17 maio 2023

Cientologia

Cientologia é um termo criado pelo norte-americano Lafayatte Ronald Hubbard (1911-1986), mais conhecido como L. Ron Hubbard. Em termos históricos, transformou-se na chamada “Igreja da Cientologia”. Há milhares de adeptos por todo o mundo. Entre seus seguidores estão alguns astros de Hollywood como John Travolta, Tom Cruise e outros.

Em sua biografia, consta que tudo começou aos 12 anos de idade, quando já estudava a psicologia freudiana. Aos 16 viajou pelo mundo à procura de conhecimentos, especialmente no Oriente. Em sua volta aos Estados Unidos, dedicou-se à matemática e à engenharia, e começou a desenvolver o seu método para decifrar o processo do pensamento humano. Em 1938, depois de abandonar os estudos formais, apresentou os resultados iniciais de suas pesquisas na obra chamada Excalibur.

Eis uma frase desse livro: “toda a vida está tentando sobreviver e a vida é composta de duas coisas: o universo material e o Fator X. Esse Fator X é algo que evidentemente pode organizar e mobilizar o universo”.

Os ferimentos que sofrera na Guerra, trouxe-lhe estímulo para escrever A dinâmica da vida, expondo os princípios básicos do tratamento que inventou e que seria a base da dianética que, mais tarde, se desenvolveria na cientologia. Em 1950, publicou Dianética: A ciência moderna da saúde mental, seu livro mais conhecido. Posteriormente, em 1954, era fundada a Igreja da Cientologia, em Los Angeles, e em 1956, já se espalhava por vários países.

A cientologia diz que o homem é um ser espiritual e imortal, com sua experiência estendendo-se além de seu período de vida na terra. Suas capacidades são limitadas por bloqueios — denominados de engramas—, criados por incidentes traumáticos. Ao se eliminar esses engramas a pessoa se torna clear e, portanto, capaz de exercer suas capacidades em potencial máximo. O desbloqueio é realizado pelo processo de audição de um auditor, que não interfere naquilo que foi dito. A cientologia entende que a pessoa só pode melhorar e exercer essa potencialidade máxima se encontrar suas próprias respostas.

Para frequentar a igreja não é necessário ter fé, pois a cientologia lida com procedimentos científicos desenvolvidos por seu fundador. Nem mesmo abandonar a sua religião. Basta estar disposta a estudar o material que lhe é fornecido.

Fonte de Consulta

SCHOEREDER, Gilberto. Dicionário do Mundo Misterioso: Esoterismo, Ocultismo, Paranormalidade e Ufologia. Rio de Janeiro: Record: Nova Era, 2002.


14 maio 2023

Diferenças

“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” — Jesus. (João, 13:35.)

Diferenças” é o título do capítulo 63 do livro Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. O Espírito Emmanuel faz uma crítica às variadas escolas do Cristianismo, entre as quais podemos citar: Catolicismo Romano, Protestantismo, Ortodoxia Oriental etc. Chama-nos a atenção para os pregadores, sonhadores, sacerdotes, escritores e intelectuais que, embora úteis, distanciam-se do cerne da questão religiosa. Depois disso, elabora as diretrizes para nos tornarmos os verdadeiros discípulos de Jesus.

Jesus Cristo pode ser considerado o fundador do Cristianismo primitivo, período que vai do século I ao século IV. Como não nos deixou nada escrito, os Evangelhos segundo Marcos, Mateus, Lucas — considerados sinóticos — e João desempenharam um papel fundamental na propagação e consolidação dos seus ensinamentos, pois aí estão registrados os relatos da vida, os ensinamentos e a morte de Jesus Cristo. Posteriormente, vieram os apóstolos, que foram enviados como ovelhas em meio a lobos, ou seja, para serem tratados como os lobos tratam as ovelhas.

Os ensinamentos puros, com o passar do tempo, desviaram-se da sua conceituação inicial, que era de simplicidade e um anelo perfeito entre a criatura e Deus. Foram criados uma série de empecilhos para essa atitude inicial, ou seja, o latim, os dogmas, os rituais. Há, ainda, outros detalhes apontados pelo Espírito Emmanuel: eis alguns deles.

Beneficiários e sonhadores.  são aquelas pessoas que receberam uma graça divina e vivem contando isso aos quatro ventos, exaltando o Grande Médico pela intercessão recebida. Não passam das afirmativas espetaculares, qual se vivessem indefinidamente mergulhados em maravilhosas visões. A imagem que fazem de jesus é uma pessoa que cura, que resolve o problema de cada ser humano, não precisando de esforço algum do beneficiário.

Sacerdotes e pregadores. São as pessoas que ocupam a tribuna e proferem preleções eruditas e comoventes, entrelaçando os ensinos do Grande Renovador na religião, na filosofia e na história, não avançando, contudo, além dos discursos preciosos. Muitas vezes, a preleção é mais para inflar o próprio ego do que para auxiliar o próximo.

Escritores e intelectuais. Estes, já mais instruídos e com inteligências primorosas, divulgam páginas excelsas de crença religiosa, estimulando a emoção e arrancando lágrimas dos seus leitores. Contudo, não vão além da letra religiosa. Todos esses ensinamentos têm sua utilidade relativa. De qualquer forma, não atingem o cerne da questão religiosa, que dar de si para a salvação do próximo.

Os verdadeiros discípulos, por outro lado, não estão muito interessados no aparecimento público, na elaboração de expressivos discursos comoventes, mas procuram por todos os meios possíveis entrelaçar pensamento, palavra e ato. Eles têm sempre uma palavra de conforto para quem o procura, seja amigo ou inimigo. O sacrifício próprio é a marca desses seguidores, pois exige que o aprendiz do Evangelho ultrapasse a pregação falada ou escrita e decida agir segundo os exemplos que o Cristo nos legou.

A diferença apontada pelo Espírito Emmanuel resume-se em seguir fielmente os exemplos do mestre Jesus, sem nos importamos com títulos, letras e reconhecimento de quem quer que seja. O mais importante é o sentimento das consciência tranquila ante o dever cumprido.