30 junho 2021

As Trevas (Nosso Lar)

"As Trevas" é o título do capítulo 44 do livro Nosso Lar, pelo Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier. Treva significa escuridão, privação ou ausência de luz. Está associada às coisas negativas, aos abismos, aos lugares inferiores e subterrâneos.

No começo deste capítulo, enuncia-se o caráter fundamental do ambiente, evidenciando-se que cada criatura viverá daquilo que cultiva. Quem enaltece a tristeza e a doença nelas permanece. Não há mistério algum. É a lei da vida. Nas reuniões em que há a fraternidade e o bom ânimo, as pessoas sairão mais fraternas e mais animadas. Nas reuniões em que predominam o egoísmo e o orgulho, as pessoas sairão mais egoístas e mais orgulhosas. 

Lísias, o assistente instrutor, fora arguido sobre os círculos da Terra, do Umbral e das Trevas. Para ele, chamamos Trevas às regiões mais inferiores que conhecemos. Espíritos resolutos marcham sem tréguas para o alvo. A maioria, no entanto, estaciona. Há Espíritos que ficam séculos e séculos perambulando pelo Umbral; outros preferem os caminhos escuros do egoísmo, estacionando no fundo do poço por tempo indeterminado.

Em resposta à dúvida de somente os encarnados serem suscetíveis dessas quedas, diz: "Em qualquer lugar, o espírito pode precipitar-se nas furnas do mal, salientando-se, porém, que nas esferas superiores as defesas são mais fortes, imprimindo-se, consequentemente, mais intensidade de culpa na falta" cometida. Nega, também, que o conhecimento da verdade e o auxílio superior sejam os antídotos ao veneno da vaidade e da tentação. Quantos não são os que exploram os mais fracos, ouvindo elevadas revelações da verdade superior. A maioria dos verdugos da Humanidade constitui-se de homens eminentemente cultos

Questão: Onde está localizada a zona de Trevas? Se o Umbral está ligado à mente humana, onde ficará semelhante lugar de sofrimento e pavor? Resposta: Há esferas de vida em toda parte: não só para cima, como para baixo, isto é, nos mares e no amago da terra. A Terra é organização viva, possuidora de certas leis que nos escravizarão ou libertarão, segundo nossas obras.

Conclusão: Qual acontece a nós outros, que trazemos em nosso íntimo o superior e o inferior, também o planeta traz em si expressões altas e baixas, com que corrige o culpado e dá passagem ao triunfador para a vida eterna.




28 junho 2021

Matéria Mental

"Matéria Mental" é o título do capítulo IV de Mecanismos da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier. Primeiramente, entende-se por matéria a substância, aquilo que tem extensão no espaço e no tempo. Designação de tudo o que ocupa lugar no espaço e possui massa. Modernamente, a matéria é considerada como uma forma de energia, baseada na fórmula E = mc2, em que E (energia), m (massa) e c (velocidade da luz no vácuo)

O Pensamento do Criador se expressa por meio do Fluido Elementar ou Hálito Divino. Na superposição ao Pensamento do Criador, encontraremos a matéria mental que nos é própria, em agitação constante, plasmando as criações temporárias, adstritas à nossa necessidade de progresso. O pensamento é o fluxo energético do campo espiritual de cada criatura, que gradua nos mais diferentes tipos de ondas, que vão desde os raios super-ultra-curtos até às ondas fragmentárias dos animais.

Segundo o Espírito André Luiz, o pensamento é matéria mental. Isto acontece porque as leis de formação das cargas magnéticas ou dos sistemas atômicos prevalecem, sob novo sentido, compondo o mar de energia sutil em que todos nos achamos submersos. Além disso,  em vista da ausência de terminologia analógica para estruturação mais segura de nossos apontamentos, usamos os princípios de “núcleos, prótons, nêutrons, posítrons, elétrons ou fótons mentais”.

