Figueira é o
nome vulgar da Fícus carica, pequena árvore (por vezes
reduzida a arbusto) caducifólia, da família das Moráceas e subfamília das
Artocarpoídeas. É originária da Região Mediterrânea e frequentemente cultivada
em Portugal em sítios com nível freático pouco fundo e de clima bastante quente
e seco no verão, aparecendo por vezes subespontânea nas fendas das rochas e dos
muros velhos.
No dia
seguinte, saindo eles de Betânia, teve fome – vendo ao longe uma figueira que
tinha folhas, foi ver se, porventura, acharia nela alguma coisa.
Aproximando-se, nada achou senão folhas; porque ainda não era tempo de figos.
Disse-lhe: Nunca jamais coma alguém fruto de ti; e seus discípulos ouviram
isto. Quando chegava a tarde saíram da cidade. Ao passarem de manhã, viram que
a figueira estava seca até a raiz. Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Olhe,
Mestre, secou-se a figueira que amaldiçoaste! (Marcos, XI, 12-14 19-21.)
A Parábola da Figueira Seca faz parte da entrada
triunfal de Jesus em Jerusalém. O título bíblico é Figueira Seca: a Purificação do Templo. Nessa
passagem, Jesus expulsou os vendilhões do templo, exaltou a fé em Deus e teceu
comentários sobre a oração e o perdão.
A relação
entre folhas e frutos pode ser assim entendida: Na antiga Palestina, diziam que
os primeiros brotos de frutos da figueira aparecem dois meses antes das folhas.
Nesse caso, mesmo não sendo época de figos, a figueira já tinha estrutura para,
mesmo fora de época, possuir frutos. Cristo se baseia nessa premissa para
lançar uma “praga” à figueira.
Daí: a
morte de uma árvore pode estar conectada ao uso do magnetismo. Se Jesus
destruiu as células prejudiciais e causadoras de enfermidades – curas dos dez
leprosos, a mulher que sofria de hemorragia, por que não poderia destruir as
células de uma árvore? Mas, foi isso que ocorreu? Parece-nos que o mais
provável é: Jesus, conhecedor das leis da natureza, e sabendo que ela iria
morrer, disse-lhe para não dar mais frutos. Não foi ele que matou a figueira,
mas ela que já estava a definhar.
Allan
Kardec, nos itens 9 e 10 do capítulo 19 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, ressalta
três tipos de símbolos que podemos observar nesta parábola: 1) Pessoas que
aparentam o bem, mas na realidade nada produzem de bom; 2) pessoas que podem
ser úteis e não o são; 3) médiuns que se desviam de sua missão.
A
esterilidade é nota destoante. Uma coisa estéril nada produz. Com o tempo, a
obra estéril desaparece. Jesus está, nesta passagem evangélica, chamando a
nossa atenção para as boas obras, não de aparência, mas de real valor para a
Humanidade. O verniz da caridade nada vale, pois a salvação da alma está presa
ao essencial, não ao que aparentamos ser.
A vida de aparência caridosa pode enganar aos homens, pode até fazer prosélitos, mas não consegue ludibriar a Deus, que é eminentemente sabedoria e justiça. Esta é a lição que devemos extrair dessa parábola.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/par%C3%A1bola-da-figueira-seca
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