25 novembro 2023

Psicometria

Historicamente, em 1849, Buchanan, médico norte americano, coloca em prática o que o general Polk lhe dizia, isto é, sempre que tocava em bronze sentia um estremecimento no sistema nervoso e um gosto estranho lhe afligia. Posteriormente, realiza em anos contínuos uma série de experiências começando pelos metais, passando a artigos de culinária e finalizando com a colocação de objetos na fronte dos chamados "pacientes sonâmbulos". Estes sonâmbulos descreviam cenas relativas às épocas da experiência dos objetos ou o próprio caráter da pessoa a quem pertencia o objeto psicometrado (1).

De acordo com a psicologia, psicometria é a ciência que tem por objeto, estabelecer e aplicar processos de estudo quantitativo dos fenômenos psíquicos. Em sentido mais restrito, a própria medida de tais fenômenos. O Espírito André Luiz, por sua vez, define-a como a faculdade de perceber o lado oculto do ambiente e ler impressões e lembranças, ao contato de objetos e documentos, nos domínios da sensação à distância (2).

Mecanismo da Psicometria.  Em concentração, os dotados, emitem ondas mentais. Estas ondas percepcionam, trazem sensações, percepções de realidades. São ondas eletromagnéticas, que "iluminando um objeto" nô-lo trazem à visão após isto (2).

Função do Psicômetra. Exercer o mecanismo de forma automática, capacidade de se desdobrar com facilidade... clareando o assunto quanto possível, vamos encontrar no médium de psicometria a individualidade que consegue desarticular, de maneira automática, a força nervosa de certos núcleos, como por exemplo: os da visão e da audição, transferindo-lhes a potencialidade para as próprias oscilações mentais (2).

Casos relatados por Bozzano: 1) um psicômetra ao analisar um punhado de terra, sente o odor do pão, porque no trajeto a terra passara em frente de uma padaria; 2) análise de uma pedra; 3) análise do carvão (3).

Casos relatados por André Luiz: 1) RELÓGIO — aureolado de luminosa faixa branquicenta, ao tocá-lo assomou-lhe quase instantaneamente aos olhos mentais linda reunião familiar; 2) TELA DO SÉCULO XVIII — destituída de qualquer sinal de moldura fluídica. Impossibilidade da leitura telepática; ESPELHO — junto ao qual se mantinha uma jovem desencarnada com expressão de grande tristeza; 4) referia-se aos MÓVEIS DO GABINETE do diretor da entidade. Se eles entrassem em contato com as peças, sentiriam os reflexos daqueles que as usaram (4).

(1) PAULA, J. T. Dicionário Enciclopédico de Espiritismo, Metapsíquica e Parapsicologia.

(2) LUIZ, A. Mecanismos da Mediunidade, cap. XX.

(3) BOZZANO, A. Enigmas da Psicometria.

(4) LUIZ, A. Nos Domínios da Mediunidade, cap. XXVI.

 

22 novembro 2023

Mecanismos da Mente (Cap. 16 de Evolução em Dois Mundos)

O Espírito André Luiz, no capítulo 16 “Mecanismos da Mente”, do livro Evolução em Dois Mundos, pretende estudar a alienação mental da maioria dos Espíritos desencarnados, pelo menos durante algum tempo além da morte. Para isso, acha interessante analisar, mesmo que superficialmente, alguns dos experimentos nervosos, para se ajuizar a importância da harmonia entre a mente e seu veículo fisiopsicossomático, no plano físico e extrafísico.

Parte da relação entre alma e corpo. A alma é direção; corpo, obediência. Nesse sentido, é justo que o homem receba em si mesmo o fruto da plantação que realizou. Quer queiramos ou não, nosso comportamento irá determinar o que o futuro nos reserva: fazendo o bem, teremos mais liberdade; praticando o mal, teremos que alocar tempo a sua devida correção. O que existe de concreto é o bem; o mal é sempre a ausência do bem.

Depois de seccionada a medula de um paciente, há uma insensibilidade completa, o relaxamento muscular, a paralisia e a eliminação dos reflexos somáticos e viscerais. Esse desligamento não se verifica de todo, pois isso acarretaria a morte do paciente. Esse fenômeno é atribuível ao contato das células do corpo espiritual com as fibras aferentes que vibram na cadeia simpática, penetrando a medula, acima do ponto molestado.

A recuperação dos reflexos se dá de diversas formas: nos batráquios é rápida; no gato é um pouco mais demorado, levando mais tempo conforme a complexidade do ser analisado.  Na generalidade dos casos, os reflexos reaparecem no curso de semanas, tempo indispensável para que as células do corpo espiritual, vencendo as resistências do corpo físico, a ele se reimponham, quanto possível.

