“Quem não vive
conforme pensa, acaba por pensar conforme vive.” (P. Bourget)
Indiferença. Os gregos antigos
usavam o termo “adiáfora”. Para os cínicos e os estoicos, indiferentes são
todas as coisas que não contribuem para a virtude nem para a maldade. Nesse
sentido, eram indiferentes à riqueza e à saúde. Para a teologia, o termo
"indiferença" – aparentado aos de abandono e abnegação, mas não seu
sinônimo – designa a atitude de disponibilidade total perante
a vontade divina. Não se trata, portanto, de apatia ou desinteresse.
Ao refletirmos sobre
a indiferença, surge a problemática ética de saber se é possível haver atos que
não sejam bons nem maus. Em muitos casos, alguns atos aparentam ausência de
moral, mas é ilusório. Observe que, quer queiramos ou não, todos os nossos atos
são bons ou maus, pois todos os nossos atos implicam relação com a norma moral.
Deixar de fazer o bem é fazer o mal.
No âmbito da Doutrina
Espírita, temos:
Quantos pais não são
infelizes porque não combateram desde o princípio as más tendências de seus
filhos? Mais tarde, quando sentem a ingratidão deles, sofrem o que
semearam.
A indiferença como
fator positivo. A resignação ante as vicissitudes da vida dão ao espírito
confiança e serenidade quanto ao futuro. É o melhor preservativo contra a loucura e
o suicídio.
A principal virtude
de nossa época é o desenvolvimento intelectual. O principal vício é a
indiferença moral.
O Espiritismo nos faz ver as coisas do alto. Implica uma diminuição da
importância dos problemas terrenos. Com isso, elimina a ideia de abreviarmos a
nossa existência, entendendo que o Espírito é imortal e, mesmo cometendo o
suicídio, continua vivo no além-túmulo.
Quando não cultivamos
a verdadeira fraternidade, temos como consequência a ausência do amor. Quando
somos impermeáveis ao bem, tornamo-nos representantes do mal.
A importância do
outro na nossa evolução espiritual. Nós sempre precisamos do nosso próximo.
Tanto para ensinar como para aprender. Os que aprendem alguma coisa valem-se
dos que já passaram e não seguem além se não há interesse de seus
contemporâneos.
Fonte de Consulta
Enciclopédia
Luso-Brasileira de Cultura
KARDEC, A. O
Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.
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