23 março 2012

Esperança e Religião

esperança consiste no desejo de um bem futuro. Quando o bem futuro é o Reino de Deus, ela transforma-se numa virtude religiosa. A esperança é essencial para a vida do homem. Isto porque a vida humana não se restringe a um dia, mas a um processo, longo e duradouro. A esperança pressupõe o encontro com o outro. Dentre as esperanças, há a grande esperança, que é o encontro com Deus, abrangendo toda a nossa vida. 

Nós, seres humanos, precisamos sonhar, imaginar o futuro, mesmo sabendo que muitos desses sonhos não se realizarão. O marxismo critica o cristianismo; acha que este é o ópio do povo, porque os seus adeptos transferem o gozo presente pelo gozo futuro, quando estarão no Reino do Céu.  Mesmo recebendo muitas críticas, o cristão verdadeiro continua a ter esperança, pois sonhar é viver.  

Esperança não é segurança. Desalentado, o homem procura substituir a esperança pela segurança: prova disso são o auxílio-doença, o seguro-desemprego e a aposentadoria. Esses auxílios nos fornecem uma garantia financeira, mas não criam a esperança. A esperança é liberdade, é a espontânea aceitação do futuro, com seus riscos, dissabores e, também, alegrias. 

Todo o Antigo Testamento constitui uma história da esperança, pois Israel sempre esperou o Deus que lhe desse a salvação universal, que é o reino de Deus. Abraão já abençoava os futuros povos. Os profetas pregavam contra as falsas esperanças: a força, o dinheiro, a riqueza e o poder. Deus viria testemunhar a justiça, trazer-nos a esperança e elucidar-nos sobre a transformação interior.

A mensagem de Cristo também se concentra na esperança, tendo por base a pregação do Reino de Deus. Ainda: “Jesus, na condição de mestre divino, sabe que os aprendizes nem sempre poderão acertar inteiramente, que os erros são próprios da escola evolutiva e, por isto mesmo, a esperança é um dos cânticos sublimes do seu Evangelho de Amor” (1).

Fonte de Consulta

IDÍGORAS, J. L. Vocabulário Teológico para a América Latina. São Paulo: Paulinas, 1983

(1) XAVIER, F. C. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1971. (cap. 75)

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ChatGPT (15/05/2023)

Esperança e religião estão frequentemente relacionadas, pois a religião muitas vezes oferece uma fonte de esperança para as pessoas. A esperança pode ser definida como a crença otimista de que algo desejado acontecerá ou que as coisas melhorarão. A religião, por sua vez, pode fornecer esperança de várias maneiras:

Significado e propósito: A religião muitas vezes oferece respostas e significado para perguntas fundamentais sobre a vida, como a origem, o propósito e o destino do ser humano. Acreditar em uma ordem divina ou em um plano maior pode dar esperança de que existe um propósito para as experiências e desafios da vida.

Vida após a morte: Muitas religiões ensinam a existência de uma vida após a morte ou de uma realidade espiritual além do mundo material. Essa crença pode proporcionar esperança de que a morte não é o fim absoluto e de que há uma continuidade da existência após a morte.

Providência divina: A crença em uma divindade benevolente pode oferecer esperança de que há um ser superior que cuida e se preocupa com as pessoas. Acreditar que um poder superior está envolvido nas circunstâncias da vida e que pode intervir para trazer ajuda e conforto pode trazer esperança em momentos difíceis.

Orientação moral e valores: As religiões geralmente fornecem um conjunto de princípios éticos e morais que orientam o comportamento humano. Esses valores podem oferecer esperança de que, ao seguir um caminho virtuoso e agir de acordo com as normas religiosas, as pessoas possam alcançar a paz, a felicidade e uma vida significativa.

Comunidade e apoio: A participação em uma comunidade religiosa pode oferecer um senso de pertencimento, apoio social e cuidado mútuo. Esse senso de comunidade e conexão pode trazer esperança de que as pessoas não estão sozinhas em suas lutas e dificuldades, e que há uma rede de suporte disponível para ajudar.

