21 outubro 2025

Esboço Histórico do Desvirtuamento do Cristianismo (Notas de Livro)

Título: Esboço Histórico do Desvirtuamento do Cristianismo (Uma Perspectiva Espírita — Dragões, uma Pequena História)

Autor: Leonardo Paixão (Médium)

Pelo Espírito Alberto

PAIXÃO, Leonardo. Esboço Histórico do Desvirtuamento do Cristianismo (Uma perspectiva espírita — Dragões, uma pequena história), pelo Espírito Alberto. Rio de Janeiro:  Campos dos Goytacazes, edição do Autor, 2016.

Há séculos o homem vem tentando compreender o sentido das palavras pronunciadas pelos lábios puros do Cristo. 

No século II, o Pai Epifânio de muita austeridade para com seus discípulos, auxiliou a que o Cristianismo, até então, isento de ritos e pompas, passasse a ter imagens em seu culto tanto quanto ritos retirados dos templos pagãos.  Começa aí (século II) a trajetória do desvirtuamento da Doutrina Cristã. 

Constantino

Interessado em ampliação de território, consequentemente, tendo a ampliação de seu Império, Constantino não mais se decidiu a perseguir os cristãos, como o fizeram seus antecessores, e sim favorecer-lhes o culto, instituindo o Cristianismo como religião oficial do Império Romano.

A unificação do Cristianismo deu no ano 325 d.C. — Concílio de Niceia

O Concílio de Niceia foi considerado como inspirado pelo próprio Espírito Santo, entretanto, sabemos bem que a vaidade e o desejo de hegemonia foi o principal motor desta reunião com os bispos da Igreja.

Jerônimo

Uma coisa incomodava bastante a Igreja Latina: a Bíblia estava escrita em grego. Era preciso, para Roma obter o comando, traduzir a Bíblia para a linguagem natural do Império e de sua Igreja: o latim. 

Jerônimo, nascido no ano 342, homem culto e devotado aos livros é que fará o gigantesco trabalho de tradução da Bíblia do grego para o latim, tradução esta que ficou conhecida como Vulgata, versão aprovada pela Igreja até os dias de hoje. 

Jerônimo ao ser indicado para fazer a tradução das Sagradas Escrituras, teve durante o seu trabalho, muitas vezes, a inspiração do Espírito do Apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso. O objetivo a alcançar era o de se ficar com o essencial das palavras do Mestre para a obra de redenção da Humanidade. 

Apesar de com Constantino ter início todo o processo de poderio da besta apocalíptica, houve a interferência dos diretores junto ao Cristo, responsáveis também pela evolução do Planeta, não permitindo que a Sua Palavra fosse desvirtuada a ponto de nela se ter um duplo sentido, haja vista que o Sermão do Monte não autoriza em qualquer idioma traduções equivocadas. 

O Trabalho das Trevas

A falange das Trevas — uns encarnados e outros muitos desencarnados — planejaram a tragédia do Calvário, vendo que os ensinos do Mestre conduziam as almas simples aos atos heroicos de enfrentamento de doutores da lei e da morte nos circos romanos, objetivaram a deturpação das palavras do evangelho, desviando a atenção de seus adeptos para discussões vãs em torno da letra.  

Bispos, monges e sacerdotes começaram a se reunir para debater pontos de diminuta importância, deixando para trás o espírito da letra que lhes conduziria à regeneração de suas almas evitando séculos de sofrimento. 

Durante séculos discussões sobre a dupla natureza do Cristo, sobre a substância do Espírito Santo, sobre o corpo fluídico ou não do Mestre, foram levantadas com tal ardor, que provocaram divisões e mortes, pois aqueles que em Concílio fizeram prevalecer as suas opiniões, indicavam a morte dos hereges na infeliz esperança de manterem o que em suas mentes doentias e obsidiadas era o Cristianismo Puro. 