Diz-nos André Luiz que a depressão em estudo é tanto mais perdurável quanto mais complexa a encefalização do animal. Isto acontece porque a complexidade cresce na medida em que solicitam o concurso de maior campo dos neurônios internunciais. Detalhe: Em vista do corpo espiritual, muitas pessoas acabam sentindo, integrados ao próprio corpo, esse ou aquele membro que, fisicamente, não existe mais.

Sincronia dos estímulos entre corpo físico e corpo espiritual. Há uma ligação entre as células do corpo físico e as células do corpo espiritual. Às vezes, a turvação da mente é capaz de obstruir temporariamente esse ou aquele fulcro energético da região diencefálica, no centro coronário da entidade desencarnada.

Mecanismo do monoideísmo. O Espírito desencarnado contemplará tão somente os quadros terríveis que lhe digam respeito às culpas contraídas, sem capacidade de observar paisagens de outra espécie; escutará vozes acusadoras sem possibilidade de ouvir quaisquer outros sons. O pesadelo não é mera criação abstrata, mas resultado do próprio estado mental em que se encontra. 

Resumindo: "É dessa forma que os suicidas, com agravantes à frente do Plano Espiritual, como também os delinquentes de variada categoria, padecem por largo tempo a influência constante das aflitivas criações mentais deles mesmos, a ela aprisionados, pela fixação monoideica de certos núcleos do corpo espiritual, em detrimento de outros que se malbaratados e oclusos”.

 

 

21 novembro 2023

Fenômeno Espírita (Livro)

“Não digo que isso seja possível; afirmo que isso é uma verdade.” (William Crookes)

“Evitar o fenômeno espírita, deixar de prestar-lhe a atenção a que ele tem direito, é faltar com o que se deve à verdade.” (Victor Hugo)

François-Marie-Gabriel Delanne (1857-1926) foi cientista, engenheiro, filósofo e espírita, e recebeu o título “Apóstolo do Espiritismo”. Fundador, juntamente com seu pai, da União Espírita Francesa, em 24/12/1882; colaborador e redator da revista bimensal Le Spiritism, em março de 1883; auxiliou na fundação da Federação Francesa-Belgo-Latina, em 1883.

O livro Fenômeno Espírita, de autoria de Gabriel Delanne, foi publicado em 1893. Embora os conhecimentos científicos ali expostos tenham sofrido transformação e progresso ao longo do tempo, os conceitos espíritas, porém, continuam válidos ainda nos dias que correm. O Fenômeno Espírita trata do testemunho dos sábios, do estudo histórico, da exposição metódica de todos os fenômenos, da discussão das hipóteses, dos conselhos aos médiuns e da teoria filosófica.

Na Antiguidade, lembra-nos que os Vedas afirmam a existência de Espíritos, que Saul consulta a pitonisa de Endor e, por seu intermédio, comunica-se com Samuel, e que em todos os tempos houve a evocação dos mortos. Nos tempos modernos, cita o fenômeno de Hydesville, nos Estados Unidos; o convencimento do Sr. Wallace, vencido pela evidência, na Inglaterra; os fenômenos das mesas girantes,  na França. Conclui que esse destemor ao Espiritismo alastra-se para o mundo todo.

Quando começa a enfrentar os fatos, depara-se com a força psíquica e sua medição. Indo além, tem que enfrentar também a inteligência da força psíquica, que pode ser vislumbrada na transmissão do pensamento, na telegrafia além-túmulo e nas pranchetas clarividentes.

Eis uma experiência realizada por Robert Hare: "A longa extremidade de uma prancha foi presa a uma balança de espiral, com um indicador fixo para marcar o peso. A mão do médium foi colocada sobre a outra extremidade da prancha, de modo que, qualquer pressão que houvesse, não pudesse ser exercida para baixo; mas, pelo contrário, produzisse efeito oposto, isto é, suspendesse a outra extremidade. Com grande surpresa sua, esta extremidade desceu aumentando assim o peso de algumas libras na balança". (pág. 66)

Gabriel Delanne não se esquece dos estudos sobre os médiuns escreventes, a incorporação ou encarnação, a vidência, a audição, a escrita direta ou psicografia, entre outros. Além disso, escreve também sobre Espiritismo transcendental, recorrendo às materializações, à desagregação da matéria, às experiências de Zöllner, de Wallace, às aparições luminosas e à fotografia espírita. Dá, em seguida, alguns conselhos aos médiuns e aos experimentadores: Recolhimento, homogeneidade de pensamentos, regularidade, paciência, circunspeção em relação aos Espíritos que se manifestam e desconfiança com relação aos grandes nomes.

As grandes vozes de Crookes, Wallace e Zöllner dão-nos a convicção de que a alma é imortal e que ela não só não morre como pode se manifestar aos humanos. Acrescenta-se que todo efeito tem uma causa e todo efeito inteligente faz supor uma causa inteligente.

