09 abril 2015

O Médium e o Intercâmbio

FotoA mediunidade é meio de comunicação com os Espíritos, é um instrumento que necessita de aperfeiçoamento. Por isso, a importância dos cursos nos Centros Espíritas, principalmente os de Educação Mediúnica, bem fundamentados e com bons instrutores, para que os fundamentos doutrinários do Espiritismo sejam comunicados na sua maior pureza.

Hoje, observa-se que o progresso em todos os campos científicos depende em grande medida da capacidade de instrumentalização do ser humano. O que seria da Astronomia se ainda observássemos o espaço com as lunetas de Galileu? E da medicina, sem as imagens computadorizadas? E a comunicação de ideias, sem os recursos da Internet? Do mesmo modo, o médium precisa melhorar o seu instrumento, a sua capacidade de se comunicar com os Espíritos, principalmente calcada na moral elevada, aquela ensinada pelo mestre Jesus. 

Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, fala-nos do processo histórico da mediunidade que, na época, pela falta dos médiuns mais aptos, utilizou os iletrados. Hoje os Espíritos são mais exigentes e, dessa forma, irão procurar os médiuns que têm um arquivo mental mais apropriado ao intercâmbio de suas ideias. A alegação de que o médium iletrado é uma prova da mediunidade não se justifica, pois sabemos que, embora iletrado nesta encarnação, ele vai buscar as informações numa de suas encarnações passadas e, com isso, passar a mensagem.

O bom médium é aquele que se esforça por progredir tanto moralmente quanto intelectualmente. Embora a mediunidade não dependa da moral, urge reconhecer que o médium de moral elevada estará mais apto a se comunicar com os Espíritos superiores. Por essa razão se diz que há a mediunidade com Jesus e mediunidade sem Jesus, ou seja, a mediunidade com Jesus inspira um grau maior de credibilidade. 

No intercâmbio mediúnico, além da necessidade contínua do seu aperfeiçoamento, o médium deve também se precaver dos elogios. Às vezes, provoca-os; outras vezes, recebe-os gratuitamente. De qualquer forma, Lembremo-nos do arrependimento de Allan Kardec: "Mais de uma vez tivemos motivo de deplorar elogios que dispensamos a alguns médiuns, com o intuito de animá-los" (O Livro dos Médiuns, nº 228).

Façamos como Pietro Ubaldi, que buscava sempre elevar-se para entrar em contato com os Espíritos superiores. A sua passividade era uma passividade ativa e não passiva. 

Fonte de Consulta

SOUZA, Elzio Ferreira de (Psicodigitação e notas). Convite à Reflexão, pelo Espírito Deolindo Amorim. São Paulo: Instituto Lachâtre, 2012 (capítulo 13 Instrumentação Mediúnica). 

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