01 outubro 2011

Perdão e Perfectibilidade

“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem...” — Jesus. (Lucas, 23,34)

Todos nós, que estamos encarnados neste Planeta de provas e expiações, somos imperfeitos: uns mais, outros menos. Por esta razão, deveríamos falar muito mais em perfectibilidade do que em perfeição. A perfectibilidade não é o poder de se tornar perfeito, mas de se aperfeiçoar. Nesse caso, somente o imperfeito é perfectível, mas com a condição de se mudar, de se melhorar.

O Espírito Emmanuel, no capítulo 61 (“Perdão – Remédio Santo”), de Palavras da Vida Eterna, compara o procedimento do ser humano quando é ameaçado por uma moléstia qualquer, com o procedimento que deveria adotar ante a sua alma enfermiça. Em se tratando do corpo físico, procuramos agentes calmantes para a dor, sedativos para a ansiedade, analgésicos para as inflamações, etc. E quando somos ameaçados por pensamentos enfermiços de queixa e mágoa, prevenção e antipatia, que remédios tomamos para restaurar o equilíbrio?

Para Emmanuel, “O perdão é, pois, remédio santo para a euforia da mente na luta cotidiana”.

Lembremo-nos de que todos somos ofensores de nossas próprias inibições. O exercício aqui é procurar manter o equilíbrio, apesar do nosso automatismo de valentia, de revide, de querer esganar o nosso ofensor. A recomendação é perdoar a quantos nos aborrecem, a quantos nos firam, a quantos nos causam embaraço, a quantos nos roubam a nossa oportunidade do ganha-pão.

Imperfeição pede perfectibilidade. Quantas enfermidades não nascem da amargura e quantos crimes não são cometidos nos momentos de cólera? Por isso, em qualquer circunstância, pacifiquemos sempre.

 

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