O Planeta Terra, com
510.934.000 km2 de área e 149.500.000 km distante do Sol, está
localizado na órbita ideal para a manifestação da vida. Se mais próximo do Sol,
estaria muito quente; se distante, muito frio. Forma um ecossistema único e
finito, imerso no vento solar. Possui, ainda, um campo magnético que o defende
de partículas de alta velocidade, vindas do Sol e do Cosmo.
Cientistas do mundo
todo vêm se preocupando com o impacto que o homem exerce sobre a natureza. Sua
medida está relacionada com o consumo energético de kcal/dia. Na fase de caçador/coletor, consome 2.600 kcal para uma população
de três milhões de pessoas. O fator de impacto é igual a 1. Ao longo do tempo,
com o crescimento da população e o desenvolvimento tecnológico, a pressão sobre
o meio ambiente aumenta sobremaneira. Dados de 1986 estimam o consumo
energético médio em 31.816 kcal/dia, o que nos dá, com a população de cinco
bilhões, o escore de 20.394 na tabela de impacto.
A terra, as plantas,
os animais e os homens constituem o ecossistema. Somos parte de uma vasta gama
de inter-relações, onde uma espécie alimenta-se da outra
para sobreviver. O homem encontra-se no final dessa cadeia transformadora.
Cabe-lhe a responsabilidade da defesa e preservação ambiental, a fim de manter
o equilíbrio do Planeta.
Desperdício é o gasto
inútil de bens e serviços que acarreta prejuízos para o indivíduo e a
coletividade. Exemplo: luzes acesas sem ninguém no local; mangueira correndo
água, enquanto se ensaboa o carro; preparação de alimento superior à quantidade
que se pode consumir. Pode ser fruto da ignorância ou da utilização consciente
do livre-arbítrio. Se já temos condições de saber o que é o bem, mais
severamente punidos seremos se optarmos pelo mal.
Allan Kardec, ao
tratar em O Livro dos Espíritos, das Leis de
Conservação e de Destruição oferece-nos subsídios para avaliarmos a questão.
Diz-nos que toda a destruição que ultrapassa os limites da necessidade é uma
violação das leis de Deus; que a fome é fruto da imprevidência e que o egoísmo
cria as necessidades artificiais. Propõem-nos o desapego aos bens materiais
como condição fundamental da evolução humana.
A reflexão sobre as
Leis Morais amplia a nossa visão de mundo. O poder de interpretar corretamente
a realidade é a ideia-força capaz de transformar a sociedade,
impulsionando-a para a prática do bem e do amor ao próximo.
Fonte de Consulta
RODRIGUES, S. DE
A. O Homem e Equilíbrio. O Homem e o Ambiente no Espaço e no Tempo. 6.
Ed., São Paulo, Atual, 1989 (Série meio-ambiente)
KARDEC, A. O
Livro dos Espíritos. São Paulo, FEESP, 1972.
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