Uma pessoa (da Visa) liga para você e diz
que seu cartão foi clonado. O valor da compra é R$ 4.750,00 (quatro mil
setecentos e cinquenta reais). Depois de se certificar que o cartão está com
você, ela pede para cortá-lo ao meio e, ao mesmo tempo, declarar, por escrito,
que você não teve nada a ver com a referida compra. Para encerrar a conversa,
pede para você digitar a senha, pois esta precisa ser cancelada. Tudo com voz
magnética e hipnótica. O que leva uma pessoa a praticar esses atos? Tem ela
consciência das repercussões futuras? Como analisar o fato segundo a Doutrina
Espírita?
O Espírito André Luiz, no capítulo 4
("Matéria Mental"), de Mecanismos da Mediunidade, diz-nos que "Emitindo uma ideia,
passamos a refletir as que se lhe assemelham, ideia essa que para logo se
corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la,
mantendo-nos, assim, espontaneamente em comunicação com todos os que nos
esposem o modo de sentir". Importa aqui é saber o tipo de ideia que
estamos emitindo. É para o bem ou para o mal? Eis o problema.
Caráter e personalidade renegados em
segundo plano. Muitos, por falta de recursos financeiros ou para enriquecer
rapidamente, caem nessa falácia de enganar os outros. Contudo, nada fica impune
ante a Lei de Deus, que está escrita na consciência de cada um de nós. Mais
tempo ou menos tempo a nossa consciência busca ajustar-se à lei natural. Por
isso, todo o cuidado para não incorrermos em erros pois, mesmo que não sejamos
pegos pela justiça comum, a justiça divina é implacável.
É por essa razão que os Espíritos
superiores nos orientam a sofrer com paciência os males de nossa existência. A
vida, por mais longa que seja, é um segundo no processo de evolução como um
todo. Em casos desesperadores, a prece e a meditação ajudam sobremaneira a
mantermos o nosso equilíbrio físico e espiritual, e assim direcionarmos o rumo
no caminho à perfeição, cujo exemplo maior é Jesus Cristo, o nosso mestre por
excelência.
Paciência é a palavra mágica. Já o
evangelista Lucas (21,19) dizia que "Na vossa paciência possuíreis as
vossas almas". Ao redor de nós, vozes, sons e barulho do vizinho. Tudo
isso incomoda, mas se tivermos calma e exercitarmos a paciência, com certeza,
iremos construindo uma resistência interior tal como o relógio durante a
tempestade: lá fora, raios, trovões; dentro, o tique-taque sereno e tranquilo
marcando a passagem do tempo.
Em vez de xingarmos, detratarmos aquele
que nos enganou, aquele que quer tirar proveito de nossa simplicidade, oremos
por ele e peçamos a Deus que possa mudar o seu modo de vida, porque todos somos
parte da humanidade. As vibrações de paz e bom ânimo ao nosso próximo têm poder
transcendental.
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