Numerologia é
o conjunto de regras, normas e combinações criadas ao longo dos séculos, que
permitem, por meio de relações numéricas bem definidas, reconhecer se
determinado nome (nome, apelido, pseudônimo, cognome, alcunha etc. de uma
pessoa) encerra, em si, fatores de boa sorte ou de infortúnio. Em ocultismo,
é o estudo e significado dos números e de sua influência no caráter e destino
das pessoas.
A numerologia foi criada pelos gregos há 23 séculos. Há, contudo,
certos autores que pretendem que ela tenha sido cultivada pelos Caldeus há 40
séculos. Em termos filosóficos, Pitágoras foi o grande idealizador do número, dizendo que ele é a essência única das coisas que
percebemos pelos sentidos, em sua representação fenomênica. O número um, a unidade, é o princípio de todas as coisas. O número dois, oposto de um, estabelece a reta. O número três representa o triângulo, que simboliza a
trindade universal: Deus, Espírito e Matéria. O número quatro simboliza a realidade terrena, a vida. A soma
desses números dá dez, o número soberano e simbólico que nos lança ao infinito.
A numerologia, segundo a interpretação do ocultismo, procura atribuir valores numéricos e suas respectivas vibrações a
cada letra do alfabeto. A letra a, por exemplo, é igual a 1; a letra b é igual a 2; a letra o é igual a 6. Como se procede? Escreve-se o nome da
pessoa, separam-se os valores atribuídos às vogais e os valores atribuídos às
consoantes. A soma dos números atribuídos às vogais indica a individualidade da pessoa; a soma dos números
atribuídos às consoantes indica a personalidade. Somando o total da individualidade e o total da
personalidade, temos a síntese. Posteriormente, de acordo com algumas combinações, pode-se
dizer se o sujeito é de bom caráter, vai ter boa ou má sorte na vida.
O Espírito Emmanuel, solicitado a opinar sobre o número sete, na pergunta 142 de O Consolador, diz: "Os números, como as vibrações,
possuem a sua mística natural, mas em face de nossos imperativos de educação,
temos de convir que todos os números, como todas as vibrações, serão sagrados
para nós, quando houvermos santificado o coração para Deus, sendo justo, nesse
particular, copiarmos a antiga observação do Cristo sobre o sábado,
esclarecendo que os números foram feitos para os homens, porém, os homens não
foram criados para os números".
Temas como astrologia, simbolismo do nome, influência dos objetos e cartomancia são
lembrados nas perguntas 140, 141, 143 e 145 do livro acima citado. Nas
respostas a estas questões, Emmanuel procura encaminhar o nosso pensamento para
o devido respeito aos símbolos da sociedade, sem, contudo, deixar-nos
influenciar pelo que vem de fora. Afirma-nos que o Evangelho solicita o nosso esforço pessoal para a resolução dos problemas
atinentes à nossa evolução espiritual, e caso tenhamos nascido num dia aziago,
isso deve ser motivo para nos aplicarmos ainda mais, com mais determinação.
Paulo, o apóstolo dos gentios, já nos dizia que deveríamos ler de
tudo, mas ficarmos com aquilo que fosse bom. Um estudo sério do Espiritismo
encurta o caminho à busca da verdade, impedindo-nos de longas divagações acerca
de muitos assuntos.
Fonte de Consulta
TAHAN, Malba. Numerologia. 2. ed., Rio de Janeiro, CEA, 1971.
XAVIER, F. C. O Consolador, pelo Espírito Emmanuel. 7. ed., Rio de Janeiro,
FEB, 1977.
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