Prece. É o ato de comunicação do ser humano com o sagrado, que
pode ser Deus, os deuses, a realidade transcendental ou o poder sobrenatural. A
prece é um estímulo que enviamos ao Alto. O Alto, por sua vez, responde-nos por
meio do alívio e amenização de nossas dores e sofrimentos. Não há muito segredo
para se orar. Basta entrar no quarto, fechar a porta, e elevar o pensamento a
Deus (pedido, agradecimento ou louvor).
A crença em algo superior não é somente dos
tempos presentes. No Totemismo, a mais antiga das religiões, a crença
referia-se à espécie de seres ou coisas que todos os membros de um clã
julgassem sagrados, tais como, pedras, animais, vegetais, entre outros. Na
Idade Média, muitas bruxas foram queimadas por terem um suposto pacto com o
diabo. A fé sempre foi mais cega do que raciocinada. Allan Kardec
descortina-nos um novo marco, ou seja, a fé tem que ser raciocinada, pois
quanto mais se raciocina mais se crê com compreensão.
Ação é a manifestação de uma força, de uma
energia. Disposição para realizar algo. Distinguir os meios dos fins de uma
ação é muito útil. Lembremo-nos de que toda ação tem a sua reação. A ação
provém dos pensamentos. O Espírito André Luiz, em Os Mecanismos da Mediunidade, aborda intensamente a questão dos fluxos
mentais. Emitindo um pensamento, entramos em contato com todos os pensamentos
que se lhes assemelham. Nesse caso, evitemos a queixa, as críticas e os
julgamentos precipitados.
A eficácia está sempre relacionada com a
eficiência. A eficiência seria o ato de "fazer certo as coisas",
enquanto a eficácia consiste em "fazer as coisa certas". Há um
exemplo clássico sobre a distinção entre eficiência e eficácia. Um homem que
cava um poço com perfeição realiza um trabalho com eficiência; um homem que
sabe o local correto para cavar o poço e achar água executa um trabalho com
eficácia.
Somos o resultado de nossas ações, presentes e
passadas. A isto chamamos de lei do carma, causa e efeito, ação e reação etc.
Observe a questão 663 de O Livro dos Espíritos. As preces que fazemos por nós mesmos podem
modificar a natureza das nossas provas e desviar-lhes o curso? Não. Mas Deus
leva em conta a nossa resignação. A prece tem o condão de atrair os bons
Espíritos, que poderão nos dar força para suportá-las com coragem.
Jesus, quando esteve entre nós, curou muitos
enfermos. Essas curas eram chamadas de milagres. Contudo, nunca derrogou as
leis naturais. Muitas vezes somos aquinhoados por uma cura, não porque houve um
milagre, mas porque houve um merecimento, merecimento pelo tempo decorrido,
pelas nossas ações no bem, entre outras.
No capítulo XXVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec dá-nos um exemplo simples sobre a
ação e eficácia da prece. Um homem, perdido no deserto, sofre tremenda sede e
deixa-se cair ao chão. Roga ao Alto, mas não vê nenhum anjo lhe trazer água. Um
bom Espírito lhe sugere seguir uma determinada vereda. Chega a uma elevação e
descobre um riacho. Se tem fé, agradecerá a inspiração dos bons Espíritos. Se
não tem fé, dirá: "Que pensamento bom eu tive!".
Saibamos orar. Não há necessidade de um discurso longo, pois a intenção pesa mais do que as muitas palavras.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/a%C3%A7%C3%A3o-e-efic%C3%A1cia-da-prece?authuser=0
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