A estética, segundo Alexander Baumgarten (1714-1762), significa
a ciência do belo,
cujo objetivo era alcançar a “perfeição do conhecimento captado pelos
sentidos”. Os principais problemas da estética referem-se aos fundamentos da
arte e do belo, aos diferentes tipos de obras de arte e às relações da arte com
a sociedade.
A arte é um “sentimento interior”
ou “experiência interior”, que é impossível dizer pelo pensamento discursivo.
Desta forma, ela pode ser definida como a prática de criar formas perceptíveis
expressivas do sentimento humano. Neste sentido, há que se distinguir
entre realizações técnicas e belas-artes: a primeira enfatiza
a utilidade, enquanto a segunda o belo.
Numa visão comparativa, percebemos: 1º) que a arte
pagã enalteceu a perfeição da forma; 2º) que a arte cristã ressalta a beleza da
alma sobre a beleza da forma, embora os seus autores tenham enfatizado o
sofrimento e a morte; 3º) que a arte espírita, sintetizando as duas anteriores,
mostra a felicidade futura, sem as agruras do fogo eterno e os diversos
tridentes a nos perfurar.
A beleza, no que tange à forma do corpo
evoluiu sensivelmente. A forma dos corpos se modificou em sentido determinado e
segundo uma lei, à medida que o ser moral se desenvolveu, o ser físico também.
Assim sendo, à medida que o instintos materiais se depuram e dão lugar aos
sentimentos morais, o envoltório material que já não se destinam à satisfação
de necessidades grosseiras, tomam formas cada vez menos pesada, mais delicada,
de harmonia com a elevação e a delicadeza das ideias.
O semblante é o espelho da alma. Esta verdade, que
se tornou axioma, explica o fato vulgar de desaparecerem certas fealdades sob o
reflexo das qualidades morais do Espírito e de, muito amiúde, preferir-se uma
pessoa feia dotada de eminentes qualidades a outra que apenas possui a beleza
plástica. É que semelhante fealdade consiste unicamente em irregularidades da
forma, mas sem excluir a finura dos traços, necessária à expressão dos
sentimentos delicados.
O Espiritismo mostra-nos o porvir sob uma luz nova
e mais ao nosso alcance. Por ele, a felicidade está mais perto de nós, está ao
nosso lado, nos Espíritos que nos cercam e que jamais deixaram de estar em
relação conosco.
Fonte de Consulta
COTRIM, G.. Fundamentos da Filosofia - Para
uma Geração Consciente. 5.ed., São Paulo, Saraiva, 1990.
KARDEC, A. Obras Póstumas. 15 ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
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