Os pensamentos podem produzir diferentes tipos de ondas mentais. Assim, as ondas mentais podem ser: muito longas (simples sustentação da individualidade), médias (quando há oração e reflexão) e curtas (emoções profundas, dores indizíveis, laboriosas concentrações). Por isso, a indução mental será tanto maior quanto mais amplos se lhe evidenciem as faculdades de concentração e o teor de persistência no rumo dos objetivos que demande.

As formas-pensamentos podem ser resumidos da seguinte forma: "Emitindo uma ideia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, ideia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim, espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir".

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/mat%C3%A9ria-mental


Dominação Telepática

"Dominação Telepática" é o título do capítulo XIX do livro Nos Domínios da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Candido Xavier. Antes de tratarmos do capítulo em si, observemos que a telepatia é a comunicação direta de uma mente para outra sem quaisquer intermediários

Caso: esposa entra mentalmente em litigio com a amante de seu marido.

Anésia, mãe de três filhas, com sua mãe doente e prestes a desencarnar, defrontava-se com a luta íntima, dramática, de vez que Jovino, o esposo, vivia sob a estranha fascinação de outra mulher. Jovino, por sua vez, deixou-se dominar pelos pensamentos da nova mulher. Em tudo que fosse fazer, era ela sempre ela a senhorear-lhe a mente desprevenida.

Pergunta-se ao assistente Áulus sobre a possibilidade de ele interferir no caso. Ele responde que não é conveniente estabelecer medidas drásticas sem antes auscultar o caso na sua intimidade. Convém, antes, analisar o passado para concluir sobre as raízes da ligação a que nos reportamos. Depois, acrescenta: estará descendo Jovino a impressões do pretérito? não será uma provação que o nosso amigo terá traçado à própria consciência, com finalidade redentora, e à qual não sabe agora como resistir?

Em conversações dentro do lar, Anésia pede para Jovino participar das preces. Disse não concordar com o pedido da esposa, alegando que tratar dos seus negócios era muito mais importante. Anésia insiste e diz que o acha muito ausente. Ele, por sua vez, retruca alegando que precisa de dinheiro e deve cuidar dos negócios em primeiro lugar. 

Em vista do exposto, Anésia se vê envolta em reclamações silenciosas. Na análise da situação, os mentores observam: "vimos de novo a mesma figura de mulher que surgira à frente de Jovino, aparecendo e reaparecendo ao redor da esposa triste, como que a fustigar-lhe o coração com invisíveis estiletes de angústia, porque Anésia acusava agora indefinível mal-estar"

As consequências dos pensamentos de revide não muito salutares. "À medida, porém, que Anésia monologava intimamente em termos de revide, a imagem projetada de longe abeirava-se dela com maior intensidade, como que a corporificar-se no ambiente para infundir-lhe mais amplo mal-estar" Este conflito se repetiu por várias semanas. Teonília, auxiliar do mundo espiritual, temia pela saúde de Anésia. Nesse sentido, Áulus deu-se pressa em aplicar-lhe recursos magnéticos de alívio e, desde então, as manifestações estranhas diminuíram até completa cessação.

Depois do refazimento de Anésia, o assistente explica: "Jovino permanece atualmente sob imperiosa dominação telepática, a que se rendeu facilmente, e, considerando-se que marido e mulher respiram em regime de influência mútua, a atuação que o nosso amigo vem sofrendo envolve Anésia, atingindo-a de modo lastimável, porquanto a pobrezinha não tem sabido imunizar-se com os benefícios do perdão incondicional". Este fenômeno é muito comum. É a influenciação de almas encarnadas entre si que, às vezes, alcança o clima de perigosa obsessão. Por trás deste fenômeno está o problema da sintonia entre almas. 

A melhor maneira de solucionar a questão da antipatia contra nós é recusar-lhe o combustível, como se faz na prevenção do fogo. Por isso, o vigiar e orar e a reiteração da fé em Deus e nos protetores do espaço. 