O Império da Besta — Os Dragões

“... e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio” (Apocalipse, 13:2) 

Todo o processo de desfiguração da Doutrina Cristã, surge primeiramente através de organizações que a milênios vem inutilmente tentando abater a doutrina de Amor do Cordeiro de Deus. 

Tais organizações são formadas por mentes inteligentíssimas, muitas delas tendo sido exiladas de orbes em início de regeneração. Permaneceram em revolta e julgam-se a personificação do mito bíblico do Anjo caído. 

A estes seres, quando em exercício de liderança no plano do Baixo Astral em que vivem, denominam-se dragões. 

Os dragões dividem-se em hierarquias e, no campo das religiões hierarquicamente organizadas temos ligeira visão destas organizações do Astral Inferior. Delas nos fala o Apocalipse 11:2, 12:6 e 13:2, revelando ainda o tempo de seu domínio na Terra ao falar dos 42 meses e dos 1260 dias (42 x 30 = 1260), que para muitos exegetas representam 3 anos e meio, mas, de acordo com as revelações mediúnicas ofertadas à Humanidade os 42 meses representam os 1260 anos em que os dragões reinaram na Terra através da besta — a Igreja Romana. 

As organizações draconianas vem fomentando no coração de muitos religiosos a ânsia pela melhora de sua vida material, são elas que induzem aos gritos eufóricos e aos aplausos a pastores e líderes outros, inclusive espíritas, exercendo poderoso magnetismo nas massas de incautos. 

O esboço histórico do desvirtuamento do Cristianismo não é para se admirar, pois nas leis que regem a comunicação entre os dois mundos, a direção tomada pelo homem é que decide os destinos da História. 

Restauração do Cristianismo — O Movimento Consolador

A Igreja declinando de seu poder e domínio sobre a cultura teve com o Renascimento e a Reforma Luterana duro golpe em sua estrutura. 

Avançando no tempo, nestas nossas despretensiosas anotações, encontraremos no Século das Luzes, as figuras de pensadores que nitidamente eram inspirados para promover o movimento cultural de sua época. É assim que surgem no cenário do mundo as mentes brilhantes de um Rousseau, de um Voltaire e de um Montesquieu.  Interessante notar que o responsável pela metodologia cartesiana nas Ciências — René Descartes — afirmava que era inspirado pelo Espírito Verdade. 

Com o terreno cultural e científico preparado, os emissários do Senhor puseram-se ao trabalho, convocando uma falange de Espíritos batedores, segundo a classificação de Allan Kardec, a dar início aos processos que iriam chamar a atenção das sociedades.  E, assim, no ano de 1848, em Hydesville, tem-se início o intercâmbio ostensivo com os seres do Mundo Invisível. 

Preparado pelo Cristo, o digno Apóstolo da Revelação Espírita, já se encontrava encarnado, bastando que se lhe chamasse a atenção para o fenômeno das mesas girantes e falantes, a fim de que ele, a partir daí, desse início à Restauração do Cristianismo, retirando o véu das passagens obscuras do evangelho e com a fé alicerçada na razão detesse o materialismo que avançava, sendo forte oponente para a Religião. 

A compreensão profunda do porquê do Espiritismo no mundo, é o que fará avançarmos, mas lutas que travamos com as trevas de nosso interior, tanto quanto teremos  alcançado que as hostes  draconianas não promovem ataques aos discípulos do Cristianismo Redivivo gratuitamente, seu objetivo é o de manter a Humanidade na ignorância e  promover escândalos entre os  adeptos é a forma que consideram  melhor funcionar, já que o escândalo religioso sempre chocou ao homem  que não entendeu a assertiva do  Mestre: “Não julgueis para que não  sejais julgados”. 

Uma Observação

Poderão companheiros, estudiosos do Cristianismo Redivivo, estranhar estas nossas colocações perguntando o porquê de hoje tanto se falar sobre a organização dos dragões. O pesquisador atento saberá discernir nas obras mediúnicas que proliferam em nosso Movimento Redentor, a validade destas afirmativas e a necessidade de se falar de forma mais direta aos irmãos espiritistas sobre esta realidade, pois são eles os discípulos da Era Nova a quem foi confiada a tarefa do testemunho, promovendo o início de nova etapa no mundo. Portanto, alertar sobre o trabalho das regiões das trevas e do abismo, é a necessidade que se faz urgente em virtude da limpeza psíquica que se está operando no orbe. 

Deixando estas anotações singelas para análise dos estudiosos, despedimo-nos com a consciência tranquila do dever cumprido e da certeza de nossa pequenez ante o fulgor da Luz do sol do Cristo. 

Fraternalmente, 

Alberto, guia do médium. 

(Recebido no período de 08 a 11/09 do ano 2011).

Entrevista do Médium Leonardo Paixão com o Espírito Alberto

1 — Quem são os dragões? 

São os que, deportados de seu planeta de origem, não aceitaram sua nova condição e seguiram com a revolta do orgulho realizando então uma falange da maldade organizada. 

Há mais de 10.000 anos eles se encontram agindo e conheciam, tanto quanto os profetas e sábios outros da Humanidade, a notícia da chegada do redentor do Mundo, porém, com a diferença de não O poderem identificar, pois que, se isso se desse, todo o planejamento divino cairia por Terra e o Amor há de vencer sempre. 

2 — Qual o motivo da revolta? 

O mesmo que o dos vossos políticos que desejam dominar:  Poder. Os dragões atuam bem neste campo dos sentimentos humanos, egoísmo, orgulho e vaidade, são por eles trabalhados através de técnicas que não suspeitais e que, ao vos desvendarmos delas uma pequena fresta somos, de imediato, acusados de produzirmos ficção ao gosto das mentes voltadas ao fantástico. A realidade do Mundo Espiritual, no entanto, é mais espantosa do que possais imaginar, haja vista o alcance da visão espiritual que se abre quando do Outro Lado da Vida. 

3 — O senhor poderia falar algo a respeito de algumas dessas técnicas? 

— Tendes hoje um vasto material de estudo na literatura mediúnica, aliás, de há muito o Plano Espiritual já vos alertou sobre isto, mas tendes lido as obras e ficado com o seu romance sobre a Vida no Além, não são simples passatempos comovedores como as vossas novelas melodramáticas. São obras para onde se deve atentar em detalhes aos quais jamais pensastes isto vos dará ideia melhor sobre o Mundo Espiritual. 

Com relação às técnicas,  podemos dizer que, além dos  complexos obsessivos que já  conheceis, tem-se aqui a  observação de que o lado sombrio  possui recursos avançados em  tecnologia e, se a vossa ciência em  uma década pode, como dizem os  Físicos, ter avançado dois séculos e,  por isso a admiração de médicos  para doenças às quais eles não  encontram explicação tanto quanto  os vossos psicólogos e psiquiatras  não conseguirem identificar a origem dos mais variados estados patológicos que vêm acometendo  considerável parcela da população.

Os chamados “Magos Negros”, que nada mais são do que iniciados no caminho da “mão esquerda” aprimoram em seus laboratórios instrumentais a fim de melhor dominar a mente humana. 

Chips, controle remoto telepático, implantes de ovoides, vibriões, clonagem perispirítica, são algumas das técnicas de que lançam mão, estudai, voltai vossos olhos para o que já foi dito e ireis compreender o que hoje temos de vos dizer. 

4 — Diante destas técnicas de obsessão que faz o Baixo Plano Astral, como nós, espíritas, devemos lidar com elas? 

— O espírita consciente lida com a obsessão sempre de um modo seguro: seguindo o que sobre tal assunto foi transmitido à Humanidade através do gênio de Allan Kardec. Entretanto, novos informes foram transmitidos, especialmente pela mediunidade missionária de Chico Xavier. O que observamos em muitos Centros do Movimento Redentor é o engessamento dos médiuns e dos dirigentes que não se dedicam a estudar de modo profundo a fim de ter clareza no que realizar. Obras de médiuns como Yvonne Pereira, obras sobre Francisco Peixoto Lins (Peixotinho), necessitam ser revisitadas para que se possa realizar um trabalho digno e sem inovações desnecessárias que vem, muitas vezes, apenas iludir ao ego daqueles que passam a se considerar novos iniciados ou missionários da mudança, quando a maior mudança haverá de ser sempre a reforma íntima. 

Fiquem com Allan Kardec e em visitando ou revisitando autores como Léon Denis, Ernesto Bozzanno, Yvonne Pereira, Peixotinho, se descobrirão modos de  agir que, não raro, passam  despercebidos e é aí que, no querer  resultados imediatos é que se cai em  técnicas que não tem  fundamentação porque não  sustentadas na experiência,  entretanto, temos de considerar que  o que for novo e tem a lógica da razão a apoiá-lo não deve ser  menosprezado a não ser que a experiência demonstre a sua total ineficácia. Aqui, a paciência e a perseverança hão de ser virtudes constantes para que o trabalho se realize e os resultados possam ser significativos. 

5 — Médiuns há que informam nas reuniões sobre aparelhos e metodologia do além a ser usada para a retirada de tais. Até que ponto estas informações têm fundamento? 

— Até o ponto em que a vossa razão, através de pesquisas e contato com outros médiuns vos mostrar o acerto ou não de tais informes. Muitas revelações são  passadas através da vidência que é  dado a alguns médiuns terem de  parte do Plano Astral, porém,  mesmo aí é preciso o cuidado para  como o médium transmite a sua  impressão, pois ele o fará de acordo  com o seu grau de cultura, um  químico ao vos falar sobre a água  falará de moléculas, dos efeitos por  ela produzidos, etc., um médium  sem esta cultura falará de água  clara, poluída, calma, brava, no que  o esforço de interpretação haverá de  ser conjunto e que os médiuns não  se melindrem ao serem perguntados  compreendendo que o que se busca  é a realidade dos fatos e não apenas  simples descrições do Além, a  proposta é muito maior do que isto. 

O novo é sempre muito instigante, justamente por isso é que toda cautela se faz necessária para que não nos deixemos enganar, facilitando o trabalho das trevas devido às nossas distrações do momento. Nem entusiasmo sem justa medida nem desconfiança paralisante, eis para onde devemos convergir: o equilíbrio. 

6 — Tem havido novas propostas por parte de alguns companheiros do Movimento para os trabalhos de desobsessão. O que pensar de tal? 

— É louvável o esforço que se faz na busca de soluções para casos que nos deixam embaraçados na ação, o problema que surge é quando tais companheiros envolvidos com o trabalho das novas propostas passam a desprezar o que até hoje mostrou também, apesar de sua aparente simplicidade, ser eficaz em tais processos como: a evangelhoterapia, a fluidoterapia (passes e a água magnetizada), oração, desobsessão nos moldes deixados por André Luiz e Yvonne Pereira, complementando o que nos trouxe Kardec. A apometria, o trabalho com elementais são válidos, não nos cabendo desprezar a nenhum trabalho que concorra para a obra do Bem, mas também nos cabe examinar se os resultados que não ocorrem pelos meios ditos tradicionais são, realmente por falência do método ou por nossa postura diante de tal metodologia, a realizando de modo mecanizado e não sentido, neste caso qualquer metodologia usada será mera formalidade. 

7 — Os dragões podem ser transformados por estes meios “tradicionais” ou com tais espíritos temos de lidar de outro modo? 

Não há nenhuma lógica em dizer que os denominados “Dragões” só se transformarão com novas técnicas, o que importa em qualquer método que se use para lidar com a  região subcrostal é o sentimento que  move quem se dedica a tal trabalho,  sem considerarmos que os dragões  são nossos irmãos em evolução e  que se encontram plenamente  iludidos sobre o que são e o que  podem, nada poderemos fazer que  lhes recoloque na posição de seres humanos que carregam emoções diversas e que a indiferença em que  vivem em relação a si mesmos é  fruto da hipnose que mentes outras  bem desenvolvidas na arte do  magnetismo foi o que os influenciou  para tal estado. Amar, nada mais seguro e certo para se conseguir o que se deseja, demonstrem amor para com estes seres, faça-os sentir este amor de vós se irradiar e tereis de qualquer modo o resultado de reencaminhar uma ovelha perdida de volta ao aprisco.

