A missão é a função ou
poder que se confere a alguém para fazer algo. É, também, encargo, incumbência.
Pode-se concebê-la como uma função especial do governo, que encarrega os seus
diplomatas e agentes junto a outro país. A missão superior,
por outro lado, é aquela que objetiva a regeneração da Humanidade. Nesse
sentido, a missão do superior é amparar o inferior e educá-lo. Os missionários,
por sua vez, são Espíritos superiores que encarnam com o fim de fazer progredir
a Humanidade.
Há diversos tipos de missão. A
missão da Doutrina Espírita é consolar e instruir, em Jesus,
para que todos mobilizem as suas possibilidades divinas no caminho da vida; a
missão de Jesus é transmitir aos homens os ensinamentos
divinos; a missão dos apóstolos, especialmente a de Paulo, consistia
em preparar e abrir os cominhos à era do Espírito; a missão de Allan
Kardec foi a de nos trazer a codificação espírita.
Na pergunta 573, de O Livro dos
Espíritos, os instrutores espirituais dizem que a missão dos Espíritos
encarnados consiste em: “Instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em
lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais. As missões,
porém, são mais ou menos gerais e importantes. O que cultiva a terra desempenha
tão nobre missão, como o que governa, ou o que instrui. Tudo em a
Natureza se encadeia. Ao mesmo tempo em que o Espírito se depura pela
encarnação, concorre, dessa forma, para a execução dos desígnios da
Providência. Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter
alguma utilidade”.
O Espírito missionário não tem uma
missão predestinada. Ele geralmente é instrumento de algum Espírito que serve
para executar alguma coisa que seja útil. Suponha que um Espírito desencarnado
queira escrever um livro que não tenha podido fazê-lo como encarnado. Como
procede? Ele procura um Espírito encarnado, confiável, para tal obra e o dirige
na execução. “Assim, este homem não veio à Terra com a missão de fazer essa
obra”; foi circunstancial. O mesmo sucede nas artes e nas ciências.
No estado de erraticidade, as ocupações
dos Espíritos são adequadas ao grau de adiantamento deles. Uns percorrem os
mundos e ocupam-se com o progresso. Muitos assistem os homens de gênio que
concorrem para o adiantamento da Humanidade. Outros encarnam com determinada
missão de progresso. Outros tomam sob sua tutela os indivíduos, as famílias, as
reuniões, as cidades e os povos, dos quais se constituem os anjos guardiões, os
gênios protetores e os Espíritos familiares. Outros, finalmente, presidem aos
fenômenos da Natureza, de que se fazem os agentes diretos.
Todos nós, Espíritos encarnados ou
desencarnados, temos deveres a cumprir, quer sejam grandes, quer sejam
pequenos. Lembremo-nos de que sem a pequenina tomada, o fio elétrico não pode
cumprir a sua função.
Bibliografia Consultada
EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro: FEB,
1995.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp,
1995.
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