 

 

 

25 outubro 2023

Fazer o Bem sem Ostentação

1. Guardai-vos, não façais as vossas boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis a recompensa da mão de vosso Pai, que está nos céus. Quando, pois dás a esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, como praticam os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem honrados dos homens; em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Mas quando dás a esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita; para que a tua esmola fique escondida, e teu Pai, que vê o que fazes em segredo, te pagará. (Mateus, VI: 1-4).

2. E depois que Jesus desceu do monte, foi muita gente do povo que o seguiu. E eis que, vindo um leproso, o adorava dizendo: Se tu queres, Senhor, bem me podes limpar. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo: Pois eu quero; fica limpo. E logo ficou limpa toda a sua lepra. Então lhe disse Jesus: Vê, não o digas a alguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote, e faze a oferta que ordenou Moisés, para lhes servir de testemunho a eles. (Mateus, VIII: 1-4).

"Fazer o bem sem ostentação" é um subitem do capítulo XIII  "Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita", de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec. Algumas palavras contidas no texto: vida presente e vida futura, fé nos homens e fé em Deus, testemunho dos homens, beneficência, reencarnação, justiça humana e justiça divina, recompensa terrena e recompensa espiritual, caridade material e espiritual, modéstia.

Ostentação. Comportamento de quem exibe riquezas ou dotes; exibição de ações ou qualidades próprias: ostentação de si próprio, ostentação de suas qualidades; comporta-se como se vivesse em constante ostentação.

Partamos da acepção de que o Espiritismo é, ao mesmo tempo, filosofia ciência e religião. Quer dizer, no fundo deste tema há a Doutrina Espírita, baseada nos princípios codificados por Allan Kardec. Nesse sentido, ao argumentarmos sobre a vida futura, estamos falando também de reencarnação, da vida após a morte, da progressão da alma, etc.

O Espiritismo, como libertador de consciências, mostra a verdade dos fatos, e corrige-nos a visão deturpada que tivemos ao longo do tempo. Um exemplo: Em Lucas 2, 14 está escrito: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade”. Vejamos como está escrito no capítulo 180 — "Natal", do livro Fonte Viva: “Glória a Deus nas alturas, paz na Terra e boa-vontade para com os homens”. Há uma diferença gritante entre homens de boa vontade e boa-vontade para com o homens.

Tratemos, inicialmente, das atitudes. Como sabemos, a obsessão nada mais é do que uma atitude assumida de mente para com outra mente. No estudo das atitudes, os psicólogos afirmam que adquirir uma atitude, um vício, por exemplo, é sumamente fácil; desfazer dele não é tarefa tão tranquila, isto porque os investigadores descobriram que quando um componente da “atitude” é experimentalmente modificado, os outros parecem sofrer um realinhamento coerente.

Vida presente e vida futura. Quando o ser humano concebe uma vida além desta, todo o seu presente sofre uma modificação, pois começa a ver o mundo de outra forma. O próprio ímpeto materialista de sua vida perde o vigor, porque percebe que nada levará de bens materiais, mas simplesmente aqueles de natureza moral, ou seja, o bem que fez ao seu semelhante.

Testemunho dos homens e testemunho de Deus. A ostentação faz com que o indivíduo já receba na vida presente a recompensa. Por isso, aquele que já recebeu a recompensa não tem necessidade de recebê-la no futuro. O ideal é que nunca procuremos o testemunho dos homens, porque todos somos portadores de defeitos e a verdadeira pureza só pode ser encontrada em Deus.

Caridade material e caridade espiritual. O Espiritismo modifica também a nossa compreensão da caridade. O seu conceito está posto na Parábola do Bom Samaritano, em que a pessoa caída fora socorrida por um samaritano, aquele que não tinha religião. Mesmo que doemos bens materiais, o aspecto moral deve ser ressaltado, ou seja, evitar que o bem distribuído não queime a mão daquele que o recebeu. 

Frases e pensamentos sobre a ostentação

“O homem que ajuda por vaidade e ostentação, quase sempre, em pouco tempo, cria para si mesmo o hábito de auxiliar, atingindo sublimes virtudes. Aquele, porém, que fiscaliza os beneficiários e raciocina com excesso quanto ao “dar” e ao “não dar” torna-se um calculista da piedade, a endurecer o coração, por séculos numerosos". (Capítulo 35 — "Na sementeira do amor", de Alvorada Cristã)

"Administra — não para ostentar-se nas galerias do poder, sem aderir à responsabilidade que lhe pesa nos ombros. Dirige obedecendo." (Capítulo 3 — "Traço Espírita", de Opinião Espírita)

"Assim como o verme estraga um belo fruto, assim o orgulho corrompe as obras mais meritórias. Não raro as torna nocivas a quem as pratica, pois todo o bem realizado com ostentação e com secreto desejo de aplausos e lauréis depõe contra o próprio autor. Na vida espiritual, as intenções, as causas ocultas que nos inspiraram reaparecem como testemunhas; acabrunham o orgulhoso e fazem desaparecer-lhe os ilusórios méritos." (Capítulo XLV — "Orgulho, Riqueza e Pobreza", em Depois da Morte, de Léon Denis)