8 — O senhor ao responder nossos questionamentos parece estar demonstrando respeito para com as novas metodologias sim, mas soa a sua resposta como se quisesse demonstrar a necessidade da base. 

— É certo que não menosprezamos nada que possa vir a contribuir com o bem-estar físico mental-emocional-espiritual do ser humano, o que levará ao bem-estar de todo o Planeta. No entanto, cabe-nos vos alertar para abusos que se cometem pela ilusão que o ego vos causa quando, como já dissemos vocês muito se entusiasmam com estas novas propostas e passam a desprezar as bases, por isso, repetimos: nem entusiasmo sem justa medida nem desconfiança paralisante. A busca do equilíbrio é essencial para a realização de um bom labor. 

A tarefa do Evangelho não pode ser desvirtuada pelas distrações derivadas do orgulho que as trevas instigam em vós por o terdes, os irmãos que se denominam como adversários da luz têm feito muito pouco para distrair-vos no trabalho do Bem: instigam seus instintos e sentimentos inferiores e o restante vocês mesmos o fazem.  Permanecendo com a mente voltada para os ensinamentos básicos que se resumem no que o Senhor Jesus nos legou: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” e “Fazei aos outros o que quereis que os outros vos façam”, é o que vos manterá vigilantes para não serem dominados pela tentação.  A falta de vigilância é o que mais têm deplorado os espíritas que desencarnaram com resultados nada agradáveis em relação ao quesito mudança íntima. Fizeram muito é verdade, pela divulgação da doutrina e por obras sociais que os centros que participaram realizam ainda hoje, mas não se dispuseram a modificar o próprio interior, esquecendo da vigilância diária, constante que o Cristão deve ter. 

As novas metodologias surgem de um repensar daquelas que são usadas até o momento e elas não deverão fazer desaparecer as consideradas “tradicionais”, todas têm a sua utilidade para esta ou aquela situação, mas entendemos que se faz necessária uma revisita às obras de autores clássicos e chegar-se-á à conclusão de que muito do que hoje vem sendo falado como novidade, já era usado por pesquisadores antigos. Um exemplo:  o coronel Albert de Rochas em suas experiências de regressão de memória e de exteriorização da sensibilidade e da motricidade, demonstrando cientificamente a existência e o porquê do voodoo, podemos dizer ter feito experiências de projeção da consciência que é o que hoje fazem os projeciologistas, tanto quanto Hereward Carrington e Sylvan J. Muldoon o fizeram e divulgaram na sua obra “Projeção do  Corpo Astral”, dizemos isto para  dizer que as aparentes novidades  estão a desenvolver ainda mais as  técnicas já sabidas dos  pesquisadores e muito trabalhadas  pelos iniciados do Egito antigo e da Grécia, logo, um estudo aprofundado de tais pesquisas nos levará a  conclusões surpreendentes e que já não deveriam ser, o que revela a  preguiça mental de muitos adeptos  no tocante à busca dos fundamentos  de sua doutrina. 

 9 — Então, muitas das coisas que os Espíritos têm nos falado através de obras diversas e por diversos médiuns são devido à sua reflexão no além em relação a muitos destes estudos? 

— Sim, muitas das informações são provenientes da reflexão deles no atual estágio que fazem no Além. 

 Os espíritos buscam aprimorar o seu conhecimento, estendendo-o à Humanidade sofredora, no claro desejo de que ela desperte a consciência e não mais sofra por desprezar o espírito imortal. 

