O texto
evangélico: E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem
rico tinha produzido com abundância; E arrazoava ele entre si, dizendo: Que
farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: Derrubarei
os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas
novidades e os meus bens; E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos
bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco!
esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
(Lucas 12:16-20)
A massificação
das informações sobre o coronavírus (Covid-19) está atormentando todos os
viventes deste planeta. A maioria das pessoas, de semblantes tristes, sentem
mais de perto o medo da morte. E se Deus houvesse por bem nos tirar a vida,
como está expresso no texto acima? Estamos preparados para o desencarne? O que nos
espera no além-túmulo?
Allan Kardec, no
capítulo II ("Temor da Morte"), do livro O Céu e o Inferno, analisa as causas do temor da morte e a razão de
os espíritas não a temerem. O temor é consequência do instinto de conservação.
À medida que o ser humano vai penetrando mais amiudamente na compreensão da
vida futura, o temor vai diminuindo, pois uma vez conhecida a sua missão na
terra, aguarda-lhe o fim calma, resignada e serenamente.
"A certeza
de reencontrar seus amigos depois da morte, de reatar as relações que tivera na
Terra, de não perder um só fruto de seu trabalho, de engrandecer-se
incessantemente em inteligência, perfeição, dá-lhe paciência para esperar e
coragem para suportar as fadigas transitórias da vida terrena. A solidariedade
entre vivos e mortos faz-lhe compreender a que deve existir na Terra, onde a
fraternidade e a caridade têm desde então um fim e uma razão de ser, no
presente como no futuro".
Ao tratar de por que os espíritas não temem a morte, enfatiza que a Doutrina Espírita transforma
completamente a perspectiva da vida futura, que não é uma quimera, mas o
resultado da observação. Não foram os homens que a descobriram por suas
pesquisas, mas, sim, os próprios habitantes do além que vieram relatar a
dinâmica do mundo espiritual. Há, assim, Espíritos de todo o grau de evolução.
Isso fornece ao espírita estímulos de serenidade nos últimos momentos de sua
passagem terrena.
Para os
espíritas, a alma não é uma abstração. Ela tem um corpo espiritual, uma
individualidade que acompanha a trajetória de sua evolução, pois a passagem
para outra dimensão apenas muda a nossa vestimenta, mas os nossos conhecimentos
e as nossas ações continuam intactos em nós, dando-nos condições de habitar
regiões mais felizes ou menos felizes dependendo do que fizemos com o tempo que
nos foi concedido viver aqui.
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