"Perfeição
Moral" é o título do capítulo XII do Livro Terceiro de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec. Explora as virtudes e os
vícios, as paixões, o egoísmo, caracteres do homem de bem e conhecimento de si
mesmo.
As virtudes e
os vícios. Todas as virtudes têm seu mérito, mas a mais meritória de
todas elas é a caridade desinteressada. Como a imperfeição moral assenta-se no
interesse pessoal, a prática da caridade faz-nos pensar no próximo, estimulando
a renúncia de posses pessoais. Cabe lembrar que quando precisamos de muito
esforço para praticar a caridade é porque essa virtude não faz parte de nossas
tendências genuínas.
Das paixões. A paixão não é um mal em si mesma. O problema
está no excesso provocado pela vontade. Em se tratando dos limites da paixão,
pensemos: "as paixões são como um cavalo que é útil quando governado e
perigoso quando governa. Reconhecei, pois, que uma paixão se torna perniciosa
no momento em que a deixais de governar e quando resulta num prejuízo
qualquer".
Do egoísmo. Entre os vícios, o mais radical é o egoísmo.
"Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos existe o egoísmo.
Por mais que luteis contra eles não chegareis a extirpá-los enquanto não os
atacardes pela raiz, enquanto não lhes houverdes destruído a causa. Que todos
os vossos esforços tendam para este fim, porque nele se encontra a verdadeira
chaga da sociedade". Só venceremos o egoísmo quando a vida moral tiver
predominância sobre a vida material.
Caracteres do
homem de bem. "O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei
de justiça, amor e caridade na sua mais completa pureza. Se interroga sua
consciência sobre os atos praticados, perguntará se não violou essa lei, se não
cometeu nenhum mal, se fez todo o bem que podia, se ninguém teve que se queixar
dele, enfim, se fez para os outros tudo o que gostaria que os outros lhe
fizessem".
Conhecimento
de si mesmo. O meio mais eficaz de se conhecer a si mesmo é seguir o
exemplo de Santo Agostinho que todas as noites repassava o seu dia para ver
como é que foi em palavras e ações. Nesse caso, formulemos perguntas claras e
precisas, e não temamos multiplicá-las ao máximo.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, capítulo 12, livro terceiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário