26 janeiro 2019
Mecanismos da Mediunidade (Livro)
20 janeiro 2019
Engana-se Quem Quer Enganar o Outro
Uma pessoa (da Visa) liga para você e diz
que seu cartão foi clonado. O valor da compra é R$ 4.750,00 (quatro mil
setecentos e cinquenta reais). Depois de se certificar que o cartão está com
você, ela pede para cortá-lo ao meio e, ao mesmo tempo, declarar, por escrito,
que você não teve nada a ver com a referida compra. Para encerrar a conversa,
pede para você digitar a senha, pois esta precisa ser cancelada. Tudo com voz
magnética e hipnótica. O que leva uma pessoa a praticar esses atos? Tem ela
consciência das repercussões futuras? Como analisar o fato segundo a Doutrina
Espírita?
O Espírito André Luiz, no capítulo 4
("Matéria Mental"), de Mecanismos da Mediunidade, diz-nos que "Emitindo uma ideia,
passamos a refletir as que se lhe assemelham, ideia essa que para logo se
corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la,
mantendo-nos, assim, espontaneamente em comunicação com todos os que nos
esposem o modo de sentir". Importa aqui é saber o tipo de ideia que
estamos emitindo. É para o bem ou para o mal? Eis o problema.
Caráter e personalidade renegados em
segundo plano. Muitos, por falta de recursos financeiros ou para enriquecer
rapidamente, caem nessa falácia de enganar os outros. Contudo, nada fica impune
ante a Lei de Deus, que está escrita na consciência de cada um de nós. Mais
tempo ou menos tempo a nossa consciência busca ajustar-se à lei natural. Por
isso, todo o cuidado para não incorrermos em erros pois, mesmo que não sejamos
pegos pela justiça comum, a justiça divina é implacável.
É por essa razão que os Espíritos
superiores nos orientam a sofrer com paciência os males de nossa existência. A
vida, por mais longa que seja, é um segundo no processo de evolução como um
todo. Em casos desesperadores, a prece e a meditação ajudam sobremaneira a
mantermos o nosso equilíbrio físico e espiritual, e assim direcionarmos o rumo
no caminho à perfeição, cujo exemplo maior é Jesus Cristo, o nosso mestre por
excelência.
Paciência é a palavra mágica. Já o
evangelista Lucas (21,19) dizia que "Na vossa paciência possuíreis as
vossas almas". Ao redor de nós, vozes, sons e barulho do vizinho. Tudo
isso incomoda, mas se tivermos calma e exercitarmos a paciência, com certeza,
iremos construindo uma resistência interior tal como o relógio durante a
tempestade: lá fora, raios, trovões; dentro, o tique-taque sereno e tranquilo
marcando a passagem do tempo.
Em vez de xingarmos, detratarmos aquele
que nos enganou, aquele que quer tirar proveito de nossa simplicidade, oremos
por ele e peçamos a Deus que possa mudar o seu modo de vida, porque todos somos
parte da humanidade. As vibrações de paz e bom ânimo ao nosso próximo têm poder
transcendental.
17 janeiro 2019
Opressão
Parábola do Tesouro Escondido
Jesus, quando esteve
encarnado, desenvolveu grande parte de sua doutrina contando parábolas. A
parábola é uma pequena narrativa que usa alegorias para transmitir uma lição
moral. A Parábola do Tesouro Escondido está expressa em duas citações:
1) "O Reino
dos céus é semelhante a um tesouro que, oculto no campo, foi achado e escondido
por um homem, o qual, movido de gozo, foi vender o que possuía e comprou aquele
campo." (Mateus, 13, 44)
2) "O Reino
dos Céus é semelhante a um negociante que buscava boas pérolas; e tendo achado
uma de grande valor, foi vender tudo o que possuía e a comprou." (Mateus,
13, 46)
O Reino dos Céus
não é um lugar circunscrito, mas o estado da alma, com o grau de perfeição adquirido.
Por que é um tesouro oculto? Se estivesse à vista, não precisaríamos
procurá-lo. A busca envolve esforço, dedicação, perseverança. Importa mais
buscar o tesouro imperecível e não os que a traça corroí. Isso por que o
natural no ser humano é ter posses, bens físicos e usufruí-los nos gozos da
matéria.
A essência da
Parábola do Tesouro Escondido pode ser assim expressa: O homem terreno morre e
fica sem bens; o homem espiritual permanece para a vida eterna e o tesouro do
céu, que ele adquiriu, é o que leva desta vida. Quanto ao "não deis
pérolas aos porcos", podemos entender que os porcos não apreciam as
pérolas, mas milho e ração. Nesse caso, o Reino dos Céus é comparado a uma
pérola de valor raro.
Observamos que Jesus, nessas duas parábolas, enfatiza a felicidade e a ventura de quem encontra tais riquezas. Em ambas, predomina o sentido de transformação espiritual, pela aquisição de virtudes. Para tanto, o ser humano deve renunciar ao ponto de vista do mundo e aceitar as orientações dos mensageiros de luz, que desejam sempre o seu bem maior. O meio prático para tal transformação é o autoconhecimento, tal como Sócrates fazia na Antiguidade.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/par%C3%A1bola-do-tesouro-escondido
16 janeiro 2019
Assimilação de Correntes Mentais
"A mente permanece na base de todos
os fenômenos mediúnicos."
Nossa mente é um núcleo de forças
inteligentes. "Refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos na
direção dos outros as imagens que criamos". Os reflexos mentais favorecem
tanto a estagnação quanto o progresso. Nesse sentido, cada um vive no inferno ou
no céu que ele mesmo criou.
"Assimilação de Correntes
Mentais" é o título do capítulo 5 do livro Nos Domínios da Mediunidade, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz.
"Clementino avançou em direção de Raul Silva (dirigente encarnado), perto
de quem se postou em muda reflexão. Logo após, Áulus convidou-me ao psicoscópio
e, graduando-o sob nova modalidade, recomendou-nos acurado exame". O psicoscópio funciona à base de
eletricidade e magnetismo. Serve para auscultar a alma, com o poder de definir-lhe
as vibrações e com capacidade de efetuar diversas observações em torno da
matéria.
De posse do psicoscópio, qual foi a descrição
de André Luiz? Observou que o sistema nervoso, os núcleos glandulares e os
plexos emitiam luminescência particular. Justapondo-se ao cérebro, a mente
surgia como esfera de luz característica, oferecendo em cada companheiro
determinado potencial de radiação. O assistente Áulus aproveitou o ensejo e
disse que, em qualquer estudo mediúnico, não podemos esquecer que a individualidade
espiritual, na carne, mora na cidadela atômica do corpo.
Nosso
instrutor explicou-nos que, o benfeitor espiritual que ora nos dirige,
afigura-se mais pesado porque amorteceu o elevado tom vibratório em que respira habitualmente, descendo
à posição do instrutor encarnado, tanto quanto seja possível, para benefício do
trabalho que ora começa. Com isso, pode influenciar a vida cerebral do condutor
da casa. "A cabeça venerável de Clementino passou a emitir raios
fulgurantes, ao mesmo tempo que o cérebro de Silva, sob os dedos do benfeitor,
se nimbava de luminosidade intensa, embora diversa".
Notamos que a prece os reunia mais
fortemente entre si. O irmão Clementino, por sua vez, prestou seu serviço
emitindo jato de forças mentais sobre a organização psíquica de Silva, como a
corrente dirigida para a lâmpada elétrica. Clementino, no entanto, graduou o
pensamento e a expressão, de acordo com a capacidade do nosso Raul e do
ambiente que o cerca. A química do pensamento funciona da seguinte maneira: somos
naturalmente vítimas ou beneficiários de nossas próprias criações, segundo as
correntes mentais que projetamos.
Observação: no momento da prece, a comunhão entre Clementino e Silva foi o fenômeno da perfeita assimilação de correntes mentais que preside habitualmente quase todos os fatos mediúnicos.
Argueiro e a Trave, O
Argueiro é
um cisco. Quando cai no olho incomoda-nos sobremaneira. A citação bíblica sobre
o argueiro e a trave está assim expressa: "Por
que vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu
olho? Ou como dizes a teu irmão: Deixa-me tirar-te do teu olho o argueiro,
quando tens no teu uma trave? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e
então verá como hás de tirar o argueiro do olho de teu irmão." (Mateus, 7,
3-5)
Tópicos a serem
ponderados.
Vemos o mal alheio antes do próprio. Para julgar a nós mesmos precisaríamos nos
transportar para fora de nós e perguntarmos: Que pensaria eu, se visse alguém
fazendo o que faço?
Disfarce dos próprios defeitos. É pelo orgulho que disfarçamos nossos defeitos,
pois a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente.
O orgulho dificulta a nossa relação com o outro. Achando-nos melhores do que os outros, não vemos
as coisas como realmente são.
"Não julgueis para não serdes julgados". Com a mesma medida que avaliarmos os outros
seremos por eles medidos. Exemplo: mulher pega em adultério.
"Aquele que estiver sem pecado atire-lhe a
primeira pedra". Esta máxima faz da indulgência um
dever. Ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que nos
julgamos a nós mesmos.
Implicação de se reprovar o próximo. Quando nos tornamos culpado por aquilo que condenamos a nossa autoridade moral fica deteriorada.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/argueiro-e-a-trave-o
Ciências e Espiritismo
Quem precisa de quem? É
o Espiritismo que precisa da ciência ou a ciência que precisa do Espiritismo? O
Espírito Emmanuel, na pergunta 1 de O Consolador, esclarece-nos
que, embora
a necessidade não seja absoluta, a ciência é sempre útil. Na realidade, a
ciência é que tem necessidade do Espiritismo, cuja finalidade é a iluminação
dos sentimentos morais das criaturas. Neste livro, psicografado por Francisco Cândido Xavier,
Emmanuel faz uma análise das ciências fundamentais: a Química, a Física, a
Biologia, a Psicologia e a Sociologia.
A Química e a Física,
catalogadas como ciência material, estudam a ação íntima dos corpos, suas
relações entre si e as suas propriedades. A Psicologia e a Sociologia,
representando a tábua da conquista da ciência intelectual, examinam os
sentimentos e os problemas sociais. A Biologia é ciência da vida em suas
profundezas, revelando a transcendência da origem — o Espírito, o Verbo Divino.
Anotemos algumas das
questões para reflexão e análise.
Existe uma lei de
progresso para a individuação química (Pergunta 7)?
Como a lei de evolução
é universal, as individuações químicas possuem igualmente a sua rota para as
primeiras expressões anímicas. Posteriormente, a química biológica torna-se o
novo ciclo vital.
Como entender o
"nada se cria, nada se perde" dos químicos (Pergunta 11)?
O espírito humano não
cria a vida, o fluido vital. No entanto, todas as substâncias se transformam na
evolução para mais alto.
A substância é igual em
todos os mundos? Como compreender a revelação dos espectroscópios (Pergunta 22)?
O que se encontra no
todo, existe igualmente nas partes. Contudo, como a Terra é um planeta muito
singelo, o espectroscópio carece de propriedades para revelar tudo o que existe
em outros mundos.
Há órgãos no corpo
espiritual (Pergunta 30)?
O corpo físico é uma
exteriorização aproximada do corpo perispiritual, exteriorização essa que se
subordina aos imperativos da matéria mais grosseira.
A fecundidade e a
esterilidade são provas (Pergunta 40)?
No aspecto material,
sim. A esterilidade não existe para o espírito que, na Terra, ou fora dela,
pode ser fecundo em obras de beleza, de aperfeiçoamento e de redenção.
A psicologia freudiana
representa um traço de aproximação entre a Psicologia e o Espiritismo (Pergunta
45)?
Os preconceitos
científicos, por enquanto, impossibilitam a aproximação legítima da Psicologia
oficial e do Espiritismo. Somente com o Espiritismo poderão compreender que a
zona oculta (subconsciência) é o arquivo das conquistas pretéritas do espírito.
Tem o Espiritismo um
papel especial junto da sociologia (Pergunta 59)?
Como as conquistas da
civilização se subvertem no extremismos, o Evangelho do Cristo, segundo a
codificação espírita, esclarece os valores legítimos das criaturas.
Fonte de Consulta
XAVIER, Francisco
Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB,
1977.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/ci%C3%AAncias-e-espiritismo
15 janeiro 2019
Riqueza e Pobreza
Riqueza. Em sentido lato é
tudo quanto pode satisfazer uma necessidade ou um desejo. Em sentido restrito, são os bens ou riquezas, que têm um valor econômico, que são, por isso,
chamados de bens econômicos. Pobreza.
Pessoa que não tem condições básicas para garantir a sua sobrevivência com
qualidade de vida e dignidade.
A questão da
riqueza e da pobreza, ventilada por muitos pensadores, nunca teve uma solução
satisfatória. Por que razão? Porque carecem de uma visão mais ampla, em que se
leve em conta a lei da reencarnação. Há explicações paliativas sobre a possível
igualdade absoluta, como por exemplo, que a igualdade absoluta só existiria se
todos fossem semelhantes e precisassem da mesma quantidade de renda.
Pensando
apenas na vida atual, a riqueza e a pobreza têm solução pífia. Em termos matemáticos, a riqueza
igualmente repartida daria para cada um uma parte mínima e insuficiente; que,
supondo-se essa repartição feita, o equilíbrio estaria rompido em pouco tempo,
pela diversidade de caracteres e das aptidões. O princípio da reencarnação, adotado pelo Espiritismo, é
a base para entendermos as questões das desigualdades de riqueza e sociais. A
reencarnação mostra a justiça divina. No que tange à riqueza, todos passaremos
por ela, quer seja nesta vida ou em outras.
Deus criou todos os Espíritos iguais, mas cada
um viveu mais ou menos tempo e por conseguinte realizou mais ou menos
aquisições; a diferença está no grau de experiência e na vontade, que é o
livre-arbítrio: daí decorre que uns se aperfeiçoam mais rapidamente, o que lhe
dá aptidões diversas. Como os mundos são solidários, a mistura de aptidões é
necessária para a evolução da Humanidade: o que um não faz, o outro faz, e é
assim que cada um tem a sua função útil.
Ainda: a riqueza não é um mal em si mesma porque, em boas mãos, ela pode promover o desenvolvimento da indústria e do comércio, propiciando melhores condições de vida para os habitantes de uma dada região.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/riqueza-e-pobreza
&&&
Enquanto a pobreza de recursos materiais vive independente para a amizade e para a fé, para a confiança e para a compreensão, os detentores da fortuna amoedada vivem quase sempre prisioneiros da suspeita e da desilusão, nos tormentos da defensiva...
Há, porém, outros ricos com dificuldade ao acesso da alegria e da paz.
Ricos de exigências, de cólera, de melindres, de mentira... (XAVIER, Francisco Cândido. Instrumentos do Tempo, pelo Espírito Emmanuel, capítulo 17 — "Ante o Reino dos Céus")
Em Torno da Fixação Mental
"A ideia fixa pode operar a indefinida
estagnação da vida mental no tempo." (Espírito André Luiz)
O Espírito André Luiz, pela pena de Chico
Xavier, escreveu, em 1955, o livro Nos Domínios da Mediunidade. "Em Torno da Fixação Mental" é o capítulo
25 da referida obra e trata, principalmente da ideia fixa, que, segundo a
psicologia, tem relação com a depressão onde a pessoa pensa que nada vai dar
certo. Isto torna a pessoa debilitada, incapaz de reagir, que é profundamente
aumentado pela baixa da autoestima.
Falando sobre a cristalização das ideias, tomou
o exemplo do drama de nosso infortunado companheiro, há séculos imobilizado nas
ideias de vingança. Pergunta: estará nessa posição lamentável, por tantos anos,
sem ter reencarnado? O assistente Aulus esclarece que, depois da morte do corpo
físico, continuamos desenvolvendo os pensamentos que cultivávamos na
experiência da carne.
O estado da alma na Terra é simbolizado pela
reencarnação. A reencarnação é uma oportunidade de evolução. Se, por incúria, fracassamos, voltamos nos acertos da morte, para a retaguarda, onde nos confundimos com os retardados de toda espécie. Não podemos esquecer que a Lei traça princípios universais que não podemos trair. Por isso, "a ideia fixa pode operar a indefinida estagnação
da vida mental no tempo."
A imobilização da alma pode ser vista da
seguinte maneira: quando estamos felizes o tempo voa; tristes, não passa. Qualquer
grande perturbação interior (paixão, desânimo, crueldade...) pode
imobilizar-nos por tempo indefinível. É por isso que se diz que o relógio inflexível assinala o mesmo horário para todos; entretanto, o tempo é leve para os que triunfaram e pesado para os que perderam. A mente estacionária na deserção da lei sofre angustiosos pesadelos, despertando quase sempre em plena alienação.
Qual o remédio mais adequado à situação? Muitas delas se entendiam do mal e procuram a regeneração por si mesmas. Outras, porém, recalcitrantes e inconformadas, são constrangidas à reencarnação. Nesse caso, a reencarnação não será compulsória? Não é um ato de violência? Quando aparece um louco em nossa casa, não assumimos a responsabilidade do tratamento? O mesmo acontece com os desertores contumazes da Lei. Mesmo encaminhadas à reencarnação, o soerguimento é vagaroso. Observe as crianças retardadas, que necessitam do amor extremado dos pais.
E quanto aos esquizofrênicos e paranoicos? Estes perderam o senso das proporções, situando-se em falso conceito de si mesmos. Quase todas as perturbações congeniais da mente, na criatura reencarnada, dizem respeito a fixações que lhe antecederam a volta ao mundo.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/em-torno-da-fixa%C3%A7%C3%A3o-mental
Leis de Deus
Jesus, ao proferir o Sermão da Montanha,
disse: "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei
vós também a eles, porque esta é a lei e os profetas". (Mateus 7,12) Esta é a maior lei. Se
todos os viventes a colocassem em prática, nosso planeta Terra, com certeza,
respiraria outros ares, ares de bondade, fraternidade e respeito ao próximo.
Nessa frase sintética, Jesus nos ensinou que as leis de Deus não são dogmas,
rituais, mas leis naturais.
Allan Kardec, na pergunta 614 de O
Livro dos Espíritos, diz-nos que a lei natural é a lei de Deus. É a única
verdadeira para a felicidade da criatura humana. Indica-lhe o que deve fazer ou
deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta. Na pergunta 621, os
Espíritos de luz acrescentam que esta lei está escrita na consciência do ser
humano, ou seja, ninguém pode deliberadamente dizer que a desconhece, admitindo
sua ignorância por não atendê-la.
Todas as
leis da Natureza são leis de Deus, pois Deus é o Criador do Universo. As leis
da matéria são estudadas pelos cientistas que, pelos seus experimentos, ajudam
a humanidade em diversos pontos, tais como, engenharia genética, robótica,
sociologia, etc. O homem de bem, por seu turno, estuda as leis morais, os
ensinamentos trazidos por Cristo e tenta colocar em prática os conhecimentos espirituais
que daí dimanam.
Se o ser
humano traz na consciência a lei de Deus, há necessidade de ela ser revelada?
Na pergunta 621a de O Livro dos Espíritos, os Espíritos nos informam que
o homem a havia esquecido e desprezado; Deus quis que ela fosse lembrada. Daí,
a vinda do Cristo, animado do Espírito divino, e que foi o ser mais puro que já
apareceu na Terra. Os ensinamentos de Cristo devem ser como um modelo, um ideal
a ser alcançado. Por isso, muita calma quando não conseguimos colocar em
prática as suas máximas evangélicas.
Qual a utilidade da Doutrina Espírita,
codificada por Allan Kardec, se Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus?
Lembremo-nos de que os ensinos de Jesus, à semelhança de Sócrates, foram orais
e alegóricos. Isso dá margem a muitas interpretações e deturpações. Por isso, o
anúncio do Consolador Prometido, que daria uma explicação que fosse mais
inteligível para todos, e relembraria os verdadeiros ensinamentos do mestre
Jesus.
Para mais informações, reler o Livro Terceiro - "As Leis Morais" de O Livro dos Espíritos. Neste tópico, há o estudo das lei de adoração, lei do trabalho, lei de reprodução etc.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/leis-de-deus
14 janeiro 2019
Preparo do Trabalhador Espírita
O trabalhador espírita se encaixa em muitas situações e pode ser analisado sob diversos ângulos: instrutor, pesquisador, escritor, romancista etc. Geralmente, esta denominação presta-se mais ao trabalhador dentro de uma Casa Espírita, especificamente àquele que colabora nas sessões de passe, doando seus fluidos ou servindo de intermediário aos Espíritos, para o diálogo de entendimento e libertação.
A formação de um trabalhador espírita é obra de longo prazo, pois há muitos detalhes a serem lembrados. No Centro Espírita Ismael, que segue as linhas da Federação Espírita do Estado de São Paulo, a duração é de quatro anos, tempo este referente aos quatro anos do Curso de Educação Mediúnica. No Curso de Educação Mediúnica, há discussão sobre os aspectos teóricos e práticos da mediunidade. Além do aspecto técnico, há o estudo e reformulação dos hábitos e automatismos.
O preparo do trabalhador espírita deve começar logo pela manhã. Ao despertar, cultivar atitude mental positiva. Evitar deliberadamente rusgas e discussões, sustentando paciência e serenidade, acima de quaisquer transtornos que sobrevenham durante o dia. Na alimentação, nada de se empanturrar. Lembre-se de que quando o estômago está cheio, o cérebro fica inábil, pois a digestão consome grande parcela de energia, impedindo a função mais clara do pensamento.
O Espírito André Luiz, no livro Desobsessão, dá-nos mais orientações sobre o procedimento do trabalhador espírita:
- Antes das reuniões. Após o trabalho, seja de que espécie for, faça o horário possível de refazimento do corpo e da alma. Repouso externo e interno. Relaxe, com ideações edificantes. Abstenção de pensamentos impróprios. Aspirações para cima.
- Chuva e visitas inesperadas. O tarefeiro não se prenderá a problemas da chuva. Em se tratando das visitas, esclarecer o assunto delicadamente, empregando franqueza e humildade.
- Impedimentos naturais. Surgindo uma viagem, moléstia grave, é importante que o companheiro ou a companheira se comunique, rápido, com os responsáveis pela sessão, atentos a que se deve assegurar a harmonia do esforço de equipe tanto quanto possível.
- Trabalho de efeitos físicos. Em se tratando da preparação do médium, este é submetido a operações magnéticas destinadas a socorrer-lhe o organismo nos processos de nutrição, circulação, metabolismo e ações protoplásmicas, a fim de que seu equilíbrio fisiológico seja mantido acima de qualquer surpresa menos agradável.
- Pontualidade. A hora de início das tarefas (15 minutos antes da hora marcada) precisa mostrar-se austera, entendendo-se que o instante do encerramento é variável na pauta das circunstâncias.
Vedas, Os
Os Vedas - do sânscrito, conhecimento, saber sagrado, ou Livros da
Sabedoria, são a mais antiga literatura religiosa da Índia. É base
para o bramanismo, hinduísmo e, indiretamente, o budismo. Os primeiros livros
surgiram aproximadamente há 1500 a.C. Esses livros representam a fixação
escrita dos ensinos orais repetidos ao longo do tempo. Por isso, são também
conhecidos por Shruti (ensino oral). Admitiam 33 deuses, divididos em 3
grupos de 11, ocupando o Alto Céu, a Atmosfera e a Terra.
Veda é a sabedoria que se adquire por meio do ouvido, não pelos
olhos. Em lugar de "está escrito", usa-se o "está ouvido". As
principais coleções de textos podem ser assim divididas: o Rigveda
(o livro das orações e dos hinos) [parte mais antiga], o Yajurveda (o
livro das fórmulas de consagração), o Samaveda (o livro dos cânticos) e o Atarveda (um livro de encantamentos mágicos e especulação filosófica).
O componente
filosófico dos Vedas está contido nos Upanixades. Os Upanixades (sânscr. upanisad, o ato
de algo que se senta) são parte das escrituras Shruti hindus, que
discutem meditação e filosofia, e que a maioria das escolas do hinduísmo
consideram-nos como instruções religiosas. Constituem, também, o principal
comentário filosófico original às escrituras hindus. 12 de seus 123 livros são
considerados básicos por todos os hinduístas. Vedanta é a escola filosófica
hindu interessada em proteger a verdade literal dos Upanixades.
O deus
principal dos Vedas é Brama, ao qual associaram uma divindade conservadora
(Vixinu) e outra destruidora (Xiva), cuja trindade denominou-se Trimúrti. Desta
trindade, originou-se o regime de castas: da cabeça de Brama saíram os brâmanes
(sacerdotes e reis); do braço, os xátiras (guerreiros); da coxa, os vaicias
(negociantes e industriais) e dos pés, sudras (servidores). Abaixo de todas
elas havia ainda a dos párias, que não podiam morar nas cidades, nem manter
relações de quaisquer espécies com os membros das demais castas.
O sacrifício
tem destaque relevante no Vedismo. Como acreditam que os mortos têm necessidade
de alimentos para sobreviver, os deuses também; por isso, com a ajuda do fogo,
celebram sacrifícios em seu louvor, e que lhes vertam o soma, licor da
imortalidade. O sacrifício mantém os deuses; o sacrifício criou os deuses.
Assim, é o ato que criou o ser. Este sacrifício, por meio dos deuses, permite
satisfazer os desejos humanos: sobrevivência, longevidade, riqueza,
descendência masculina. A salvação é a salvação pelo sacrifício.
Fonte de
Consulta
BLACKBURN,
Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Consultoria da edição brasileira,
Danilo Marcondes. Tradução de Desidério Murcho ... et al. Rio de Janeiro: Zahar,
1997.
CHALLAYE, F. As Grandes Religiões. São Paulo: Ibrasa, 1981.
EDIPE - ENCICLOPÉDIA DIDÁTICA DE INFORMAÇÃO E PESQUISA EDUCACIONAL. 3. ed. São Paulo: Iracema, 1987.