O livro, “A Caminho da Luz: História da
Civilização à Luz do Espiritismo”, foi psicografado por Francisco Cândido
Xavier e ditado pelo Espírito Emmanuel (de 17 de agosto a 21 de setembro de
1938). Ele trata da história da civilização, mas com ênfase à tese
religiosa, ou seja, à influência da fé e ao ascendente espiritual no curso dos
tempos.
A Comunidade de espíritos puros já
realizaram duas reuniões para tratar da administração e prosperidade do planeta
Terra. A primeira reunião ocorreu quando o orbe terrestre se desprendia da
nebulosa solar; a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da terra.
Há, também, a possibilidade de uma terceira reunião, desde que Jesus Cristo
veio para redimir a nossa Humanidade, decidindo novamente sobre os destinos do
nosso mundo.
Há vários capítulos sobre os degredados
de Capela, uma estrela na Constelação do Cocheiro, que vieram para reparar
o passado delituoso e, ao mesmo tempo, ajudar na evolução dos terráqueos. Dos
quatro grupos que se formaram — os árias, a civilização egípcia, o povo de
Israel e as castas da índia —, os hebreus constituíram a raça mais forte e mais
homogênea, mantendo inalterados os seus caracteres através de todas as
mutações.
Passando os olhos pela história da
Humanidade, Esparta e Atenas nos ensinam muitas coisas do que
vemos hoje no cenário econômico e político. Esparta, personifica o mal, em que
o povo de soldados espalhava destruição e morte. Atenas, exalta o bem, sendo o
berço da verdadeira democracia. Essas duas forças fazem girar todo o progresso
dos seres humanos.
O Espírito Emmanuel tece comentários
valiosos sobre o problema da maioridade espiritual dos terráqueos.
Segundo o seu ponto de vista, Sócrates dá início à maioridade, ao ensinar na
praça pública o ideal da fraternidade e da prática do bem. A maioridade
definitiva encontra-se na vinda do Cristo, em que Jesus entregaria o código da
fraternidade divina e do amor a todos os corações.
Para que o Cristianismo tivesse um
alcance universal, Jesus precisava de um adepto valoroso. Como não havia
alguém com esses requisitos, ele procura Paulo que, depois da queda no caminho
de Damasco, torna-se, com as suas epístolas, o elemento-chave na
universalização da doutrina de Cristo.
Idade Média e o Feudalismo trouxeram-nos grandes ensinamentos.
Na época, a humanidade estava se perdendo nos interesses apenas materiais da
existência. Esse período histórico proporcionou as penosas aquisições
espirituais, onde a reflexão e a sensibilidade iam surgir para a construção do
edifício milenar da civilização do Ocidente.
Para o Espírito Emmanuel, o Papado representa
um desvirtuamento das bases simples da fé religiosa. O Papado era a obra do
orgulho e da iniquidade. Jesus, porém, não desampara os mais infelizes e os
mais desgraçados: no seio mesmo da Igreja surgiram grandes mestres de amor e da
virtude.
As Cruzadas, não obstante o
seu caráter anticristão, sob a égide dos mensageiros de Jesus, este movimento
propiciou alguns benefícios de ordem econômica e social para todos os povos. Na
Europa, enfraqueceu a tirana dos senhores feudais. Intensificou, também, as
relações entre Oriente e Ocidente.
Dá-se, também, um grande relevância
à América, que tinha uma grande missão, ou seja, criar um novo
mundo com outro sentido de evolução, isento das influências das lutas
europeias.
A Renascença, que é avivar uma
cultura que estava incubada, trouxe grandes possibilidades de progresso, pois
milhares de inteligências ávidas de ensino prepararam o porvir. Rogério Bacon,
franciscano inglês, foi um dos pontos importantes da renascença espiritual.
A Reforma também deu sua
contribuição. Como a Igreja havia se desviado do caminho cristão, o plano
invisível determina a vinda de grandes missionários para estimular a renascença
da religião. No século XVI, surgem Lutero, Calvino, Erasmo, Melanchton e outros
vultos notáveis da Reforma.
A Revolução Francesa, que
tinha sido útil à questão da liberdade, tornou-se um mar de sangue e de poder,
principalmente pelas ações de Robespierre e Marat, o que gerou uma provação
coletiva para o povo francês.
Napoleão Bonaparte tinha grande tarefa na organização
social do século XIX. Não a compreendeu e passou a guerrear outros povos. Os
apelos enviados a Jesus tiveram como resposta a vinda de Allan Kardec, que iria
fundamentar o edifício do Consolador prometido. A missão de Allan Kardec foi a
reorganizar o edifício desmoronado da crença, reconduzindo a civilização às
suas profundas bases religiosas.
O Espiritismo exercerá grande influência na implantação de um novo modo de vida, calcado na elucidação intelectual, na caridade e no amor ao próximo. O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo submerso em declives morais. Só ele consegue, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões dominadas pelo egoísmo e pela ambição.
Fonte de Consulta
XAVIER, Francisco Cândido. A Caminho da Luz: História da Civilização à Luz do Espiritismo.
Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, 1972.
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