25 junho 2021

Mensagem aos Médiuns

O Espírito Emmanuel, no capítulo 11 - "Mensagem aos Médiuns", do livro Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, exorta a todos os que se entregaram na Terra à missão da mediunidade, dando nos conta que em nossa época esse posto é de renúncia, de abnegação e de sacrifícios espontâneos. Desdobra-se em:

Vigiar para vencer. Como a Terra ainda é um orbe de sombras e de lágrimas, toda a tentativa para a  divulgação da verdade, esbarra com poder das trevas. Por isso, há inúmeras tentações que se infligem nos seres humanos, principalmente os médiuns. Para que estes não sucumbam ao poder do maligno, urge acionar, imperiosamente, os verbos vigiar e orar. 

Quem são os médiuns na sua generalidade. Estes não são os missionários; são, pelo contrário, aqueles indivíduos que fracassaram desastradamente, distanciando-se das leis divinas, e que resgatam, sob o guante do sofrimento, o passado obscuro e delituoso. Muitos deles tombaram dos cumes sociais, pelos abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência, e que regressam ao orbe para resgatar aquelas almas que desviaram da senda do progresso. 

As oportunidades de sofrimento. Em muitas existências dos médiuns, observa-se romances dolorosos, vidas amarguradas e dificuldades sem conta. Nesse sentido, é necessário que reconheçam este sofrimento como uma oportunidade valiosa que a Providencia lhes oferece para que readquiram a saúde dos seus organismos espirituais, enfraquecidos nos excessos do vinho sinistro, dos vícios diversos e do despotismo. 

Necessidade de exemplificação. Todo o médium sincero deve identificar-se com os padrões evangélicos idealizados por Jesus. Entre os ensinamentos, salientamos a afirmação do Mestre: "Dai de graça o que de graça receberdes". Deve, assim, evitar os ambientes nocivos e viciosos. Por outro lado, não deve encarar a mediunidade como dom ou como privilégio, mas uma oportunidade bendita de reparar erros de outras épocas. 

O problema das mistificações. Ninguém está isento de erros e paixões, bem como das investidas das mistificações. Tendo o Evangelho de Jesus no coração, poderá amenizar esses problemas, pois o que conta é a intenção de seguir a verdade e praticar ininterruptamente o bem ao próximo. O médium deve,  assim, permanecer na fé, na esperança e na caridade ensinada por Jesus. 

Apelo aos médiuns. "É preferível viver na maior das provações a cairdes na estrada larga das tentações que vos atacam, insistentemente, em vossos pontos vulneráveis". Aquele que se apresenta ao mundo espiritual como vencedor de si mesmo é maior do que qualquer dos generais terrenos. 



23 junho 2021

Paulo e Estêvão (Livro)

Paulo e Estêvão é um livro, copyright 1941, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, que busca recordar os testemunhos e os sacrifícios de um coração que se levantou das lutas humanas para seguir o mestre Jesus. 

Antes de falarmos de Paulo, recordemos de Estêvão, pois Paulo não poderia existiria sem a presença de Estêvão. Estêvão, irmão de Abigail, filho de Jochedeb, preso e deportado como escravo. Depois de contrair malária, é deixado no porto de Jope. Posteriormente, os ladrões que levaram o seu dinheiro deixam-no na casa do "caminho". Torna-se um defensor e divulgador da Boa-Nova de Cristo. Seu conhecimento e sua calma provocam a ira de Paulo. 

As vidas de Paulo, Estevão e Abigail estão entrelaçadas. Abigail, irmã de Jesiel (Estevão), desde a prisão deste não teve mais notícias do seu paradeiro. Ela é  noiva de Saulo. Estava sempre lhe pedindo notícias do irmão. Certo dia, convidou-a para apresentá-la à sua família e, ao mesmo tempo, para assistir ao apedrejamento de Estêvão. Quando Estêvão está prestes a morrer, ela descobre que Estêvão é Jesiel, seu irmão. De posse dessa informação, Saulo desfaz o noivado. 

Depois da morte do irmão e do abandono do noivo, Abigail fica muito doente. Durante esse período, entra em contato com Ananias, um dos homens do "Caminho", que a introduz no conhecimento do Evangelho de Jesus. Depois de muito tempo, Saulo resolver visitá-la e fica sabendo das suas ideias cristãs, transmitidas por Ananias. Após a morte da noiva, tem um único objetivo: prender Ananias. No caminho de Damasco tem uma visão de Jesus e ouve: "— Saulo!... Saulo!... por que me persegues?"