"O homem caridoso faz o bem ocultamente; e, enquanto este encobre as suas ações o vaidoso proclama o pouco que faz. Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita. Aquele que fizer o bem com ostentação já recebeu a sua recompensa". (Capítulo XLVII —  "A Caridade", em Depois de Morte)

"Os humildes são simples no falar; sinceros e francos no agir; não fazem ostentação de saber nem de santidade; abominam os bajulados e servis e deles se compadecem." ("Pobres de Espírito e Espíritos Pobres", em Parábolas e Ensinos de Jesus, de Cairbar Schutel)

"Para falar, porém, ao espírito e ao coração do crente, deve o culto ser sóbrio em suas manifestações; deve renunciar a qualquer ostentação de riqueza material, sempre prejudicial ao recolhimento e à oração; não deve ceder o menor lugar às superstições pueris. Simples e grande em suas formas, deve dar a impressão da divina majestade." (Capítulo 7 — "Os Dogmas — os Sacramentos, o Culto", em Cristianismo e Espiritismo, de Léon Denis)

 

 

 

 

01 setembro 2023

A Imensidão dos Sentidos (Notas de livro)

A Imensidão dos Sentidos: aprendendo a lidar com a sua mediunidade. Francisco do Espírito Santo Neto, pelo Espírito Hammed, copyright 2000. 

O autor espiritual pretende, nesta obra, elucidar os presságios de medo, castigo, repressão, culpa, amargura e doença que são lançados sobre o conceito de mediunidade, sufocando e atemorizando os dotados de percepção extra-sensorial. Em cada capítulo, começa com uma citação de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. Em seguida, analisa o tema sob diversos aspectos, principalmente o psicológico. 

Definições 

Amadurecimento — significa reconhecer ou aceitar que todos nós temos os dois lados de todas as coisas. Temos atitudes de medo e coragem, de raiva e determinação, de egoísmo e generosidade, de fragilidade e consistência.

Arquétipo — origina-se do grego e quer dizer “o que é impresso desde o início”. Ainda na Antiguidade, passou a significar também as “formas imateriais” ou o “mundo das ideias”, na concepção de Platão.  

Autoconsciência — capacidade de registrar tudo o que está sendo vivenciado.

Compensação — é um mecanismo de ajustamento ou de defesa que leva o indivíduo a desenvolver certas potencialidades para suprir suas supostas deficiências. É um modo prático de purificar estímulos indesejáveis. (Psicologia)

Crenças — são pensamentos ou ideias que aceitamos como verdade e que criam harmonia ou deformidades em nosso veículo fisiológico. 

Criatividade — capacidade de desestruturar uma concepção ou informação conhecida para reestruturá-la de uma maneira nova.

Distúrbio obsessivo-compulsivo DOC — desejo imperioso que cria pensamentos absurdos embaraçosos, os quais se repetem na mente num ciclo insistente e obstinado (definição das ciências psiquiátricas)

Entusiasmo — deriva do grego “enthousiasmos” e que dizer “sopro divino”, ou também “estar repleto de divindade”. Compõem-se do prefico “en” (movimento para dentro) e do vocábulo “theo” (Deus, divindade).

Formas-pensamentos — pensamentos, conceitos e auto-avaliações, positivos ou negativos, são elementos dinâmicos de indução e influenciam no halo mental, formando “realidades energéticas” ou “formas-pensamentos”.

Gênio — do latim “genius, quer dizer talento ou dom natural. Na antiguidade esse conceito era utilizado para designar pessoas habilidosas ou criativas; somente nos dias atuais é que passou a significar uma superinteligência inata.

Hipocrisia — vício de apresentar uma virtude ou um sentimento que não se tem.

Inconsciente coletivo — herança psicológica, um tipo de memória da raça ou da espécie, onde se encontram conteúdos de estrutura psíquica, padrões universais ou arquétipos existentes na intimidade de todos os seres humanos. (Jung)

Percepção — é a compreensão de algo, ou a interpretação do somatório de todas as sensações que estão ocorrendo conosco em dado momento.

Senso crítico — “senso” vem do latim sensus, faculdade de raciocinar. “Crítico” tem origem no grego kritikos, arte de avaliar e apreciar.

Ser translúcido — indivíduo que adquiriu a qualidade de deixar passar a luz espiritual de forma nítida, sem permitir que obstáculos maiores prejudiquem a autenticidade das manifestações transcendentais.

