"Podemos
facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida
é quando os homens têm medo da luz." (Platão)
Tragédia pode ser entendida como um fato
real que aconteceu ou que irá acontecer, a qual é muito ruim e que nunca será
esquecida. Seus sinônimos são: adversidade, calamidade, catástrofe, infortúnio.
Exemplo: queda das Torres Gêmeas, nos Estados Unidos. Fatalidade é a qualidade do que é fatal.
Acontecimento funesto marcado pelo destino ou fado. Aquilo que não
se consegue evitar. Consequência desastrosa de algum acontecimento.
Aristóteles define
a tragédia como a
“Imitação de acontecimentos que provocam piedade e terror e que ocasionam a
purificação dessas emoções”. (Poét., 6 1449 b 23)
Pode-se dizer que as situações que provocam “piedade e terror” são aquelas em
que a vida ou a felicidade de pessoas inocentes é posta em perigo, em que os
conflitos não são resolvidos ou são resolvidos de tal modo que determinam
“piedade e terror” nos espectadores.
Allan Kardec, na
pergunta 851 de O Livro dos Espíritos, ensina-nos que a
fatalidade existe no tocante à escolha feita pelo Espírito antes de reencarnar,
ou seja, passar por determinadas provas físicas. Ceder ou resistir à prova
depende do seu livre-arbítrio.
Nas questões
subsequentes, que vão até o número 867, explica-nos:
No caso de a desgraça
estar sempre no caminho de uma pessoa. Pode ser o resultado das escolhas feitas
pelo Espírito antes de reencarnar. No seu verdadeiro sentido, fatal só é o
instante da morte.
O ser humano pode
impedir os acontecimentos que deviam realizar-se? Sim. Desde que caiba na ordem
geral da vida que ele escolheu.
O fato de as pessoas
nunca conseguirem êxito na vida não quer dizer que seja fatalidade. Está mais
para as escolhas feitas, pois essas pessoas quiseram ser experimentadas por uma
vida de decepções.
Fonte de Consulta
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Tradução de José Herculano Pires. 14.ed., São Paulo: Feesp, 2010, perguntas 851 a 867.