Ananias exerceu papel importante na conversão de Saulo ao cristianismo, pois a ovelha perseguida foi buscar o lobo voraz. Uma vez compenetrado do alcance das ideias cristãs, Paulo não mediu esforços na divulgação da Boa-Nova. Depois de se tornar cristão, começa a sentir na pele os sofrimentos e as angústias daqueles que escolhiam o caminho da cruz com o Cristo. De perseguidor passa a ser perseguido. 

Este livro deixa-nos uma lição muito importante, ou seja, a mudança radical de um Espírito encarnado: quando era Saulo, defendia ferrenhamente o Velho Testamento; na figura de Paulo, não mediu esforços para a divulgação da Boa-Nova. 

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/paulo-e-est%C3%AAv%C3%A3o-livro


21 junho 2021

Conversão de Taciano

"Dificilmente, à distância de séculos, poderá alguém perceber, com exatidão, a sublimidade do Cristianismo primitivo." (Ave, Cristo!)

O Espírito Emmanuel, em Ave, Cristo!, copyright 1954, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, narra alguns episódios do Cristianismo do século III. Nesse romance, trata das lutas e sacrifícios dos cristãos, sempre perseguidos pelo poderio romano. Mas, o enredo fundamenta-se na conversão de Taciano ao Cristianismo.

Os adeptos do cristianismo primitivo, experimentados pelo dor, tratavam todos como irmãos de fé. Cada crente orava para servir e dar, em vez de orar para ser servido e receber. "Os cristãos eram conhecidos pela capacidade de sacrifício pessoal, a bem de todos, pela boa vontade, pela humildade sincera, pela cooperação fraternal e pela diligência que empregavam no aperfeiçoamento de si mesmos. Ao invés de fomentarem discórdia e revolta, entre os companheiros jungidos à canga da escravidão, honravam no trabalho digno a melhor maneira de amparar-lhes a libertação".

Nota-se o esforço de Quinto Varro, que reencarnou duas vezes, no intuito de auxiliar o seu filho Taciano no que tange à aceitação dos princípios evangélicos disseminados por Jesus Cristo. Numa encarnação Quinto Varro é pai de Taciano, que por ter aderido ao cristianismo, perde a esposa e, posteriormente, acaba sendo morto por defender as ideias cristãs. Reencarna alguns anos depois, agora como Quinto Celso, e torna-se filho adotivo de Taciano. Presos com os cristãos, morrem juntos. Dá-se por concluída a sua tarefa.   

Eis a frase colhida no final do romance: "— Meu filho! meu filho!... — soluçava Taciano, feliz, tateando o corpo de Celso, cujas mãos de carne não mais poderiam acariciá-lo — eu senti o poder do Cristo em mim!... agora, eu também sou cristão!... 

— Ave, Cristo! os que vão viver para sempre te glorificam e saúdam! 

Detalhe: nas mais diversas dificuldades em que se encontravam os seguidores de Cristo, sempre havia uma mão amiga para socorrer. 



17 junho 2021

Padre Damiano e o Heroísmo de Alcione

O Espírito Emmanuel, em Renúnciacopyright 1942, livro psicografado por F. C. Xavier, narra o martírio, o sacrifício e o heroísmo de Alcione, Espírito já iluminado, que se predispõe a reencarnar na Terra com o objetivo de salvar a sua alma gêmea, Carlos. Este romance passa-se na França, Espanha, Irlanda e Américas, século de Luís XIV. Há um entrelaçamento de famílias, em que a mãe de Alcione, Madalena Vilamil, casada com Cirilo, é traída por Susana Duchesne, que tempos depois, torna-se esposa de Cirilo. 

