O Judaísmo é a religião dos israelitas ou hebreus ou judeus. O documento
essencial sobre o Judaísmo é o livro sagrado de Israel, o Antigo
Testamento. Tanto o Judaísmo quanto o
Cristianismo fazem parte das chamadas religiões universais, pois elas acreditam
ter importância para todo o mundo e tentam, com maior ou menor intensidade,
converter pessoas.
As principais características do Judaísmo são: há
um Deus único, invisível, de natureza espiritual, exterior e transcendente ao
mundo material; Deus criou o mundo do nada e cuida dele (Providência); Deus
revela-se pelos profetas; o tempo é linear, progressivo e marcado por
acontecimentos históricos, que se renovam nas festas e no culto; tem como
objetivo a salvação da alma do crente; a circuncisão tem o significado
simbólico de um sinal da Aliança outrora firmada entre Deus e Abraão.
O Judaísmo está centrado na figura de Moisés,
cujo Decálogo a
ele atribuído, somado às demais obras do Pentateuco se consubstanciaram no Moisaísmo ou Judaísmo,
considerado a primeira grande revelação, à qual se seguira a segunda, ainda
maior: o Cristianismo. Na revelação, Deus se manifesta a Moisés, cuja mensagem
era dirigida a um povo, o
povo de Israel, eleito por Deus para cumprir uma missão universal: a aliança de
Deus com a humanidade, renovada em diferentes ocasiões.
Onde tudo começou? A Bíblia que narra a criação do
mundo e dos seres viventes. Nela, consta que Adão e Eva viviam no Paraíso.
Indignos, foram expulsos do Éden. Há, também, a morte de Abel por Caim. Como a
maldade aumentava, Deus percebeu que o homem precisava ser salvo, pois é
incapaz por si mesmo de se manter no bem. Seguiram-se as alianças com Noé, após
o dilúvio, com Abraão e, por fim, revalidada com Moisés (século XIII a.C.).
Tudo para ajudar o homem a se salvar do pecado.
A lenda sobre Moisés, personagem central do
judaísmo, pode ser resumida nos seguintes termos: no tempo do seu nascimento,
os judeus se achavam escravizados no Egito. O faraó havia determinado que todas
as crianças judaicas do sexo masculino fossem mortas, Moisés, que tinha três
meses de idade, foi posto num cestinho de papiro e solto nas águas do Nilo. A
filha do faraó o encontrou e o levou à sua irmã mais velha, Míriam, que acabou
fazendo-o chegar à sua própria mãe, para amamentá-lo. Na mocidade, matou o
agressor que estava espancando um hebreu, sendo forçado a fugir para o Este do
Egito. Mais tarde teve a visão da sarça ardente, no alto do monte Sinai, e de
cujo interior uma voz, fazendo-se conhecer pelo nome de Jeová, o deus dos
patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, o investiria da missão de salvar o povo do
cativeiro egípcio e conduzi-lo à Terra Prometida. Guiou os judeus durante 40
anos pelo deserto em busca dessa nova terra.
As atividades cristãs e muçulmanas que se seguiram
ao povo judeu abriram caminho para o aparecimento da cabala e
do chassidismo,
ambas de orientação mística. A cabala (a partir do século XII) propõe uma
leitura espiritual e não literal da Torá, ajudada por interpretações
numéricas e esotéricas. Sua evolução para formas mais populares (cabala
prática) está na origem (século XVIII) do chassidismo, que insiste na
superioridade da espiritualidade e da piedade sobre o estudo erudito dos livros
sagrados.
No Espiritismo, costumamos realçar as três
revelações divinas. A primeira delas, com Moisés, deu-se no âmbito do judaísmo.
Entrar em contato com a crença e os costumes dos judeus daquela época é muito
valioso para uma melhor compreensão da história religiosa e filosófica que é
sintetizada pelos princípios espíritas, codificados por Allan Kardec.
Fonte de Consulta
EDIPE - ENCICLOPÉDIA DIDÁTICA DE INFORMAÇÃO E
PESQUISA EDUCACIONAL. 3.
ed. São Paulo: Iracema, 1987.
TEMÁTICA Barsa - Filosofia.
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