Pensamentos

“Dois excessos: excluir a razão — só admitir a razão.” (Pascal)

“Nenhum homem jamais foi grande sem um toque de inspiração divina.” (Cícero)

“O psiquismo dorme na pedra, sonha na planta, agita-se no animal e desperta no homem.” (Léon Denis)

“É extremamente fácil enganar a si mesmo; pois o homem acredita no que deseja.” (Demóstenes)

“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei.” (Frase inscrita no dólmen construído sobre o túmulo de Allan Kardec cemitério Père-Lachaise, em Paris) [Nesta frase, mudança é a palavra-chave]

“À medida que temos mais luz, mais grandeza e baixeza descobrimos no homem.” (Pascal)

“As pessoas ignorantes não procuram sabedoria. O mal da ignorância está no fato de que aqueles que não são bons nem sábios estão, apesar disso, satisfeitos consigo mesmos. Não desejam aquilo de que não sentem falta.” (Platão)

“O pior uso que se pode fazer da liberdade é abdicar dela.” (Victor Marie Hugo)

“Se alguém pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana a si mesmo. Cada um examine a sua própria conduta, e então terá o que se gloriar por si só e não por referência ao outro.” (Paulo, Gálatas, 6,3)

“O interesse é uma homenagem que o vício presta à virtude.” (O duque de La Rochefoucauld)

Frases

“Nosso propósito é colaborar como todos aqueles que, ao buscarem a “dimensão metafísica” da existência, deixem de lado as posturas rígidas e inflexíveis diante das faculdades psíquicas, encarando-as de modo natural e espontâneo e desatando-as das embalagens preconcebidas”. (pág. 15)

“O Espiritismo possui um antídoto contra essa crença milenar. Suprimiu o personalismo e ensinou-nos a ligação direta da criatura com Deus, dispensando intermediações...” (pág. 18)

“Ao convertermos as criaturas em mito, supervalorizamos os outros e, em virtude disso, desvalorizamos o nosso poder interior”. (pág. 20)

“A incapacidade de dizer “não posso”, “não concordo”, “não sei”, “não quero”, acarreta no ser humano a perda de controle da própria vida.” (pág. 23)

“À medida que a criatura se desenvolve... Seleciona ideias, pensamentos, oscilações psíquicas, como o garimpeiro que separa do cascalho a gema preciosa ou o metal raro”. (pág. 30)

“A conduta invejosa pode nos ser muito útil ou benéfica, se soubermos transformá-la em uma atitude oposta — a admiração”. (pág. 42)

“Acreditamos que as coisas e as pessoas é que nos fazem infelizes, mas isso não é verdade — somos causa e efeito de nós mesmos”. (pág. 47)

“O médium autêntico não copia ninguém. Não se limita a seguir caminhos já percorridos; tem a habilidade de ver as coisas com olhos novos, fazer associações que transcendem o comum”. (pág. 58)

“A faculdade extra-sensorial é um “instrumento da vida”, uma condição natural do desenvolvimento dos seres humanos”. (pág. 63)

“O orgulho é uma forma pela qual interpretamos as pessoas e dos fatos. É um “estado de consciência” em que a insensibilidade predomina”. (pág. 66)

“Um indivíduo em estado de fixação mental nada vê, nada ouve, nada sente ou nada percebe além da pessoa, objeto ou fato a que sua mente cristalizada se prendeu”. (pág. 77)

“Para nos desfazermos da fascinação ou da auto-ilusão seria preciso apenas nos desvencilharmos da escravidão da ideia pressuposta que temos ou desejamos ter acerca de nós mesmos”. (pág. 84)

“Para promovermos mudanças não necessitamos procurar novas paragens, e sim possuir novos olhos”. (pág. 89)

“A mediunidade está intimamente ligada à vocação, aptidão, realização, criatividade, espontaneidade, e desvinculada por completo de qualquer obrigação ou pressão auto-imposta”. (pág. 93)

““Devo desenvolver a mediunidade” equivale a dizer “não quero, mas sou obrigado a desenvolver”. Não somos obrigados a nada!” (pág. 95)

“Existe uma enorme distância entre “estar consciente” das sensações e “querer afastá-las””. (pág. 98)

“Terão verdadeiramente clareza de pensamento aqueles que tratarem as “coisas simples” com merecida importância, e as “coisas importantes” com a devida simplicidade”. (pág. 103)

“Cada pessoa plasma os reflexos de si mesma e, por onde passa, entra em comunhão com a matéria mental alheia, exteriorizando o seu melhor lado, ou mesmo, criando perturbação ou desajustamento”. (pág. 113)

“Por sua vez, não é recomendável utilizar as faculdades psíquicas para explorar “outros mundos”, até que tenhamos o pleno controle do mundo em que estamos vivendo aqui e agora”. (pág. 120)

“Se dissociamos a causa do efeito de nossos atos, enfraquecemos cada vez mais o senso de ligação entre nós e os acontecimentos”. (pág. 127)

“Ao rejeitarmos um sentimento, não quer dizer, de forma alguma, que ele vai desparecer; só o excluímos de nossa identificação consciente”. (pág. 128)

“A “regra de ouro” da Espiritualidade Superior é a compaixão: admitir que outros pensem, ajam e sintam de modo diferente de nós...” (pág. 135)

