"Menos com mais qualidade é
preferível a mais com menos qualidade."
Allan Kardec, quando codificou a Doutrina
dos Espíritos, chamou-nos a atenção para o problema do proselitismo, pois
achava que se alguém se interessava pelo espiritismo devia fazê-lo segundo sua
vontade e desejo. Nesse caso, não ia à busca das pessoas para deixarem a sua
doutrina e seguir a do Espiritismo. Para ele, ser espírita é um questão de
fórum pessoal, não imposto por terceiros.
Podemos, como dirigentes de Centro
Espírita, nos preocupar com a evasão de frequentadores e colaboradores;
contudo, há limites para tal preocupação. Antes de qualquer coisa, convém
verificar as razões pelas quais as pessoas estão deixando de frequentar a Casa
Espírita. Quantas não são as pessoas que não saem por que têm medo de serem
assaltadas? Há local para estacionar o veículo?
Suponha que os tarefeiros estejam saindo
para revigorar outras Casas Espíritas, que se localizam nas proximidades de
suas residências. O que isso nos mostra? Que o nosso trabalho está se
expandindo. Por que? Aquilo que a pessoa aprendeu num Centro Espírita está
sendo difundido em outro Centro Espírita. O que parecia uma perda é uma
multiplicação.
Suponha que a pessoa tenha realmente desistido da causa espírita. Mesmo assim
não com que se preocupar, pois chegado o momento ele voltará à causa espírita.
Tenhamos em conta que cada um de nós está num nível de entendimento e não nos
cabe julgar o procedimento deste ou daquele. Contudo, façamos sempre o melhor
para que a pessoa não foi embora por causa de nos imprevidência.
O esforço para compreender a evasão é
muito louvável, mas não nos esqueçamos de que os amigos espirituais estão
sempre nos secundando, assessorando, auxiliando o nosso trabalho, pois o
trabalho também é deles que querem que a Doutrina Espirita possa ser
passada para uma grande maioria de pessoas.