É importante ressaltar que a relação entre esperança e religião é complexa e pode variar de pessoa para pessoa. Nem todas as pessoas têm uma fé religiosa ou encontram esperança por meio da religião. A esperança também pode ser encontrada em outras fontes, como relacionamentos, conquistas pessoais, objetivos futuros, entre outros. A experiência de esperança é individual e pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo a espiritualidade e a fé religiosa.


  

17 março 2012

Influência e suas Consequências

Influência é o poder, o prestígio, a ascendência de uma pessoa ou de uma coisa sobre outra. É um poder que irradia valores, sentimentos, amor, conselho, edificação, ânimo e orientação do educador para o educando. Tem uma abrangência universal e onidirecional.

Vivemos no meio de raios, ondas, correntes, vibrações, mentes e mediunidade. A eletricidade e o magnetismo, o movimento e a atração palpitam em tudo. O veículo carnal é um turbilhão eletrônico regido pela consciência. 

Toda ação tem a sua consequência. O nosso modo de pensar influencia o nosso próximo, este o seu próximo, o seu próximo outro próximo e, assim, todos acabam influenciando o Planeta Terra que, por sua vez, influencia outros planetas. Pelo poder irradiante do pensamento, uma dor no outro lado do Planeta pode ser também nossa. Cada indivíduo, com os sentimentos que lhe caracterizam a vida, emite raios específicos e vive no meio de vibrações com as quais se identifica.

A influência no malSão os indivíduos que vivem constantemente com os pensamentos malsãos, muitas vezes chafurdados no crime, na destruição do próximo. As consequências deste tipo de comportamento não se restringem simplesmente a esta encarnação, mas pode ser estendida para as próximas. Os que reencarnam com paralisia e impedimentos físicos diversos podem ser exemplos claros dos hábitos menos felizes do passado delituoso.

A influência no bem. As pessoas que pensam e praticam o bem exalam simpatia, amor e compaixão. Quando nos aproximamos delas, sentimos um bem-estar sem tamanho. Se, as consequências para quem pratica o mal são lastimosas, estas são prestimosas, pois nos dão mais liberdade de ação e mais conforto em nosso desencarne. É a coroação da passagem pela porta estreita dos sofrimentos, pela renúncia aos desejos, pela prática incessante da caridade. 

Seja qual for o problema que nos visite, esforcemo-nos por manter os nossos pensamentos elevados. Com isso, influenciaremos positivamente aqueles que nos rodeiam.




07 março 2012

Dinheiro

dinheiro é o símbolo de riqueza, poder e prestígio. Ele é o deus deste mundo, sob o qual se prostram todos os seus adoradores. Pode ser um elemento-chave de pensamento, que condiciona o ser humano por toda a sua vida, deixando em segundo plano os valores de amor, fidelidade e religiosidade. Interpretando-o como uma forma de miséria humana, Papini diz que o dinheiro é o “excremento” corrompido do diabo.

Até o limiar da época moderna, usávamos o termo “riqueza” para designar a posse de bens materiais, tais como, casas e terrenos; a partir da Idade Média, com a expansão do comércio, o dinheiro adquiriu o estatuto de riqueza a ponto de se tornar o seu sinônimo para a maioria das pessoas. Posteriormente, a sua acumulação passa a ser um dos principais objetivos da atividade econômica, caracterizando e fortalecendo o sistema capitalista de mercado.

Embora o dinheiro tenha adquirido o status de riqueza, ele é simplesmente um meio de troca. Em vez de usarmos sal, boi e farinha, optamos pelo dinheiro, pela sua facilidade nas transações de mercadorias. Que necessidade de dinheiro teria o indivíduo numa ilha solitária, como aconteceu com Robinson Crusoé? Uma faca e uma vara de pescar teriam mais utilidade. Foi mais por causa do cosmopolitismo que virou sinônimo de riqueza. Daí, a impressão de que quanto mais dinheiro mais rico o indivíduo é.  