“Mediunidade é um portal esplêndido que nos abre o entendimento para a realidade transcendental. No entanto, os médiuns não devem nutrir como “obrigação” a salvação dos sofredores do mundo. A única pessoa que podemos “salvar” é a nós mesmos, pois cada um é responsável apenas por si”. (pág. 138)

“O crescimento do ser ocorre por meio de um encadeamento de fatos espontâneos e inerentes à vida humana, enquanto o perfeccionismo é uma aspiração obstinada e torturante”. (pág. 143)

“De nada adianta tentarmos transformar a qualquer preço um “homem faccioso” — parcial, sectário. É-nos impossível alterar as leis naturais; temos, sim, que aprender a respeitá-las, visto que a transformação só acontece quando estamos preparados para mudar”. (pág. 151)

“A reencarnação nos induz a uma recapitulação dos velhos modelos e conceitos, a fim de que nos desvencilhemos das crenças negativas rumo ao ciclos mais evoluídos da existência”. (pág. 153)

“Os indivíduos de sentimentos e pensamentos doentios podem plasmar “estruturas de disformes feições”, que os acompanham aos lugares aonde vão”. (pág. 155)

“Somente depois de muitos anos de estudos, é que médicos, biólogos e psicólogos concluíram que a visão do homem ocorre não nos olhos, mas no cérebro”. (pág. 169)

“Quem tem um “herói” dentro de si tem igualmente um outro lado, um “mártir””. (pág. 181)

“Os gênios, pelos seus naturais questionamentos, foram muitas vezes transportados a uma vida de solidão”. (pág. 186)

“O que atrairá vibrações positivas ou uma “aura de defesa” para todos nós será a sinceridade de nossas intenções”. (pág. 210)


26 agosto 2023

Amanhecer de uma Nova Era (Notas de Livro)

“Amanhecer de uma Nova Era” é o título do livro psicografado por Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, copyrigth 2012, e refere-se à transição planetária pela qual passa o nosso planeta, não só do ponto de vista geológico, mas principalmente no âmbito moral e espiritual. Aproveita a ocasião para nos informar que Espíritos evoluídos procedentes de outras dimensões descem às sombras da Terra atendendo ao apelo de Jesus.

Sobre as responsabilidades novas, enfatiza que os espíritas mais incautos podem ser presas de Espíritos voltados ao mal. Por isso, é imprescindível tomar-se para si mesmo os conselhos que vertem do Alto, em vez de os transferir para o seu próximo. Sugere que devíamos retornar às fontes evangélicas e às origens do movimento doutrinário totalmente destituídos de autoridades, de especialistas, de detentores de títulos universitários e arrogância intelectual.

Pelo fato de haver o desrespeito à vida e aos princípios éticos e morais, em que autoridades insanas entregam-se à corrupção, enquanto os cidadãos comuns jazem na miséria de todo tipo, sem esperança nem alegria de viver, fugindo pelas armadilhas da depressão, do suicídio, das drogas ilícitas, surge a necessidade de uma programação de alto significado espiritual, mas sem modificar a Codificação Espírita. Torna-se urgente que providências sejam tomadas, a fim de que não ocorra o mesmo que sucedeu ao Cristianismo nascente.

Planos de atividades a serem desenvolvidas e os lugares onde deveriam ser executadas. Além de Manoel de Philomeno Miranda, citamos: José Petitinga, Eurípedes Barsanulfo, Jesus Gonçalves, Dr. Bezerra de Menezes. Escolheram uma instituição, em plena atividade, e permaneceram ali durante trinta dias.

“Neste grave período de transição planetária para mundo de regeneração, aperta-se o cerco do sofrimento às criaturas humanas e os Espíritos resistentes no mal percebem que não poderão continuar nas façanhas infelizes a que se entregam. Em consequência, enfurecidos e revoltados, agridem com maior ferocidade aqueles que se lhes emaranham nos ardis, como se esperassem driblar os planos divinos”. Em vista disso, o abençoado reduto doméstico perdeu o rumo e a alucinação tomou conta de quase todos os segmentos sociais.

Naquela noite tinham que atender uma jovem acompanhante de cavalheiros solitários, que vivia do hediondo comércio do sexo sem responsabilidade. Simultaneamente, dependia de um explorador profissional que a exauria e a quem se entregava em busca de carinho na terrível solidão que sofria... Por isso, a lição da noite abordava o tema do perdão como condição primacial para a conquista da saúde e da paz.

Houve um grande esforço para impedir que jovem praticasse o aborto. Foram necessárias várias abordagens, no sentido de que ela se conscientizasse que a criança que ia nascer era a sua própria mãe, objeto de seu ódio, por tê-la iniciado na prostituição, desde tenra idade. Depois de reaver um passado de inter-relações, há o seguinte ensinamento: as divinas leis não são aplicadas em cobranças indébitas, mas sim em forma de mecanismos de reabilitação e de reequilíbrio.

