O conhecimento do cérebro é ponto central para que possamos
atingir o estado extático. É um órgão, com pouco mais de um quilo, que coordena
todas as nossas atividades, tanto interiores quanto exteriores. É voz corrente
que utilizamos apenas 10% da sua capacidade. Por quê? Porque não nos damos ao
trabalho de investigá-lo com profundidade.
A atenção é a direção do espírito a um dado objeto. É
passiva, isto é, quando se capta, não se interpõem ideias; deve-se ver, ouvir e
sentir, sem juízo de valor. Somente depois de absorvida a informação,
elabora-se a crítica. A concentração, por outro lado, é a fixação deliberada da
mente no objeto da atenção. Ambas, contudo, dependem do interesse pelo objeto.
A atenção e a concentração vencidas, o espírito dirige-se à
reflexão e à meditação. A reflexão é a volta racional da mente sobre o objeto da
atenção, procurando conectar fatos e ideias. A meditação, por sua vez, vai além da reflexão, pois
coloca-nos em contato com os aspectos mais gerais do ser. Implica, também, um
esvaziamento da mente.
A meditação profunda pode conduzir-nos ao êxtase. Nesse estado, nossa mente, inteiramente desprendida dos
interesses materiais, vê-se numa dimensão desconhecida, porém real, em que se
comunica com as essências mais puras do conhecimento. Ainda assim, é preciso
muito cuidado, pois a fascinação pode ofuscar o brilho da contemplação,
emergindo, em contrapartida, os preconceitos que nos dominam.
O acaso não existe. Se nos conduzirmos de forma equilibrada, vamos
absorvendo os conhecimentos superiores. A posse do saber implica
responsabilidade mas, também, liberdade. Liberdade, não no sentido de agir como
se quer, porém, determinando-se de acordo com as leis naturais, as únicas que
nos encaminharão para os verdadeiros valores da vida.
Um comentário:
muito esclarecedor apesar da dificuldade a a observação dos acontecimentos trouce para mim um maior domínio sobre minhas atitude e um clareza
enorme sobre meu ser obrigado
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