmica
teve também o seu papel no desenvolvimento religioso do corpo espiritual. Os seres
de outro planeta legaram-nos uma espécie de enxerto
revitalizador entre razão e animalidade. No capítulo 3 de A Caminho
da Luz, pelo Espírito Emmanuel,
há mais detalhes sobre essas raças.
A grande lição da religião egípcia: a religião assume aspecto
enobrecido como ciência moral de aperfeiçoamento, para mais alta ascensão da
mente humana à Consciência Cósmica. Seu alicerce: a unidade de Deus, em
sua feição superior. Para ela, os atributos divinos são a vontade sábia e
poderosa, a liberdade, a grandeza, a magnanimidade incansável, o amor infinito
e a imortalidade.
A missão de Moisés foi dar à
mente do povo a concepção do Deus Único, transferindo-a dos recintos
iniciáticos para a praça pública. Enfrentou, porém, muitas dificuldades,
em razão do pensamento acomodado aos circuitos da tradição em que as classes se
exploram mutuamente, agravando assim os próprios compromissos, para afinal
receber os fundamentos da Lei, no Sinai. Os dez mandamentos, recebidos
mediunicamente, gravava a lei de causa e efeito para o homem, advertindo-o
solenemente.
Com Jesus, no entanto, a religião, como sistema educativo, alcança
eminência inimaginável: nem templos de pedra, nem rituais; nem hierarquias
efêmeras, nem avanço ao poder humano. Evangelho em código de harmonia,
inspirando o devotamento ao bem de todos até o sacrifício voluntário, a
fraternidade viva, o serviço infatigável aos semelhantes e o perdão sem limites.
Para finalizar, o Cristianismo ressurge
agora no Espiritismo, induzindo-nos à sublimação da vida íntima, para que nossa
alma se liberte da sombra que a densifica, encaminhando-se, renovada, para as
culminâncias da Luz.
Fonte de Consulta
XAVIER, F. C. Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito André Luiz, capítulo 20.
Nenhum comentário:
Postar um comentário