Ciência Espírita e
suas Implicações Terapêuticas é um livro do professor José
Herculano Pires, cuja primeira edição data de 1979. Nesse livro, o autor
discorre sobre os princípios da terapêutica espírita, os vícios e as
perversões, a concepção errônea da homossexualidade, as curas, a psiquiatria
espírita, os imponderáveis da cura espírita, as manifestações espirituais em
crianças, a situação perigosa dos médiuns de cura, entre outros.
Algumas notas:
Diz-se que o
Espiritismo é ciência, filosofia e religião. Em se tratando da ciência
espírita, devemos fazer uma ressalva, ou seja, a ciência espírita utiliza o
mesmo método das ciências naturais, mas como os métodos da ciência natural não
podiam ser aplicados a fenômenos extrafísicos, estabeleceu-se o princípio da
adequação do método ao objeto. Na ciência espírita, devemos nos valer da
percepção extra-sensorial, ou seja, da mediunidade.
Na terapêutica
espírita, convém realçar que a mediunidade independe da moral do médium.
Contudo, considerada como instrumento cognitivo, depende estritamente da
moralidade. Quer dizer, quanto mais o médium estudar e mais se preparar para o
trabalho de auxílio aos seus irmãos de jornada, mais receberá a influência dos
Espíritos de luz, que o guiarão na sua missão curadora.
A terapia espírita
para o tratamento de vícios e perversões consiste num processo oral de
persuasão, conhecido como doutrinação. Conseguindo-se levar o espírito obsessor
e sua vítima a se convencerem da necessidade e da conveniência de abandonarem o
vício, ambos se curam. É um trabalho de paciência e perseverança, pois as
dificuldades são imensas, especialmente as que se referem à fraqueza
humana.
As dificuldades nas
curas pela terapia espírita decorrem, portanto, de nossas atitudes e ações no
passado e no presente. Se prejudicamos a evolução de criaturas e comunidades em
nossas vidas passadas, é natural que agora tenhamos de suportar as
consequências de tais ações.
Concepção errônea da
homossexualidade. Ver num jovem efeminado a reencarnação de uma mulher
pervertida é fugir à realidade universal das perversões masculinas, sempre mais
brutais que as femininas.
Na terapia espírita,
convém não ter muita pressa com os resultados. Ao lado da dor material, há o
problema moral. Muitos problemas exigem tempo de maturação para terem a solução
definitiva.
Fonte de Consulta
PIRES, José Herculano. Ciência Espírita e suas Implicações Terapêuticas. Editora Paideia