Moral é a regra da boa conduta e, portanto, da distinção entre o bem e o
mal. Funda-se na observação da lei de Deus. Estranho. De o verbo estranhar, achar extraordinário, oposto aos
costumes, ao hábito. Achar diferente do que seria natural esperar-se. Fora do
comum, desusado, anormal. Misterioso, enigmático.
Muitas palavras, ao longo do tempo, perderam o seu significado original. Há, para esse mister, os estudos da etimologia e da semântica. Sócrates, na Antiguidade dizia que, antes de começarmos uma discussão, deveríamos bem definir os termos a serem utilizados, pois esse procedimento evitaria os costumeiros "ruídos" na comunicação. Em se tratando das palavras de Cristo, há duas ressalvas: 1.ª) os apóstolos escreveram os Evangelhos muito tempo depois da morte de Cristo; 2.ª) os problemas de tradução de uma língua para outra.
O texto evangélico está posto nos seguintes termos: “Se alguém vem a mim, e não odeia seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, e mesmo sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E todo aquele que não carrega sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo. Assim, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo”. (Lucas, 14, 25 a 27 e 33) “Aquele que ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim; aquele que ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim”. (Mateus, 10, 37)
Muitas palavras, ao longo do tempo, perderam o seu significado original. Há, para esse mister, os estudos da etimologia e da semântica. Sócrates, na Antiguidade dizia que, antes de começarmos uma discussão, deveríamos bem definir os termos a serem utilizados, pois esse procedimento evitaria os costumeiros "ruídos" na comunicação. Em se tratando das palavras de Cristo, há duas ressalvas: 1.ª) os apóstolos escreveram os Evangelhos muito tempo depois da morte de Cristo; 2.ª) os problemas de tradução de uma língua para outra.
O texto evangélico está posto nos seguintes termos: “Se alguém vem a mim, e não odeia seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, e mesmo sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E todo aquele que não carrega sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo. Assim, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo”. (Lucas, 14, 25 a 27 e 33) “Aquele que ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim; aquele que ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim”. (Mateus, 10, 37)
Algumas explicações:
- Odiar. Em latim, grego e hebreu, a palavra odiar não significa odiar como entendemos hoje, mas amar menos, não amar tanto quanto, igual a outro.
- Deixar pai e mãe não significa abandoná-los, mas ter em mente que a vida futura tem mais importância do que as relações de parentesco.
- Renunciar ao pai, à mãe e aos irmãos não é abandoná-los, mas aceitar cada qual tal qual é, sem querer que eles passem a pensar pela nossa cabeça.
- “Deixar os mortos enterrar os mortos”. Jesus não recomendou ao aprendiz deixasse “aos cadáveres o cuidado de enterrar os cadáveres”, e sim conferisse “aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos”. Há, em verdade, grande diferença. O cadáver é carne sem vida, enquanto um morto é alguém que se ausenta da vida.
- "Não vim trazer a paz, mas a espada". Toda a ideia nova gera oposição. O "novo", quando fundamentado na lógica e na razão, fere interesses pessoais. Isso acontece na Ciência, na Filosofia e, também, na Religião. Por isso a importância da nova ideia é proporcional à resistência encontrada. Pois, se julgada sem consequência, deixá-la-iam passar, mas, como sentem-se ameaçados, fazem de tudo para dificultar a sua propagação.
Nesta reflexão, percebemos que o termo odiar que dizer amar menos e deixar pai e mãe não é lançá-los à própria sorte, mas adquirir condições de aceitá-los tais quais são como gostaríamos que nos aceitassem como somos.
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