Frases

"Espiritismo veio à Terra com a missão de restaurar a pulcra doutrina de Jesus".

"Impossível a treva resistir à luz e o ódio contrapor-se ao amor. A vitória, sem dúvida, será sempre do Eterno Bem".

"O tribunal a que se refere permanece na sua consciência, onde está escrita a lei de Deus".

"Não se brinca com as questões do Espírito imortal, nem se podem abandonar graves responsabilidades sem sofrer-lhes as consequências do ato leviano".

"Quando alguém sofre a indução malévola de espíritos desse teor, a sua organização psicofísica permanece intoxicada pelos fluidos venenosos aspirados, adaptando-se às circunstâncias doentias. Se, de repente, é liberada desse tônus enfermiço, sofre um colapso de interação mente-corpo e o paciente pode tombar na perda de memória, em alucinação, em distonia emocional".

"Grande desafio: Sem qualquer dúvida, a fim de que o mundo se transforme é necessário que haja a modificação do ser humano para melhor, por ser a célula máter da sociedade".

 

 

23 agosto 2023

Transição Planetária (Notas de Livro)

"Transição Planetária" é o título do livro psicografado por Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, datado de 2008. 

As grandes calamidades têm por finalidade convidar a criatura humana à reflexão em torno da transitoriedade da jornada carnal em relação à sua imortalidade.

Os problemas levantados: transtornos depressivos, drogadição, sexo desvairado, fugas psicológicas, crimes estarrecedores, desrespeito às leis e à ética, desconsideração pelos direitos humanos, animais e Natureza.

Os apóstolos da caridade do plano espiritual descem ao Planeta para ajudar nessa dolorosa transição.

Objetivo do livro: 1) Operações de socorro aos desencarnados, vitimados no Tsunami; 2) Contributo especial aos Espíritos dedicados às tarefas de reencarnação dos novos obreiros, terrestres ou voluntários de outra dimensão cósmica; 3) Interferência dos Espíritos infelizes, que se comprazem em manter o terrível estado atual de aturdimento.

Em se tratando do processo histórico das trevas, desde a antiguidade até os dias atuais, cabe ressaltar as claridades do Espiritismo que nos arrancaram desta densa treva interior, da ignorância e do abismo da loucura egotista.

Como ocorreu em outros orbes, a Mãe-Terra também ascenderá na escala dos mundos, conduzindo os seus filhos e aguardando o retorno daqueles que estarão na retaguarda por algum tempo.

O Reino de Deus está dentro de nós e é necessário ampliar-lhe as fronteiras para o exterior.

Por que o auxílio de Espíritos de outros orbes? Não tendo vínculos anteriores ficam mais livres ao trabalho de auxílio. Sendo mais adiantados, podem contribuir para a debelação do mal.

Expositores dedicados e médiuns sinceros estarão sendo convocados a participarem de estudos e seminários preparatórios, para que seja desencadeada uma ação internacional no planeta, inaugurando um novo período.

Antes, porém, de chegar esse momento, a violência, a sensualidade, a abjeção, os escândalos, a corrupção atingirão níveis dantes jamais pensados, alcançando o fundo do poço; depois, porém, haverá a integração no espírito cósmico da vida.

Aqueles que pensam que após a morte os justos repousam, equivocam-se, porquanto em todo o Universo vigora somente a lei da ação e da edificação.

Em todas as situações, recordai-vos que sois hóspedes do planeta em transição, convidados a torná-lo um paraíso, após as tormentas contínuas que o sacudirão.

Universidades para o aprofundamento dos conhecimentos mais avançados, preparando equipes de Espíritos iluminados pelo amor e pelas informações culturais, que têm por missão preparar as gerações novas e sucessivas em relação ao futuro da humanidade feliz.

O início da Era Nova programada por Jesus para o planeta amado, previa também o retorno de filósofos e sábios do passado.

Resposta à pergunta 540 de O livro dos Espíritos. "... E assim que tudo serve, tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo. Admirável lei de harmonia, de que o vosso Espírito limitado ainda não pode abranger o conjunto."

10 agosto 2023

Ingratidão

Bíblia pode ser vista como a história da gratidão e da ingratidão humana em vista dos bens concedidos por Deus. Os salmos, por exemplo, são ações de graças por bens alcançados por pessoas ou pelo povo. Neles, encontramos cânticos de alegria, de exaltação, de louvor e de glorificação a Deus. No Novo Testamento, a gratidão ocupa um lugar privilegiado. 

Reflitamos sobre a ingratidão. O que é? É a falta de reconhecimento, apreço ou gratidão por atos de bondade, favores, benefícios ou ajuda recebidos de outras pessoas. É a atitude daquele que não valoriza adequadamente as ações positivas realizadas em seu favor.