Os dragões desejam  justamente isto, que o homem  permaneça voltado para a matéria e  com isto a sensualidade degradante,  a agressividade, ambição e tudo o  que concorre para a manutenção do  ser humano para o estado de  sonolência em que a maioria vive,  daí também tal estado facilitar para  elas as incursões obsessivas, com  os implantes de ovoides, de vibriões  e plugs outros como os chips e o  controle remoto telepático que é um  pequeno aparelho como o de abrir o  portão automático de vossas casas e  que é ativado após a estada do  encarnado em desdobramento pelo  sono no Além e uma palavra ou um  gesto ou um sinal a servirem de  senha faz com que o encarnado no  momento de vigília em que tal palavra é lida, ouvida ou um gesto é  realizado por ele ou por outro. Em resumo, o encarnado neste processo é um verdadeiro zumbi (*) nas mãos dos agentes invisíveis. Por isso, o Amor é a grande força capaz de, sem qualquer formalidade, dar a luz aqueles que permanecem na escuridão. 

Nota do médium: (*) O que, de modo algum retira a reponsabilidade do encarnado, pois tal influência só se dá porque ele sintoniza na mesma frequência vibratória. 

10 — Deixe-nos nesta última pergunta uma palavra a mais sobre “Os dragões”. 

— Repetiremos o que já sabeis: como seres deportados de outros orbes e de grande inteligência, buscando vencer a obra do Cristo, que no fundo sabem o não poder fazer, os dragões são vossos irmãos e se eles atacam a fileira espírita cristã é porque sabem que é nela que a palavra do Senhor é relembrada em Espírito e Verdade.  Elias voltou para restabelecer todas as coisas, a promessa do Senhor se fez cumprir e, através das ideias espíritas que pairam no ar do Planeta, surgirá a regeneração do gênero humano. Os dragões a isto temendo procuram de todo modo fazer com que a humanidade mergulhe na materialidade, vemos assim hoje dois movimentos a representar a luta da Luz com as trevas: um “boom” de espiritualismo e o da alienação do ser humano por parte da imprensa tomada pela falange do Vale do Poder.  Trabalhemos por estes nossos irmãos, exemplificando com o Evangelho, levando luz aos que estão na caverna de si próprios. 

Se o Senhor é minha força e minha salvação a quem irei temer? Se o Senhor é a defesa de minha vida vou tremer diante de quem?” — Salmo 27. 

O Senhor da Vida nos abençoe! 


Para Reflexão: Dragões e Espiritismo

O termo “dragões” mistura elementos mitológicos e simbólicos e contrasta, à primeira vista, com uma doutrina filosófica, científica e religiosa (Espiritismo). Como podemos aproximar esses dois conceitos?

Os dragões aparecem em várias culturas do mundo e representam coisas diferentes: No Oriente (China, Japão): são vistos como símbolos de sabedoria, força espiritual, proteção e sorte. O dragão é um ser benévolo, associado à energia vital e ao equilíbrio entre céu e terra. No Ocidente (Europa): são geralmente criaturas destrutivas ou demoníacas, representando o mal, a vaidade, o orgulho ou a tentação

Espiritismo, codificado por Allan Kardec, baseia-se em princípios racionais e morais: Os espíritos são almas humanas desencarnadas. Fenômenos descritos como “míticos” (anjos, demônios, fadas, dragões etc.) são interpretados, na maioria das vezes, como manifestações espirituais.

Embora o Espiritismo não reconheça a existência literal de dragões, ele pode aceitar o símbolo do dragão como: 1) Representação do ego humano: o “dragão interior” pode simbolizar as paixões, o orgulho e os vícios que o espírito precisa dominar; 2) Figura simbólica em comunicações espirituais: espíritos podem se apresentar com “formas simbólicas” que expressam sua natureza ou estado vibratório (um espírito orgulhoso pode assumir, em visão mediúnica, uma forma animalesca, por exemplo); 3) Símbolo de poder espiritual: em visões alegóricas, um dragão pode representar a força da vontade, o domínio sobre energias sutis ou a defesa do bem.


 

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