O padre Damiano exerce papel importante no entrelaçamento dos personagens, pois a alma gêmea de Alcione, Carlos, é sobrinho dele. Porém, o padre Damiano não é um padre qualquer, pois mesmo seguindo a ortodoxia da Igreja, nos seus colóquios particulares, principalmente com Alcione e sua mãe, ensina-lhes sobre a pluralidade das existências, as questões das provas e expiações e a missão do Espírito encarnado.  

Alcione é a figura central do romance, Na infância, tem de cuidar da mãe, pois esta, depois de ter contraído a peste e do desaparecimento do marido, está sempre doente. No meio do caminho, aparece Robbie, portador de deficiência física, seu irmão de criação, exigindo-lhe cuidados especiais, inclusive aqueles concernentes à educação. Nesse meio tempo, o padre Carlos lhe é apresentado pelo padre Damiano, que insiste em desposá-la, mesmo que tenha que abandonar a batina.    

Num determinado momento, ao aceitar uma oferta de emprego, como serva, descobre que o proprietário do imóvel é seu pai, Cirilo, que está casado com Susana. Mesmo sabendo que ele é o seu pai desaparecido, mantém segredo sobre o assunto, pois achava que a sua missão era consolar as suas almas, principalmente a da sua esposa que, por egoísmo, praticara um ato abominável, anunciando que Madalena havia desencarnado durante a peste devastadora.  

O padre Carlos, por amor de Alcione, abandonou a batina. Procurando Alcione para propor-lhe casamento, recebe desta um apelo de adiamento, pois Alcione achava que não tinha ainda terminado a sua missão entre os seus familiares, mas tão logo se sentisse livre, iria procurá-lo. Tempos depois, com a morte de sua mãe, do seu pai e de Robbie, sente-se livre e vai em sua busca. Quando o encontra, este já está casado com outra mulher. 

Em vista disso, entra no convento. Em seus trabalhos no convento, entra em atrito com o Santo Ofício. Fica presa em condições insalubres e sua saúde se definha lentamente. Prestes a desencarnar, recebe a visita de Carlos, agora revestido de autoridade do Santo Ofício e responsável pela sua sorte na cárcere. 

 


04 junho 2021

Sacrifício e Libertação

O Espírito Emmanuel, em 50 Anos Depois, narra a sua volta na indumenta de um escravo, chamado Nestório, que tinha um filho, chamado Ciro. Os dois são mortos por defenderem a doutrina cristã. Nesse romance, contudo, destaca-se a jornada emancipadora de Célia, filha de Helvidio Lucius e Alba Lucínia.

Nestório era escravo de Helvídio Lucius. Seu filho Ciro, também. Acontece que Célia ama perdidamente Ciro, mas esse amor é proibido, por causa dos costumes da época. Este seria o primeiro momento doloroso no seu trajeto de vida.

O segundo momento é quando Hatéria, cumplice de Cláudia Sabina, deixa uma criança no quarto de Alba Lucínia, com o fim precípuo de forjar um adultério com o marido de Cláudia Sabina. Tentando defender a mãe, toma o filho (Ciro reencarnado) como seu. Consequentemente, é expulsa pelo pai, tendo-a como morta.

Depois de algum tempo, Ciro desencarna.

Posteriormente, encontrou um cristão, que queria levar a sua filha (já morta) para um mosteiro, mas tinha que se disfarçar de homem, pois lá não permitiam mulheres. Aceitou a sugestão, e eis que se transforma no irmão Marinho, sendo aceito no referido mosteiro.

Brunehilda, filha de Menênio Tulio, tinha certa atração pelo irmão Marinho, mas este não lhe dava muita atenção. Tendo um filho (Ciro reencarnado novamente), leva-o ao mosteiro e diz que o pai é o irmão Marinho. O irmão Marinho teve que sair do Mosteiro, mas conseguiu uma choupana ali perto onde desenvolveu as práticas do evangelho e os passes de cura.

Depois de algum tempo, Ciro desencarna novamente. O irmão Marinho, contudo, viveu mais algum tempo, e também desencarna.

No final do romance, há um acerto de contas. Mas enquanto Célia liberta-se do jugo da matéria, todos os componentes do grupo têm que voltar à vida na matéria para os devidos reajustes de rumo.