A ingratidão manifesta-se de diversos modos: ignorar os esforços feitos por outra pessoa, não reconhecer suas contribuições e agir de maneira hostil em relação a alguém que prestou auxílio. A ingratidão não se limita apenas aos favores materiais; aplica-se, também, a gestos de apoio emocional, conselhos, orientação recebidos de outrem sem a devida gratidão. A falta de gratidão pode levar a sentimentos de desapontamento, tristeza e até mesmo a deterioração de relacionamentos pessoais. 

Quais são as principais fontes de infelicidade? Perda de entes queridos, mortes prematuras, antipatias, ingratidão e doenças várias. Dentre elas, a ingratidão assume papel relevante. Como, porém, enfrentar essa situação? Lembrando-nos de que a ingratidão é filha do egoísmo e o egoísta encontrará mais tarde corações insensíveis como ele próprio o foi. Além do mais, a ingratidão é uma prova para persistência na prática do bem. Convém ter para com eles muita tolerância e paciência, assim como o Pai Celestial teve e está tendo para conosco.

Se soubéssemos, de antemão, o tributo de dor que a vida nos cobrará, evitaríamos o homicídio, a calúnia, a ingratidão e o egoísmo. O mesmo sucede com aquele que se esquiva do bem. O Espírito Emmanuel diz: "Se o desertor do bem conseguisse enxergar as perigosas ciladas com que as trevas lhe furtarão o contentamento de viver, deter-se-ia feliz, sob as algemas santificantes dos mais pesados deveres".

Quantos pais não são infelizes porque não combateram desde o princípio as más tendências de seus filhos? Mais tarde, quando sentem a ingratidão deles, sofrem o que semearam.

24 junho 2023

Ascensão Espiritual

Ascensão espiritual” é o título item que está inserido na segunda parte do livro Parábolas e Ensinos de Jesus, de Cairbar Schutel.

“Partiu, pois Jacó, de Berseba, e foi para Harã; chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o Sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar e a pôs por sua cabeceira e deitou-se naquele lugar.

“E sonhou: e eis que uma escada era posta na Terra, cujo topo tocava no Céu; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; e o Senhor estava em cima e disse: Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaac; essa Terra em que estás deitado ta darei a ti e à tua semente; e a tua semente será como o pó da Terra, e estender-se-á ao Ocidente, ao Oriente, ao Norte e ao Sul, e em ti na tua semente serão benditas todas as famílias da Terra. E eis que estou contigo e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta Terra; porque não te deixarei, até que haja feito o que te tenho dito.

“Acordado Jacó do seu sono, disse; na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não sabia.”

“Então levantou-se Jacó pela madrugada e tomou a pedra que tinha posto por sua cabeceira, e a pôs por coluna e derramou azeite em cima dela; e chamou o nome daquele lugar — Betel (Casa de Deus); o nome, porém, daquela cidade, antes era luz. E Jacó fez um voto dizendo: Se Deus for comigo, me guardar nesta viagem, e me der pão para comer e roupa para vestir; e eu em paz tornar à casa de meu pai; o Senhor será o meu Deus; e esta pedra que tenho posto por coluna será a casa de Deus e de tudo quanto me der pagarei o dízimo. (Gênese, XXVIII, 10-22.)

Ascensão espiritual é uma escada que vai da Terra ao Céu. Porém, na sua trajetória, o homem só pode subir esses degraus por meio da Revelação. O que a Revelação diz a Jacó? “Eu sou o Senhor, Deus de Abraão e de Isaac; esta Terra em que estás deitado te darei e a teus descendentes, que serão tão numerosos como as areias do mar, e estarei contigo e te guardarei onde quer que estejas e por onde quer que fores, porque não te deixarei.”

Comparando o sonho de Jacó com a parábola do filosofo. Na parábola do filósofo, há menção a uma cadeia de montanhas, na qual eleva-se aos ares um pico isolado, sobre o qual se percebe confusamente um antigo edifício. Deduz-se que os homens comuns caminham sem se elevar ao vértice da montanha, porque vão e voltam em delongas por caminhos que não os conduzem às alturas espirituais.

A cadeia de montanhas constitui as diversas religiões sacerdotais; o edifício antigo é a Revelação sobre a qual Jacó alicerçou toda a sua fé; as ervinhas suspensas aos flancos são as virtudes que nos conduzem ao amor a Deus e ao próximo; o declive, que atira os homens ao precipício, são as más paixões.

Quem é o viajante que subiu ao cume? O viajante que subiu ao Cume é Jesus, seguido de seus mensageiros, onde se destaca Allan Kardec, que nos ensinou o caminho para também galgarmos o ápice.

Em síntese, a ascensão espiritual é o resultado da mesma lei do progresso material e da evolução intelectual: tudo vibra tudo se harmoniza no amor e na solicitude de Deus para com todos os seus filhos.

Fonte de Consulta

SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e Ensinos de Jesus. [Segunda Parte: "Ensinos de Jesus" ("Ascensão Espiritual")]