Em se tratando do aspecto religioso, Jesus Cristo compara o dinheiro ao deus Mamon, que compete com do Deus verdadeiro, enaltece o óbulo da viúva e profere a frase: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Seguindo os seus exemplos, os primeiros cristãos vendiam os seus bens e com o dinheiro arrecadado socorriam aos mais pobres em suas necessidades.

O dinheiro é ao mesmo tempo expressão de grandeza e de perdição. O problema está na sua posse. Por isso, o apóstolo Paulo, em I Timóteo, 6,10, diz-nos: “A paixão pelo dinheiro é a raiz de toda a espécie de males e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. Acrescentemos, também, a frase: “Pois que aproveitaria ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma?” — Jesus (Marcos, 8,36).

Se não prestarmos atenção, tudo gira em torno do dinheiro: arte, filosofia, cultura e mesmo a religião eletrônica. Lembremo-nos, assim, do dístico evangélico de repartir com o próximo o que Deus nos ofertou, quer seja dinheiro, tempo e recursos pessoais.

Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/dinheiro






06 março 2012

Consciência (Moral)

consciência, em seu sentido amplo, é a capacidade de perceber as realidades internas e externas. A consciência moral, por sua vez, é a capacidade de o ser humano avaliar interiormente o que há de bom ou de ruim em uma dada ação. Quando falamos em consciência moral, devemos fazer uma diferença substancial entre a lei, que são normas gerais, e a consciência, que avalia o “hic et nunc” de cada ação. 

Na pergunta 621 de O Livro dos Espíritos, os Espíritos orientam-nos que a lei de Deus está escrita na consciência do ser. Estar escrita é o que há de inato na consciência. Contudo, a lei de Deus precisa ser atualizada, lembrada e esclarecida, para que se torne algo natural em cada uma de nossas ações. Disso resulta que o imperativo “faça isso” ou “não faça aquilo” seja exercitado com o mínimo de consequências negativas, no sentido de evitar a culpa, o remorso e coisas semelhantes.

Na Bíblia, a consciência é designada de “coração”, tendo uma dimensão interior e exterior. No mito do paraíso, Adão e Eva, por exemplo, passam pelo drama da consciência humana: de um lado a ordem divina; do outro, a serpente, que lhe sugere o mal. Nesse caso, eles agem livremente mesmo contra aquilo que sua consciência lhes aponte como justo. No relato de Caim e Abel, nota-se a consciência tisnada após o crime. Diante desses e de outros deslizes, há os profetas, que constituem a consciência social, aqueles que vêm nos lembrar, despertar a nossa consciência para o bem e a verdade.

Ao longo do tempo, porém, a lei escrita teve mais peso do que a lei moral. Os fariseus, por exemplo, quiseram aplicar a lei de forma objetiva e calculada. Jesus Cristo, ao contrário, procurou combater a moral exterior. Em Lucas 11, 33 a 35, ele diz: “E ninguém, acendendo uma candeia, a põe em oculto, nem debaixo do alqueire, mas no velador, para que os que entram vejam a luz. A candeia do corpo é o olho. Sendo, pois, o teu olho simples, também todo o teu corpo será luminoso; mas, se for mau, também o teu corpo será tenebroso. Vê, pois, que a luz que em ti há não sejam trevas”.  

Paulo, em suas epístolas, desenvolveu a doutrina da consciência. Para ele, a moralidade não pode estar atrelada à Lei, que é exterior, mas ao coração, que é interior. Em Romanos 2, 14 e 15, ele diz: “Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram à obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os”.

É lastimável a disseminação do medo, da culpa e do individualismo no mundo moderno. Para desviarmos os seres humanos desse matiz, aceleremos, desde a infância, a reta formação da consciência.

Fonte de Consulta

IDÍGORAS, J. L. Vocabulário Teológico para a América Latina. São Paulo: Paulinas, 1983.